combate no uso de álcool https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/174693/all pt-br Melhor forma de combater uso de álcool na adolescência é o diálogo com os pais, dizem especialistas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-21/melhor-forma-de-combater-uso-de-alcool-na-adolescencia-e-dialogo-com-os-pais-dizem-especialistas <p>Vin&iacute;cius Lisboa<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Bem aceito por boa parte da sociedade, legalizado e promovido pela publicidade, o consumo de &aacute;lcool deve ser tema de conversa entre pais e filhos, defendem especialistas. Eles acreditam que &eacute; a melhor forma de combater o uso durante a adolesc&ecirc;ncia. O tempo certo para a conversa, no entanto, &eacute; vari&aacute;vel e depende de cada fam&iacute;lia.</p> <p> &quot;&Eacute; bom que n&atilde;o seja depois dos 12 anos, que &eacute; a idade em que muitos t&ecirc;m o primeiro contato com o &aacute;lcool, mas &eacute; claro que a necessidade de aconselhar a crian&ccedil;a depende do grau de exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; bebida. Tudo depende do contexto. Se a crian&ccedil;a come&ccedil;a a ser exposta ao &aacute;lcool mais cedo, vendo as pessoas e os pr&oacute;prios pais beberem, isso tem que ser conversado&quot;, argumenta a professora do departamento de medicina preventiva da Universidade Federal de S&atilde;o Paulo Zila Sanchez, integrante do Centro Brasileiro de Informa&ccedil;&otilde;es sobre Drogas Psicotr&oacute;picas.</p> <p> No 6&ordm; Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotr&oacute;picas entre Estudantes do Ensino Fundamental e M&eacute;dio das Redes P&uacute;blica e Privada, nas 27 capitais brasileiras, com dados de 2010, os pesquisadores do centro de pesquisa constataram que a idade m&eacute;dia do primeiro contato com as bebidas alco&oacute;licas &eacute; 13 anos.</p> <p> Foram ouvidos 50.890 estudantes, e 15,4% dos que tinham entre 10 e 12 anos declaram que tinham consumido &aacute;lcool no ano da pesquisa. A propor&ccedil;&atilde;o sobe para 43,6% entre 13 e 15 anos, e para 65,3% entre 16 e 18 anos. De todo o universo pesquisado, 60,5% dos estudantes declararam ter consumido &aacute;lcool. A taxa foi maior entre os alunos das escolas privadas (65%) do que entre os das p&uacute;blicas (59,3%). Mais que um quinto dos estudantes (21,1%) tinha consumido &aacute;lcool no m&ecirc;s da pesquisa.</p> <p> Outro estudo, divulgado pela companhia cervejeira Ambev mostra que 33% dos pais brasileiros n&atilde;o conversam com os filhos sobre o consumo de &aacute;lcool, apesar de 98% dizerem que consideram importante. Entre os 11 pa&iacute;ses pesquisados, o Brasil s&oacute; fica na frente da Ucr&acirc;nia (34%) e da China (53%). Na Alemanha, apenas 15% dos pais disseram n&atilde;o ter falado.</p> <p> Quase metade dos pais brasileiros, que disseram n&atilde;o ter tocado no assunto, consideram que o filho &eacute; muito novo para isso (48%), apesar de a idade m&eacute;dia que os entrevistados consideraram a ideal para a conversa ser 9 anos.&nbsp;Vinte e dois por cento&nbsp;disseram n&atilde;o saber como tocar no assunto, 15% afirmaram confiar nos filhos e 9% alegaram que acham estranho ou t&ecirc;m vergonha de conversar sobre isso.</p> <p> &quot;Geralmente eles mesmos consomem e at&eacute; de forma exagerada. &Eacute; dif&iacute;cil falar de uma coisa que voc&ecirc; faz, &agrave;s vezes, na frente dos filhos. Os pais que n&atilde;o consomem de maneira abusiva na frente dos filhos, os protegem do consumo. &Eacute; uma quest&atilde;o de avaliar o quanto voc&ecirc; est&aacute; expondo seu filho. O ideal &eacute; que n&atilde;o consuma, mas, se consumir, &eacute; importante deixar claro que &eacute; bebida de adulto&quot;, diz Zila.</p> <p> A professora chama a aten&ccedil;&atilde;o para o fato de a porcentagem de jovens que consomem bebida alco&oacute;lica ter ca&iacute;do entre as duas pesquisas do centro de informa&ccedil;&otilde;es sobre drogas. Em 2004, eram 41,2% os estudantes de 10 a 12 anos que tinham consumido &aacute;lcool, percentual que caiu para 27,9%. Para Zila, a queda &eacute; resultado de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e conscientiza&ccedil;&atilde;o, mas &eacute; preciso maior convencimento sobre o problema, uma vez que o consumo excessivo tem crescido.</p> <p> &quot;A queda &eacute; uma quest&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e maior controle, mas o aumento do consumo em grande quantidade tem mais a ver com uma cultura que tolera a embriaguez, e que a favorece. Ela &eacute; estimulada de v&aacute;rias formas, como em m&uacute;sicas e festas&quot;, diz a pesquisadora. Ela recomenda que os pais sejam presentes na vida dos filhos para acompanhar essa quest&atilde;o. &quot;A melhor forma que os pais t&ecirc;m de conhecer os h&aacute;bitos e os ambientes que o filho frequenta &eacute; levando-o a festas e casa dos amigos e buscando-os. Assim ele sabe se o local vai ter &aacute;lcool, quem est&aacute; l&aacute;, e em que estado o adolescente volta para casa&quot;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> álcool na adolescência combate no uso de álcool drogas Saúde uso de álcool Sat, 21 Sep 2013 13:38:58 +0000 fabio.massalli 731179 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/