pessoal médico https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/174134/all pt-br Líderes da medicina no mundo alertam para ruptura do sistema de saúde da Síria https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-16/lideres-da-medicina-no-mundo-alertam-para-ruptura-do-sistema-de-saude-da-siria <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Da Ag&ecirc;ncia Lusa</em></p> <p> Bras&iacute;lia - Cinquenta l&iacute;deres da medicina do mundo, incluindo pr&ecirc;mios Nobel, alertaram hoje (16) que o sistema de sa&uacute;de s&iacute;rio est&aacute; em um ponto de ruptura e exigiram das partes em conflito que suspendam os ataques contra profissionais e unidades de sa&uacute;de.</p> <p> &ldquo;Os governos que apoiam as partes nesta guerra civil devem exigir que todos os atores armados suspendam imediatamente os ataques a pessoal m&eacute;dico, instala&ccedil;&otilde;es, doentes e equipamentos m&eacute;dicos&quot;, pediram os respons&aacute;veis em <a href="http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(13)61938-8/fulltext" target="_blank">carta aberta publicada hoje na revista cient&iacute;fica <em>Lancet</em></a>.</p> <p> Os m&eacute;dicos exigem ainda que as partes envolvidas no conflito permitam que medicamentos e cuidados de sa&uacute;de cheguem aos s&iacute;rios, mesmo que tenham de atravessar linhas de combate ou fronteiras.</p> <p> Os autores da carta denunciam ataques &quot;deliberados e sistem&aacute;ticos&quot; a instala&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas e a profissionais de sa&uacute;de, que insistem n&atilde;o ser uma consequ&ecirc;ncia inevit&aacute;vel ou aceit&aacute;vel do conflito. &quot;Estes ataques s&atilde;o uma trai&ccedil;&atilde;o inconceb&iacute;vel ao princ&iacute;pio da neutralidade m&eacute;dica&quot;, enfatizaram.</p> <p> Os escritores citam a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), segundo a qual 37% dos hospitais s&iacute;rios foram destru&iacute;dos e outros 20% gravemente danificados. Eles mencionam, ainda, dados que estimam que 469 profissionais de sa&uacute;de estejam presos e cerca de 15 mil refugiados em outros pa&iacute;ses. &quot;Dos 5 mil m&eacute;dicos em Alepo antes do conflito, restam apenas 36&quot;, exemplificaram.</p> <p> &quot;Ferimentos terr&iacute;veis est&atilde;o por ser tratados; mulheres est&atilde;o dando &agrave; luz sem assist&ecirc;ncia m&eacute;dica; homens, mulheres e crian&ccedil;as est&atilde;o sendo submetidos a cirurgias vitais sem anestesia&quot;, alertaram.</p> <p> &quot;Apelamos &agrave;s Na&ccedil;&otilde;es Unidas e aos doadores internacionais que aumentem o apoio &agrave;s redes m&eacute;dicas s&iacute;rias, tanto nas &aacute;reas do governo como nas da oposi&ccedil;&atilde;o, onde desde o in&iacute;cio do conflito os profissionais de sa&uacute;de t&ecirc;m arriscado a vida para prestar servi&ccedil;os essenciais em um ambiente extremamente hostil&quot;, segundo a carta.</p> <p> No documento, os autores - entre os quais h&aacute; tr&ecirc;s pr&ecirc;mios Nobel, um ex-diretor da OMS e outros altos respons&aacute;veis m&eacute;dicos de pa&iacute;ses como o Reino Unido, os Estados Unidos, a R&uacute;ssia, a &Iacute;ndia, a Turquia e o Brasil &ndash; escrevem estar &ldquo;horrorizados&rdquo; com a dimens&atilde;o da emerg&ecirc;ncia na S&iacute;ria, que admitem ser &quot;uma das piores crises humanit&aacute;rias do mundo desde o fim da Guerra Fria&quot;.</p> <p> &ldquo;Como m&eacute;dicos e profissionais de sa&uacute;de, exigimos urgentemente que os colegas m&eacute;dicos da S&iacute;ria sejam autorizados e apoiados a tratar os doentes, salvar vidas e aliviar o sofrimento sem medo de ataques ou repres&aacute;lias&rdquo;, escreveram os autores da carta.</p> <p> O conflito na S&iacute;ria come&ccedil;ou em 2011 ap&oacute;s a violenta repress&atilde;o governamental a protestos populares. Desde ent&atilde;o, segundo a ONU, mais de 100 mil pessoas morreram e cerca de 2 milh&otilde;es refugiaram-se em pa&iacute;ses vizinhos, especialmente na Jord&acirc;nia, na Turquia e no L&iacute;bano.<br /> &nbsp;</p> doentes Internacional líderes da medicina medicamentos pessoal médico Síria sistema de saúde Mon, 16 Sep 2013 14:54:45 +0000 davi.oliveira 730754 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/