Floresta de Altamira https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/173033/all pt-br Mais de 1 milhão de hectares na Floresta Amazônica poderão ser explorados por madeireiras https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-03/mais-de-1-milhao-de-hectares-na-floresta-amazonica-poderao-ser-explorados-por-madeireiras <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist639580/prev/4079458772621.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Ana Cristina Campos<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Mais de 1 milh&atilde;o de hectares na Floresta Amaz&ocirc;nica poder&atilde;o ser explorados por madeireiras a partir do ano que vem. O Servi&ccedil;o Florestal Brasileiro (SFB) lan&ccedil;ou, na semana passada, o terceiro edital deste ano de concess&atilde;o florestal, na Floresta Nacional de Altamira, no Par&aacute;, com &aacute;rea de 360 mil hectares, para a explora&ccedil;&atilde;o sustent&aacute;vel de madeira tropical.</p> <p> Tamb&eacute;m est&atilde;o abertos os editais das florestais nacionais do Crepori e do Amana, ambas no Par&aacute;, que somam 740 mil hectares. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial. As &aacute;reas abertas para explora&ccedil;&atilde;o madeireira localizam-se na regi&atilde;o de influ&ecirc;ncia da BR-163 (Cuiab&aacute;-Santar&eacute;m) e est&atilde;o sob press&atilde;o do desmatamento.</p> <p> O objetivo das concess&otilde;es &eacute; ordenar a atividade madeireira e promover uma economia florestal de base sustent&aacute;vel, com madeira legal, de origem rastreada, aumentar a oferta de empregos e elevar a renda e a arrecada&ccedil;&atilde;o regionais. &ldquo;A pol&iacute;tica de concess&atilde;o florestal traz a presen&ccedil;a forte do Estado para &aacute;reas que ainda s&atilde;o remotas. Para que haja uma atividade de base florestal na Amaz&ocirc;nia, &eacute; preciso tratar da quest&atilde;o da regularidade fundi&aacute;ria, que &eacute; um ponto cr&iacute;tico&rdquo;, disse o diretor de Concess&atilde;o Florestal e Monitoramento do SFB, Marcus Vinicius Alves.</p> <p> &ldquo;O processo de desordenamento territorial, que gera grilagem e desmatamento, est&aacute; associado &agrave; falta de gerenciamento dessas &aacute;reas. Como o governo &eacute; o maior detentor de terras na Amaz&ocirc;nia, cabe a ele gerir essas &aacute;reas. E a melhor gest&atilde;o para uma floresta &eacute; pelo manejo florestal. O governo faz isso por meio de terceiros pela via da concess&atilde;o&rdquo;, explicou &nbsp;Alves.</p> <p> Para que se tornem concession&aacute;rios, os empres&aacute;rios t&ecirc;m de participar de uma concorr&ecirc;ncia p&uacute;blica que inclui as propostas t&eacute;cnica e do pre&ccedil;o a ser pago pelo metro c&uacute;bico de madeira retirada. A proposta t&eacute;cnica &eacute; composta por crit&eacute;rios como a implanta&ccedil;&atilde;o de um sistema de gest&atilde;o e desempenho de qualidade das opera&ccedil;&otilde;es florestais, o grau de processamento local do produto, o uso de inova&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas e os investimentos para a comunidade local. Os contratos de concess&atilde;o em terras p&uacute;blicas da Uni&atilde;o t&ecirc;m validade de 40 anos.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist638222/prev/1747ac014a.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: left;" />Os maiores desafios nos processos de licita&ccedil;&atilde;o s&atilde;o problemas com documentos, dificuldade dos madeireiros de se desvincular das pr&aacute;ticas il&iacute;citas e incapacidade t&eacute;cnica e gerencial para contratar com o governo federal. &ldquo;Existe uma resist&ecirc;ncia de parcela razo&aacute;vel do setor madeireiro em se legalizar porque a legaliza&ccedil;&atilde;o implica uma s&eacute;rie de compromissos. Uma empresa, para ser concession&aacute;ria, precisa estar regular com a Receita Federal e a Estadual, com a Delegacia Regional do Trabalho, com a Justi&ccedil;a&rdquo;, disse Alves.</p> <p> Atualmente, o SFB tem 200 mil hectares sob concess&atilde;o florestal. As concess&otilde;es das florestas nacionais do Jamari, em Rond&ocirc;nia, e de Sarac&aacute;-Taquera, no Par&aacute;, j&aacute; est&atilde;o em opera&ccedil;&atilde;o. Os contratos da Floresta Nacional de Jacund&aacute;, tamb&eacute;m em Rond&ocirc;nia, foram assinados, mas ainda est&atilde;o na fase de implanta&ccedil;&atilde;o, em que os concession&aacute;rios fazem invent&aacute;rio florestal e plano de manejo. At&eacute; o ano passado, 85 mil metros c&uacute;bicos foram extra&iacute;dos e R$ 5,5 milh&otilde;es pagos pela madeira ao governo federal.</p> <p> A extra&ccedil;&atilde;o sustent&aacute;vel da madeira prev&ecirc; que se corte uma m&eacute;dia de cinco &aacute;rvores das cerca de 500 &aacute;rvores que existem em 1 hectare. Como o ciclo de corte tem dura&ccedil;&atilde;o entre 25 e 30 anos, apenas depois desse per&iacute;odo as toras poder&atilde;o ser extra&iacute;das no mesmo local. As esp&eacute;cies mais comuns s&atilde;o ma&ccedil;aranduba, jatob&aacute;, muiracatiara-rajada, angelim-vermelho e roxinho.</p> <p> Os concession&aacute;rios arcam com os custos de opera&ccedil;&atilde;o com equipamentos e com a manuten&ccedil;&atilde;o de estradas, por exemplo. A Amata &eacute; uma das empresas concession&aacute;rias que atuam na Floresta Nacional de Jamari, em uma &aacute;rea de 46 mil hectares, com produ&ccedil;&atilde;o anual de 20 mil metros c&uacute;bicos de tora. Segundo o presidente da empresa, Roberto Waack, o investimento tem girado em torno de R$ 2 milh&otilde;es a R$ 3 milh&otilde;es por ano nos &uacute;ltimos tr&ecirc;s anos. A Amata atua em toda a cadeia da madeira &ndash; da produ&ccedil;&atilde;o at&eacute; a comercializa&ccedil;&atilde;o.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist638054/prev/1850WD3625.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />&ldquo;Acreditamos no retorno do investimento no m&eacute;dio e longo prazos, especialmente se as condi&ccedil;&otilde;es de mercado forem mais justas. Enquanto o setor continuar competindo com a madeira ilegal, ter&aacute; retornos baixos,&rdquo; disse Waack. A Amata exporta entre 60% e 70% do que produz e gera 100 empregos diretos e indiretos na concess&atilde;o.</p> <p> Apesar do pouco tempo de implanta&ccedil;&atilde;o das concess&otilde;es &ndash; tr&ecirc;s anos &ndash;, o balan&ccedil;o do SFB &eacute; positivo. Observou-se uma redu&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de invas&otilde;es florestais e do desmatamento nessas regi&otilde;es. &ldquo;H&aacute; pessoas operando e tomando conta dessas &aacute;reas. Temos que fazer da floresta um ativo que gere emprego e renda para as sociedades locais&rdquo;, ressaltou Marcus Vinicius Alves.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir a mat&eacute;ria, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> desmatamento Floresta Amazônica Floresta de Altamira madeira tropical madeireiros Meio Ambiente Pará SBF Serviço Florestal Brasileiro Tue, 03 Sep 2013 17:17:12 +0000 nfranco 729722 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/