planos coletivos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/172093/all pt-br Abramge defende reajuste maior para planos de saúde individuais https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-22/abramge-defende-reajuste-maior-para-planos-de-saude-individuais <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//ckfinder/userfiles/images/Banners%20e%20selos/Raio-x-da-saude-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p> Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - O n&uacute;mero de usu&aacute;rios de planos de sa&uacute;de, que vinha crescendo &agrave; m&eacute;dia de 5% ao ano, at&eacute; 2011, caiu para 2,4%, no ano passado. A retra&ccedil;&atilde;o foi atribu&iacute;da pelo presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, &agrave; crise internacional &ldquo;e ao pr&oacute;prio Brasil, que est&aacute; crescendo quase nada&rdquo;.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist728369/prev/MCA_3122.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 5px; float: right;" />Como a maioria dos planos &eacute; coletivo, isto &eacute;, feito pelas empresas para seus funcion&aacute;rios, representando mais de 80% do total, Almeida avaliou que quanto mais pessoas empregadas houver, com carteira assinada, maior ser&aacute; o crescimento desse tipo de atividade. Para 2013, a expectativa &eacute; uma expans&atilde;o do n&uacute;mero dos usu&aacute;rios em torno de 2%, disse Arlindo Almeida.</p> <p> Em entrevista &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, ele defendeu que o aumento deveria ser diferenciado por regi&atilde;o brasileira e ficar acima do reajuste dos planos coletivos. &ldquo;Porque a l&oacute;gica da utiliza&ccedil;&atilde;o do plano individual &eacute; diferente da do plano coletivo&rdquo;, que funciona como uma amostra da popula&ccedil;&atilde;o. &ldquo;O plano individual &eacute; altamente arriscado. Geralmente, quem compra &eacute; porque tem algum problema&rdquo;. J&aacute; nos planos coletivos, em que as operadoras podem negociar com os empres&aacute;rios que t&ecirc;m conv&ecirc;nios, o reajuste autorizado ficou entre 12% e 15%, em m&eacute;dia.</p> <p> Almeida disse que a eleva&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de consultas interfere no reajuste dos planos individuais, que &eacute; determinado pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Sa&uacute;de Suplementar (ANS). O aumento definido para o per&iacute;odo de maio de 2013 a abril de 2014 &eacute; 9,04% para os planos individuais e familiares. O percentual ficou abaixo do custo de 16% enfrentado pelas operadoras, disse o presidente da Abramge. Mesmo assim, acrescentou que o reajuste j&aacute; gerou v&aacute;rias a&ccedil;&otilde;es nos &oacute;rg&atilde;os de defesa do consumidor.</p> <p> Em rela&ccedil;&atilde;o ao registro de operadoras, os dados da Abramge apontam para uma redu&ccedil;&atilde;o significativa, resultando a concentra&ccedil;&atilde;o em poucas empresas. &ldquo;N&oacute;s t&iacute;nhamos em torno de 3 mil operadoras e, atualmente, temos 1,3 mil e, mesmo assim, algumas est&atilde;o em regime especial e poder&atilde;o sofrer puni&ccedil;&atilde;o e ser fechadas&rdquo;, disse Almeida. O n&uacute;mero de usu&aacute;rios, entretanto, continuou subindo. No caso de planos de empresas fechadas, ocorreu a migra&ccedil;&atilde;o para outras operadoras. Algumas re&uacute;nem at&eacute; 5,5 milh&otilde;es de clientes, o que n&atilde;o ocorria antigamente.</p> <p> &ldquo;A concentra&ccedil;&atilde;o muito grande n&atilde;o &eacute; boa para a popula&ccedil;&atilde;o em geral porque a concorr&ecirc;ncia diminui. O Conselho Administrativo de Defesa Econ&ocirc;mica (Cade) est&aacute; preocupado e quer evitar [forma&ccedil;&atilde;o de] monop&oacute;lio ou oligop&oacute;lio. Mas, por enquanto n&atilde;o tem&rdquo;, disse o presidente da Abramge.</p> <p> A associa&ccedil;&atilde;o chegou, em 2013, a ter 320 associados. Agora, s&atilde;o 240 empresas. Arlindo de Almeida destacou que algumas s&atilde;o administradas por operadoras maiores. &ldquo;S&oacute; que ainda n&atilde;o trocaram de nome ou nem foram absorvidas efetivamente. &Eacute; uma redu&ccedil;&atilde;o bastante grande&rdquo;.</p> <p> De acordo com a entidade, o n&uacute;mero de consultas m&eacute;dicas por benefici&aacute;rio tem aumentado muito a cada ano. &ldquo;A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de (OMS) preconiza quatro consultas/ano, por habitante. N&oacute;s estamos com seis ou sete consultas/ano por usu&aacute;rio. E tem outra rela&ccedil;&atilde;o problem&aacute;tica. Cada consulta est&aacute; gerando mais exames. Em vez de dois exames em m&eacute;dia, por consulta, est&aacute; gerando tr&ecirc;s ou 3,5 exames por consulta&rdquo;.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist638547/prev/1350EF0054.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 5px; float: left;" />Segundo Almeida, &eacute; crescente a participa&ccedil;&atilde;o dos planos de sa&uacute;de no faturamento dos hospitais. Informe da Associa&ccedil;&atilde;o Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), mostra que o faturamento dos conv&ecirc;nios corresponde a 90,4% do faturamento global dos hospitais. &ldquo;De onde se conclui que os planos de sa&uacute;de s&atilde;o os respons&aacute;veis pela excel&ecirc;ncia desses hospitais de primeira linha, equiparados aos melhores do mundo&rdquo;. A ANAHP &eacute; constitu&iacute;da por 45 institui&ccedil;&otilde;es hospitalares com ou sem fins lucrativos, distribu&iacute;das em 11 estados e no Distrito Federal.</p> <p> Ele criticou a consulta feita pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Sa&uacute;de Suplementar (ANS) &agrave;s operadoras para saber qual seria o tempo m&eacute;dio para atender tipos de doen&ccedil;as espec&iacute;ficas. Com base no tempo m&eacute;dio apurado, a ANS determinou tempos m&aacute;ximos de atendimento. O presidente da Abramge, ponderou que isso criou &ldquo;um problema s&eacute;rio&rdquo;, porque, em determinadas regi&otilde;es, h&aacute; operadoras com reduzido n&uacute;mero de usu&aacute;rios que &ldquo;n&atilde;o t&ecirc;m a m&iacute;nima condi&ccedil;&atilde;o de cumprir esses prazos. Est&atilde;o querendo transformar a medicina, que &eacute; uma ci&ecirc;ncia biol&oacute;gica, em uma ci&ecirc;ncia exata&rdquo;.</p> <p> O presidente da Abramge explicou que, se um consumidor marca uma consulta no prazo de sete dias, por exemplo, e o m&eacute;dico fica doente naquela data ou tem uma cirurgia e n&atilde;o pode atender, a ANS julga que &ldquo;j&aacute; estourou o prazo. E n&atilde;o h&aacute; conversa nesse sentido&rdquo;, lamentou. A consequ&ecirc;ncia, disse, &eacute; a suspens&atilde;o da comercializa&ccedil;&atilde;o daquela operadora. Na avalia&ccedil;&atilde;o de Arlindo de Almeida, a suspens&atilde;o em determinadas regi&otilde;es &eacute; um desastre para a operadora que se v&ecirc; v&iacute;tima das outras empresas que exercem uma esp&eacute;cie de &ldquo;canibalismo&rdquo;. Ele disse que, &agrave;s vezes, duas queixas j&aacute; s&atilde;o suficientes para levar &agrave; interven&ccedil;&atilde;o da ANS na operadora.</p> <p> No que diz respeito aos &oacute;rg&atilde;os de defesa do consumidor, Almeida disse que as principais queixas se referem &agrave; negativa de cobertura. Os contratos dos planos anteriores a 2000, quando foi criada a ag&ecirc;ncia, foram considerados v&aacute;lidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas as empresas questionam o acesso aos servi&ccedil;os pelos detentores desses contratos e acabam sendo obrigadas pela Justi&ccedil;a a fazer determinado tipo de procedimento que n&atilde;o consta dos contratos antigos. &ldquo;A maior parte dos ju&iacute;zes n&atilde;o julga pelo contrato. Julga mais pelos aspectos sociais da pessoa. Isso &eacute; um problema. A empresa tem que recorrer&rdquo;. Da&iacute; o n&uacute;mero de a&ccedil;&otilde;es significativo na Justi&ccedil;a, analisou.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Marcos Chagas</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong><br /> &nbsp;</p> Abrange Agência Brasil ANS hospitais médicos planos coletivos planos de saúde planos individuais Raio X da Saúde reajuste retração do mercado risco Saúde Thu, 22 Aug 2013 11:57:00 +0000 mchagas 728715 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/