Erica Moura Fernandes https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/171623/all pt-br Estudo mostra que idosos têm 3,7 vezes mais risco de desnutrição https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-18/estudo-mostra-que-idosos-tem-37-vezes-mais-risco-de-desnutricao <p>Fl&aacute;via Albuquerque<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>S&atilde;o Paulo &ndash; Um estudo feito pelo Instituto de Assist&ecirc;ncia M&eacute;dica ao Servidor P&uacute;blico Estadual mostrou que os idosos t&ecirc;m 3,7 vezes mais risco de desnutri&ccedil;&atilde;o do que os pacientes adultos. Foram analisados dados de 950 pacientes, entre homens e mulheres, acima de 18 anos de idade, internados no Servi&ccedil;o de Cardiologia do Hospital do Servidor P&uacute;blico Estadual.</p> <p>Depois de analisar dados sobre peso e altura para determinar o &Iacute;ndice de Massa Corp&oacute;rea dos idosos, de acordo com o especificado pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de, o resultado apontou que 46,3% dos casos tinham risco de desnutri&ccedil;&atilde;o. Nos pacientes com mais de 60 anos o risco foi 53% e nos adultos 23%.</p> <p>Segundo a nutricionista Erica Moura Fernandes, do Servi&ccedil;o de Nutri&ccedil;&atilde;o e Diet&eacute;tica do Hospital do Servidor, o risco de desnutri&ccedil;&atilde;o nos idosos &eacute; maior porque eles costumam desenvolver problemas de cora&ccedil;&atilde;o a partir dos 60 anos de idade. &ldquo;S&atilde;o v&aacute;rios fatores que interferem no aparecimento da desnutri&ccedil;&atilde;o, como baixa ingest&atilde;o de alimentos, complica&ccedil;&otilde;es relacionadas a doen&ccedil;as cardiovasculares, idade avan&ccedil;ada e perda de peso involunt&aacute;ria&rdquo;, disse.</p> <p>O fato de viverem sozinhos tamb&eacute;m interfere na nutri&ccedil;&atilde;o, explicou Erica, pois muitos dos idosos s&atilde;o respons&aacute;veis por comprar seus pr&oacute;prios alimentos e prepar&aacute;-los. Outros n&atilde;o se alimentam bem porque n&atilde;o t&ecirc;m pr&oacute;teses ou sofrem com aus&ecirc;ncia de dentes. &ldquo;Com a dificuldade para mastigar, o idoso n&atilde;o come carne, fonte importante para a boa qualidade nutricional. Normalmente, idosos tamb&eacute;m tomam muitos rem&eacute;dios o que altera seu paladar, diminuindo a vontade de comer&rdquo;.</p> <p>Outro fator que interfere na alimenta&ccedil;&atilde;o &eacute; a viuvez, que muitas vezes leva o idoso &agrave; depress&atilde;o, estado emocional que diminui a fome. Al&eacute;m disso, a nutricionista destacou o baixo poder aquisitivo da grande maioria dos idosos aposentados, e recebem um benef&iacute;cio baixo para suas necessidades. &ldquo;Eles t&ecirc;m que priorizar a compra dos medicamentos e n&atilde;o conseguem comprar os alimentos adequados&rdquo;. A queda da capacidade cognitiva tamb&eacute;m pode levar o idoso a se alimentar mal. &ldquo;Muitos n&atilde;o podem ir at&eacute; o fog&atilde;o e dependem de algu&eacute;m para preparar sua comida, e nem sempre isso &eacute; poss&iacute;vel&rdquo;.</p> <p>Devido a esses fatores a possibilidade de o idoso desenvolver desnutri&ccedil;&atilde;o &eacute; maior, e Erica ressaltou que quando os pacientes chegam ao hospital est&atilde;o bastante debilitados. &ldquo;Normalmente os cardiopatas chegam a enfartar ou a ter complica&ccedil;&otilde;es, geralmente porque n&atilde;o t&ecirc;m uma alimenta&ccedil;&atilde;o adequada. Quando chegam ao hospital s&atilde;o submetidos a uma dieta diferente, com pouco sal e restri&ccedil;&otilde;es, o que interfere na aceita&ccedil;&atilde;o alimentar&rdquo;.</p> <p>Erica explicou que o paciente cardiopata precisa de mais energia para digerir os alimentos, o que o faz entrar em hipermetabolismo. &ldquo;Isso tamb&eacute;m pode provocar a desnutri&ccedil;&atilde;o porque ele consome muito mais nutrientes do que uma pessoa normal&rdquo;. A cardiopatia tamb&eacute;m causa incha&ccedil;os o que provocam m&aacute; absor&ccedil;&atilde;o de nutrientes, resultando na desnutri&ccedil;&atilde;o. &ldquo;O paciente que est&aacute; inchado tem m&aacute; sensa&ccedil;&atilde;o de plenitude g&aacute;strica, ou seja, come mas n&atilde;o consegue aceitar o alimento&rdquo;.</p> <p>A nutricionista ressaltou que &eacute; importante identificar a desnutri&ccedil;&atilde;o assim que o paciente chega ao hospital para&nbsp;determinar a alimenta&ccedil;&atilde;o adequada durante a interna&ccedil;&atilde;o e depois da alta.</p> <p>&nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura<br /> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> desnutrição Erica Moura Fernandes Hospital do Servidor Público Estadual idosos Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual Saúde Sun, 18 Aug 2013 16:21:15 +0000 alberto.coura 728344 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/