cartório de registro https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/169768/all pt-br MST volta a ocupar fazenda da Cutrale no interior paulista https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-07-31/mst-volta-ocupar-fazenda-da-cutrale-no-interior-paulista <p>Alex Rodrigues<br /> <em>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil </em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) voltaram a ocupar, na manh&atilde; de hoje (31), a Fazenda Santo Henrique, pertencente a empresa Cutrale. Localizada em Borebi, no interior paulista, a propriedade &eacute; alvo de uma disputa antiga, j&aacute; tendo sido invadida v&aacute;rias vezes, a &uacute;ltima delas no in&iacute;cio do m&ecirc;s passado, quando a Justi&ccedil;a acatou o pedido de reintegra&ccedil;&atilde;o de posse feito pela empresa.</p> <p> Segundo o MST, cerca de 300 fam&iacute;lias de trabalhadores rurais assentados e acampados de diferentes regi&otilde;es do estado de S&atilde;o Paulo participam do ato. A partir de informa&ccedil;&otilde;es do Instituto Nacional de Coloniza&ccedil;&atilde;o e Reforma Agr&aacute;ria (Incra), o MST acusa a Cutrale de ter grilado uma &aacute;rea p&uacute;blica de 2,6 mil hectares para constituir a fazenda. A <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2009-10-09/mst-nega-danos-e-furtos-em-fazenda-da-cutrale" target="_blank">Santo Henri</a><a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2009-10-09/mst-nega-danos-e-furtos-em-fazenda-da-cutrale" target="_blank">que</a> &eacute; a mesma propriedade onde, em 2009, integrantes do MST foram filmados destruindo milhares de p&eacute;s de laranja. Na &eacute;poca, o movimento alegou que a&nbsp;iniciativa era uma &ldquo;&uacute;ltima alternativa para chamar a aten&ccedil;&atilde;o da sociedade para o absurdo de uma das maiores empresas da agricultura [l&iacute;der na produ&ccedil;&atilde;o mundial de suco de laranja] grilar terras p&uacute;blicas&rdquo;.</p> <p> Nota divulgada pelo MST informa que o objetivo da ocupa&ccedil;&atilde;o &eacute; pressionar as autoridades a tomar as provid&ecirc;ncias necess&aacute;rias ao esclarecimento da propriedade da &aacute;rea. No &uacute;ltimo dia 10 de julho, a ju&iacute;za substituta da 1&ordf; Vara Federal de Ourinhos (SP), Melina Faucz Kletemberg, atendeu a um pedido de tutela antecipada feito pelo Incra, por meio da Advocacia-Geral da Uni&atilde;o (AGU), e bloqueou a matr&iacute;cula da fazenda, registrada no Cart&oacute;rio de Registro de Im&oacute;veis de Cerqueira C&eacute;sar (SP), com o n&uacute;mero 4.118/84.</p> <p> No pedido de tutela, Incra e AGU alegam que a Fazenda Santa Henrique integrava um antigo projeto de coloniza&ccedil;&atilde;o federal iniciado em 1910 para abrigar imigrantes de v&aacute;rias nacionalidades. A &aacute;rea total destinada ao chamado N&uacute;cleo Colonial Mon&ccedil;&atilde;o somava cerca de 40 mil hectares que abrangiam os atuais munic&iacute;pios de Agudos, Len&ccedil;&oacute;is Paulista, Borebi, Iaras e &Aacute;guas de Santa B&aacute;rbara. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial.</p> <p> Segundo o Incra, a recente decis&atilde;o da ju&iacute;za Melina Faucz impede a empresa de realizar qualquer transa&ccedil;&atilde;o comercial envolvendo o im&oacute;vel at&eacute; a decis&atilde;o definitiva sobre o dom&iacute;nio da &aacute;rea. Na a&ccedil;&atilde;o, o Incra tamb&eacute;m pede que seja declarada de propriedade federal a &aacute;rea de 1.104 hectares da Fazenda Santo Henrique, com abertura de matr&iacute;cula pr&oacute;pria em nome da Uni&atilde;o.</p> <p> &ldquo;Reivindicamos que a decis&atilde;o seja de retomada das terras pela Uni&atilde;o, para que sejam transformadas em assentamentos da reforma agr&aacute;ria&rdquo;, comentou a dirigente estadual do MST, Ana Carolina Mazin na nota divulgada pelo movimento. Desde agosto de 2006 o Incra reivindica a propriedade da Fazenda Santa Henrique. Em junho de 2007, o &oacute;rg&atilde;o federal obteve a imiss&atilde;o na posse do im&oacute;vel em senten&ccedil;a do Tribunal Regional Federal (TRF) de S&atilde;o Paulo. De acordo com o Incra, embora as partes envolvidas discutissem um poss&iacute;vel acordo, os advogados da Cutrale recorreram da decis&atilde;o e obtiveram a cassa&ccedil;&atilde;o da liminar de imiss&atilde;o de posse.</p> <p> Em nota, a Cutrale lamentou a a&ccedil;&atilde;o, a quinta desde 2009. Apesar da recente decis&atilde;o da Justi&ccedil;a Federal, a empresa informou ter demonstrado a legalidade na aquisi&ccedil;&atilde;o da propriedade. A companhia acrescentou que j&aacute; est&aacute; tomando as medidas legais para obter a reintegra&ccedil;&atilde;o de posse. Os cerca de 500 trabalhadores, desde as 7h, est&atilde;o impedidos de entrar na &aacute;rea.09.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Marcos Chagas</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>&nbsp;<br /> &nbsp;</p> Agência Brasil assentamento cartório de registro Cutrale disputa de terra Fazenda Santo Henrique Incra invasão de fazenda justiça federal MST Nacional são paulo União Wed, 31 Jul 2013 16:24:43 +0000 mchagas 727004 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/