Academia Americana de Pediatria https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/167933/all pt-br Pesquisa relaciona obesidade infantil a tempo que as crianças permanecem na frente da TV https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-07-14/pesquisa-relaciona-obesidade-infantil-tempo-que-criancas-permanecem-na-frente-da-tv <p>Gilberto Costa<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p> Lisboa &ndash; Pesquisa divulgada nesta semana pela Universidade de Coimbra indica que pode haver rela&ccedil;&atilde;o entre a obesidade infantil e o tempo em que as crian&ccedil;as assistem &agrave; televis&atilde;o ou usam o aparelho de TV para brincar com jogos eletr&ocirc;nicos. Feita na d&eacute;cada passada, a pesquisa ouviu 17.424 crian&ccedil;as de 3 a 11 anos e seus parentes em todas as regi&otilde;es de Portugal.</p> <p> O estudo mostra que, apesar de Portugal ter sistema integral de ensino, com as crian&ccedil;as passando a manh&atilde; e a tarde na escola, 28% de meninos e 26% de meninas assistem a mais de duas horas de televis&atilde;o por dia. Nos fins de semana, a propor&ccedil;&atilde;o sobe significativamente: 75% meninos e 74% meninas. O par&acirc;metro de duas horas &eacute; sugerido pela <a href="http://pediatrics.aappublications.org/content/107/2/423.full.pdf">Academia Americana de Pediatria</a>.</p> <p> Em Portugal, tr&ecirc;s de cada dez crian&ccedil;as (6 a 10 anos) s&atilde;o consideradas acima do peso e 14% s&atilde;o classificadas como obesas. De acordo com a coordenadora do Centro de Investiga&ccedil;&atilde;o em Antropologia da Sa&uacute;de, da Universidade de Coimbra, <a href="http://www.uc.pt/fctuc/dcv/pessoas/docentes/c_padez">Cristina Padez</a>, o problema do alto consumo da TV est&aacute; relacionado ao comportamento sedent&aacute;rio. &ldquo;N&atilde;o &eacute; s&oacute; a TV, &eacute; preciso observar a alimenta&ccedil;&atilde;o, o estilo de vida e a organiza&ccedil;&atilde;o dos pais&rdquo;, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> Dados divulgados pela Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa contra a Obesidade Infantil (<a href="http://www.apcoi.pt/">Apcoi</a>), assinalam que 57% das crian&ccedil;as que vivem no pa&iacute;s n&atilde;o caminham para ir &agrave; escola; 90% comem lanches tipo <em>fast food </em>quatro vezes por semana e apenas 2% consomem frutas todos os dias.</p> <p> Segundo Cristina Padez, os indicadores de Portugal s&atilde;o semelhantes aos de outros pa&iacute;ses do Sul da Europa, como a Espanha, a It&aacute;lia e a Gr&eacute;cia, e guardam<a href="http:// http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-14/diabetes-casos-entre-criancas-e-adolescentes-preocupam-medicos-obesidade-e-maior-vila"> semelhan&ccedil;a com o que acontece no Brasil</a>. &quot;O mundo &eacute; globalizado. H&aacute; um conjunto de maneiras de viver semelhantes. Todos esses problemas s&atilde;o consequ&ecirc;ncia do desenvolvimento econ&ocirc;mico e social&rdquo;, enfatizou Cristina.</p> <p> A cientista social ressaltou ainda que a vida em grandes cidades, com poucos lugares para atividades de crian&ccedil;as ao ar livre, ou sob risco de viol&ecirc;ncia, faz com que muito meninos e meninas passem horas vendo TV. As emissoras de televis&atilde;o, com o avan&ccedil;o tecnol&oacute;gico e o interesse no consumo infantil, &ldquo;tornaram-se mais apelativas&rdquo; para as crian&ccedil;as, com programas e canais dirigidos ou acopladas ao jogo eletr&ocirc;nico.</p> <p> &ldquo;A ind&uacute;stria aproveita a situa&ccedil;&atilde;o. O problema &eacute; que nosso corpo n&atilde;o est&aacute; adaptado e precisa ser mais ativo&rdquo;, destaca Cristina Padez. Apesar das restri&ccedil;&otilde;es, ela n&atilde;o recomenda que os pais pro&iacute;bam os filhos de ver televis&atilde;o, nem de fazer lanches r&aacute;pidos. &ldquo;Os pais devem cuidar da alimenta&ccedil;&atilde;o sem proibir; &eacute; importante haver regras.&rdquo;</p> <p> A obesidade infantil pode favorecer o aparecimento futuro de doen&ccedil;as como diabetes e hipertens&atilde;o. Segundo a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), 2,6 milh&otilde;es de pessoas morrem todos os anos por causa da obesidade ou do sobrepeso. A OMS calcula que, em todo o mundo, mais de 1 bilh&atilde;o de adultos est&atilde;o acima do peso. Destes, 300 milh&otilde;es (o equivalente &agrave; popula&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos) s&atilde;o obesos.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Academia Americana de Pediatria alimentação Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil crianças diabetes hipertensão Jogos eletrônicos oms Organização Mundial da Saúde pesquisa Portugal Saúde sedentarismo sedentarismo infantil sobrepeso televisão Universidade de Coimbra Sun, 14 Jul 2013 13:08:04 +0000 aquintiere 725594 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/