título de anistia https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/167331/all pt-br Senado faz homenagem a Carlos Marighella https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-07-08/senado-faz-homenagem-carlos-marighella <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm">Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm"> Bras&iacute;lia - A Comiss&atilde;o de Anistia do Senado Federal concedeu hoje (8) o Certificado de Anistiado Pol&iacute;tico<em> post mortem</em> &agrave; fam&iacute;lia do guerrilheiro Carlos Marighella, apontado como um dos principais organizadores da luta armada contra o regime militar depois de 1964.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm">O t&iacute;tulo de anistia <em>post mortem</em>, concedido pelo governo federal, foi oficializado no final do ano passado, mas ainda n&atilde;o tinha sido entregue &agrave; fam&iacute;lia. O reconhecimento da responsabilidade do Estado pela morte de Marighella (em 1969), que tamb&eacute;m foi deputado federal, j&aacute; tinha sido anunciado em 2011, ano do centen&aacute;rio de nascimento do ex-pol&iacute;tico.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm">Emocionado, o filho do guerrilheiro, que tem o mesmo nome do pai, lembrou momentos dif&iacute;ceis. &ldquo;Passei por diversos constrangimentos como o de ser expulso de escola por ser filho de Marighella, mas o mais terr&iacute;vel constrangimento &eacute; ter seu pai assassinado daquele modo. Meu pai era decente e o crime cometido com aqueles requintes &eacute; sempre chocante para um filho&rdquo;.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm">Para Carlos Marighella Filho, a luta encampada por seu pai vem sendo cada vez mais reconhecida pelas institui&ccedil;&otilde;es e movimentos pol&iacute;ticos do pa&iacute;s. &ldquo;Passei minha vida esperando para que momentos como este fossem acontecendo. Sempre tive certeza de que era minha obriga&ccedil;&atilde;o lutar para que a dignidade do meu pai fosse restabelecida e vejo sempre com gratid&atilde;o as institui&ccedil;&otilde;es, os movimentos e as personalidades de nossa vida pol&iacute;tica reconhecerem&rdquo;, disse.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm">O guerrilheiro iniciou a milit&acirc;ncia aos 18 anos de idade, quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro, e chegou a ser considerado o inimigo &quot;n&uacute;mero 1&quot; da ditadura militar. O senador Jo&atilde;o Capiberibe (PSB-AP), presidente da subcomiss&atilde;o que convocou a sess&atilde;o de homenagem, disse que a divulga&ccedil;&atilde;o de fatos desse per&iacute;odo da hist&oacute;ria &ldquo;mostram para as gera&ccedil;&otilde;es mais novas que nossa democracia custou lutas e vidas e aconteceu pela vontade do povo&rdquo;.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm">A senadora L&iacute;dice da Mata (PSB-BA) lembrou a trajet&oacute;ria de Marighella marcada por pris&otilde;es em per&iacute;odos estrat&eacute;gicos da hist&oacute;ria do pa&iacute;s. O guerrilheiro foi detido em 1936, durante o governo de Get&uacute;lio Vargas. Quase 30 anos depois, o baiano Carlos Marighella foi preso por agentes do Departamento de Ordem Pol&iacute;tica e Social (Dops), na ditadura militar.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm">&ldquo;Nesses dias em que a nossa juventude, e nosso povo em geral, parecem ter descoberto a for&ccedil;a da a&ccedil;&atilde;o coletiva nas ruas de nossas cidades, contestando a pol&iacute;tica institucional, os partidos e seus l&iacute;deres, &eacute; extremamente oportuno lembrar um homem que acreditava na pol&iacute;tica como um instrumento indispens&aacute;vel para a transforma&ccedil;&atilde;o das sociedades, que acreditava na necessidade de partidos como instrumentos coletivos de a&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica e que acreditava como poucos na Justi&ccedil;a e na liberdade. E que ofereceu sua pr&oacute;pria vida como exemplo de integridade e amor ao povo&rdquo;, disse a senadora.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm">No intervalo entre as pris&otilde;es, Marighella foi eleito deputado federal, mas s&oacute; exerceu o cargo por um ano, depois teve o mandato cassado. Em 1968, o ex-pol&iacute;tico ainda fundou a A&ccedil;&atilde;o Libertadora Nacional (ALN), grupo armado de resist&ecirc;ncia &agrave; ditadura militar.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm">Durante o evento no Senado, tamb&eacute;m foi lan&ccedil;ado o livro <em>R&aacute;dio Libertadora, a Palavra de Carlos Marighella</em>, que relata as facetas do pol&iacute;tico, do guerrilheiro e do poeta brasileiro Marighella.</p> <p> &nbsp;</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 0.5cm"><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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