roupas pretas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/166320/all pt-br Vítimas da impunidade participam de manifestação na capital paulista https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-06-30/vitimas-da-impunidade-participam-de-manifestacao-na-capital-paulista <p>Fl&aacute;via Albuquerque<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Cerca de 2 mil pessoas, de acordo com a Pol&iacute;cia Militar, participaram hoje (30) de uma manifesta&ccedil;&atilde;o pac&iacute;fica contra a impunidade. Movimentos contra a viol&ecirc;ncia, parentes de v&iacute;timas e outros participantes usaram roupas pretas e come&ccedil;aram o ato no Parque do Povo, no Itaim Bibi, zona oeste da capital paulista. Em passeata, foram at&eacute; o Parque Ibirapuera, onde encerraram o protesto.</p> <p> Durante o chamado Dia D pelo Fim da Viol&ecirc;ncia e Impunidade foram colhidas assinaturas para um documento que ser&aacute; encaminhado ao Senado e &agrave; C&acirc;mara dos Deputados.</p> <p> O coordenador da campanha pelo fim da impunidade e pela uni&atilde;o das v&iacute;timas de viol&ecirc;ncia, Roberto Sekiya, explicou que o principal item da pauta &eacute; a mudan&ccedil;a do C&oacute;digo Penal, com leis que combatam os crimes contra a vida. &ldquo;Est&aacute; ocorrendo agora a reforma do C&oacute;digo Penal e queremos a eleva&ccedil;&atilde;o das penas m&aacute;ximas de 30 para 50 anos, o aumento da pena m&iacute;nima para o crime de homic&iacute;dio simples de seis para dez anos, a eleva&ccedil;&atilde;o do tempo para a progress&atilde;o de pena e a volta do exame criminol&oacute;gico para a concess&atilde;o de benef&iacute;cios penais. Hoje se liberta qualquer um sem nenhum crit&eacute;rio, queremos que quem n&atilde;o tenha condi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o volte &agrave; sociedade para cometer os mesmos crimes&rdquo;, disse.</p> <p> Maria Helena dos Santos Sampaio &eacute; m&atilde;e de M&aacute;rio, morto no Guaruj&aacute; em 31 de dezembro de 2012 pelo dono de um restaurante, ap&oacute;s reclamar de uma diferen&ccedil;a na conta. Ela veio de Campinas para compartilhar a dor da perda de um filho v&iacute;tima de viol&ecirc;ncia. &ldquo;O meu grito hoje &eacute;: &#39;Chega de viol&ecirc;ncia&#39;. Precisamos de leis mais duras para os nossos jovens. N&atilde;o estou falando s&oacute; para adultos. Eu, como m&atilde;e, sou v&iacute;tima dessa viol&ecirc;ncia e fui condenada. Por que os bandidos n&atilde;o v&atilde;o ser condenados?&rdquo;.</p> <p> Vanderleia Barbosa &eacute; irm&atilde; de uma v&iacute;tima de assassinato, h&aacute; nove meses, no Embu Gua&ccedil;u, regi&atilde;o metropolitana de S&atilde;o Paulo, e est&aacute; revoltada com a demora nas investiga&ccedil;&otilde;es e por ouvir sempre que o inqu&eacute;rito est&aacute; correndo em segredo de Justi&ccedil;a. Segundo ela, as informa&ccedil;&otilde;es sobre os assassinos existem, mas os investigadores nada fazem.</p> <p> Depois de perder o filho de 35 anos, Alex Haush, em um acidente de carro, Maria Luiza se apoiou nas campanhas contra a impunidade para tentar diminuir a dor. &nbsp;De acordo com ela, Alex, que era m&eacute;dico, estava em uma hamburgeria com um colega de trabalho e quando entraram no carro para ir embora, outro ve&iacute;culo chegou no estacionamento e bateu no deles, do lado em que Alex estava, causando&nbsp; morte instant&acirc;nea. &nbsp;</p> <p> &ldquo;N&atilde;o h&aacute; palavra no dicion&aacute;rio que possa expressar essa dor. Se usa imensur&aacute;vel, mas &eacute; pouco porque &eacute; uma dor que a gente dorme e acorda com ela. Para conseguir sobreviver, estou entrando nas campanhas em busca de tentar melhorar a situa&ccedil;&atilde;o para toda a sociedade. Por isso estamos aqui hoje. &Eacute; inacredit&aacute;vel que uma pessoa mate outra e seja sentenciada com cinco anos de presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;o&rdquo;, comentou.</p> <p> A presidenta da Associa&ccedil;&atilde;o Justi&ccedil;a &Eacute; o Que se Busca, Sandra Domingues, informou que a organiza&ccedil;&atilde;o acompanha 400 casos em todo o pa&iacute;s, dando assessoria e apoio aos parentes. &ldquo;Nosso objetivo &eacute; a reforma do C&oacute;digo Penal e a revis&atilde;o da maioridade penal para que as v&iacute;timas n&atilde;o tenham que passar a vida toda implorando por justi&ccedil;a e direito &agrave; vida&rdquo;. Ela destacou que a luta pela impunidade ainda &eacute; uma quest&atilde;o &agrave; parte da sociedade, pois participam apenas v&iacute;timas ou parentes de v&iacute;timas. &ldquo;Infelizmente, as pessoas ainda n&atilde;o lutam por amor, a maioria s&oacute; se junta a n&oacute;s pela dor&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Agência Brasil capital paulista impunidade Itaim Bibi manifestação movimentos Nacional pacífica parentes Parque do Povo Parque Ibirapuera passeata polícia militar protesto roupas pretas são paulo violÊncia vítimas Sun, 30 Jun 2013 20:05:43 +0000 gracaadjuto 724464 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/