investigação científica https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/165644/all pt-br Pesquisadores portugueses alteram código genético de um fungo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-06-25/pesquisadores-portugueses-alteram-codigo-genetico-de-um-fungo <p>Gilberto Costa<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p> Lisboa - Pesquisadores da Universidade de Aveiro conseguiram alterar o c&oacute;digo gen&eacute;tico do fungo <em>Candida albicans</em>. O trabalho &eacute; in&eacute;dito na hist&oacute;ria da ci&ecirc;ncia. O conhecimento de biologia acumulado nos diversos pa&iacute;ses at&eacute; ent&atilde;o assegurava que o c&oacute;digo gen&eacute;tico era imut&aacute;vel. &ldquo;A comunidade cient&iacute;fica internacional entendia que isso n&atilde;o era poss&iacute;vel&rdquo;, diz o coordenador da pesquisa, Manuel Santos, professor do Departamento de Biologia da universidade e pesquisador do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar.</p> <p> Ele explica que a investiga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica pode ter como desdobramento a compreens&atilde;o sobre microrganismos que afetam a sa&uacute;de humana e se tornam tolerantes a medicamentos. A pesquisa abre ainda a possibilidade de criar novas prote&iacute;nas de aplica&ccedil;&otilde;es m&uacute;ltiplas. &ldquo;A investiga&ccedil;&atilde;o abre nova expectativa de produzir prote&iacute;nas novas, com interesse para a biologia e biotecnologia, e &eacute; tamb&eacute;m uma porta para entender a resist&ecirc;ncia&rdquo;, disse Santos &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> Conforme nota divulgada pela Universidade de Aveiro, o fungo <em>Candida albicans</em> &eacute; o quarto microrganismo patog&ecirc;nico mais comum nas causas de infe&ccedil;&otilde;es. Os cientistas tamb&eacute;m esperam conseguir manipular o c&oacute;digo gen&eacute;tico de outros seres vivos para produzir microrganismos de interesse da biomedicina.</p> <p> O c&oacute;digo gen&eacute;tico &eacute; um conjunto de regras qu&iacute;micas que as c&eacute;lulas utilizam para traduzir em uma prote&iacute;na as informa&ccedil;&otilde;es contidas nos seus genes. &ldquo;Isso &eacute; diferente do genoma&rdquo;, chama a aten&ccedil;&atilde;o o pesquisador. &ldquo;O genoma funciona como um disco r&iacute;gido de computador, &eacute; um reposit&oacute;rio de informa&ccedil;&otilde;es. O c&oacute;digo gen&eacute;tico &eacute; como o <em>software</em> utilizado para acessar as informa&ccedil;&otilde;es&rdquo;, explica.</p> <p> Manuel Santos faz pesquisas na &aacute;rea desde 1989 e atualmente coordena uma equipe de 12 cientistas (farmac&ecirc;uticos, bi&oacute;logos e bioqu&iacute;micos). Entre eles est&atilde;o os dois alunos de doutorado Ana Rita Bezerra e Jo&atilde;o Sim&otilde;es, respons&aacute;veis pela mudan&ccedil;a do c&oacute;digo gen&eacute;tico, que assinam artigo sobre a pesquisa na revista da academia norte americana de ci&ecirc;ncias <em><a href="http://www.pnas.org/search?fulltext=Ana+Rita+Bezerra&amp;submit=yes&amp;x=18&amp;y=14">Proceedings of the National Academy of Sciences</a></em> (<em>Pnas</em>). Os estudos do grupo s&atilde;o financiados pela Funda&ccedil;&atilde;o para a Ci&ecirc;ncia e a Tecnologia e pelo projeto europeu Sybaris. No segundo semestre, a equipe de Santos receber&aacute; uma estudante brasileira que ter&aacute; bolsa do Conselho Nacional&nbsp; de Desenvolvimento Cient&iacute;fico e Tecnol&oacute;gico.</p> <p> Em mar&ccedil;o passado, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-03-07/mercadante-brasil-quer-estimular-formacao-de-pesquisadores-do-programa-ciencia-sem-fronteiras">o ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Aloizio Mercadante</a>, anunciou a exclus&atilde;o de Portugal dos editais de gradua&ccedil;&atilde;o (2013) do Programa Ci&ecirc;ncia sem Fronteiras. A decis&atilde;o foi tomada para estimular a aprendizagem de l&iacute;ngua estrangeira pelos brasileiros. O pesquisador comenta que a comunidade cient&iacute;fica lusitana ficou &ldquo;surpresa&rdquo; com o ato, mas cr&ecirc; que o governo brasileiro reverter&aacute; a decis&atilde;o. &ldquo;Brasil e Portugal t&ecirc;m muito a ganhar com essa proximidade&rdquo;, disse.</p> <p> A Universidade de Aveiro &eacute; a 66&ordf; melhor institui&ccedil;&atilde;o do mundo com menos de 50 anos e a melhor entre as de ensino superior de Portugal. A classifica&ccedil;&atilde;o &eacute; da revista brit&acirc;nica especializada <a href="http://www.timeshighereducation.co.uk/world-university-rankings/2013/one-hundred-under-fifty"><em>Times Higher Education</em></a>. O <em>ranking</em> ainda tem mais duas universidades portuguesas (Universidade do Minho e a Universidade Nova de Lisboa). O <em>ranking</em> considera pesquisas realizadas, cita&ccedil;&otilde;es em peri&oacute;dicos cient&iacute;ficos, qualidade do ensino, internacionaliza&ccedil;&atilde;o e contribui&ccedil;&otilde;es para inova&ccedil;&otilde;es na ind&uacute;stria. Do Brasil, a lista inclui apenas a Universidade Estadual de Campinas.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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