comunidades ameaçadas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/164605/all pt-br Torneio de futebol reúne comunidades ameaçadas e atingidas por remoção https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-06-15/torneio-de-futebol-reune-comunidades-ameacadas-e-atingidas-por-remocao <p>Akemi Nitahara<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist723117/prev/ABr150613011.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Rio de Janeiro &ndash; Quatorze times de comunidades removidas ou amea&ccedil;adas de remo&ccedil;&atilde;o para as obras de prepara&ccedil;&atilde;o da cidade para os grandes eventos esportivos participam hoje (15) do torneio Copa das Remo&ccedil;&otilde;es, promovido pelo Comit&ecirc; Popular Rio Copa e Olimp&iacute;adas. De acordo com o representante do comit&ecirc;, Renato Cosentino, a ideia &eacute; fazer um contraponto ao in&iacute;cio da Copa das Confedera&ccedil;&otilde;es e, ao mesmo tempo, reunir as comunidades afetadas.</p> <p> &ldquo;Fazer isso no dia da estreia da Copa das Confedera&ccedil;&otilde;es tem a import&acirc;ncia de mostrar o outro lado, que fica invis&iacute;vel nesse processo de prepara&ccedil;&atilde;o das cidades para os grandes eventos. Ent&atilde;o, cumpre esse objetivo - de colocar essas comunidades em contato; a gente tem comunidades de todas as zonas da cidade oeste, central, norte e sul, d&aacute; uma vis&atilde;o geral de como isso est&aacute; causando impacto &agrave; cidade inteira e, al&eacute;m disso, chama a aten&ccedil;&atilde;o para a prepara&ccedil;&atilde;o dos grandes eventos&rdquo;.</p> <p> Participam do torneio dez equipes masculinas e quatro femininas. Entre as comunidades representadas est&atilde;o a da Provid&ecirc;ncia, de Santa Marta, do Salgueiro, de Indiana, Muzema, da Vila Aut&oacute;dromo e Vila Recreio 2. No torneio feminino, venceu a equipe da Provid&ecirc;ncia. Uma das jogadoras, Alaine Carla Souza Mendes, de 18 anos, diz que, al&eacute;m de ser &oacute;tima oportunidade para jogar, &eacute; importante para apoiar a causa. &ldquo;Foi uma oportunidade que muitas pessoas gostariam de ter. Minha fam&iacute;lia passou pela remo&ccedil;&atilde;o j&aacute; faz um tempo, agora recebe aux&iacute;lio-aluguel. Mas, agora, o pessoal mais de cima [do morro] est&aacute; passando por esse problema&rdquo;.</p> <p> O evento conta tamb&eacute;m com exposi&ccedil;&atilde;o de fotografia, v&iacute;deo, grafite e uma festa junina, al&eacute;m do lan&ccedil;amento do saci como Mascote Popular da Copa. Autor do desenho, o fot&oacute;grafo Andr&eacute; Mantelli explica que n&atilde;o &eacute; contra a ideia do tatu-bola como mascote, mas sim contra a forma como &eacute; feita a escolha.</p> <p> &ldquo;O comit&ecirc; procurava uma coisa que confrontasse essa ideia do tra&ccedil;o bonitinho, que normalmente esses grandes eventos colocam como mascote. Eu acho que a ideia do tatu-bola at&eacute; que &eacute; bacana, mas tem todo esse processo de <em>business</em>, antidemocr&aacute;tico, esse nome que n&atilde;o nos representa, &Eacute; tudo muito esquisito. E logo n&oacute;s que temos uma cultura, um folclore, uma mitologia interessant&iacute;ssima ligada &agrave;s matas, ligada ao nosso cotidiano, &agrave; nossa riqueza &eacute;tnica&rdquo;.</p> <p> Para ele, o saci representa o nosso futebol moleque, a alegria e espontaneidade do brasileiro. &ldquo;O nosso saci &eacute; um saci solto, que ningu&eacute;m vai prender, ningu&eacute;m vai tirar a carapu&ccedil;a. A gente coloca mesmo a carapu&ccedil;a e vai para a rua. A ideia &eacute; que o trabalhador informal que quiser comercializar isso em camisa tenha liberdade total. Nosso desejo &eacute; que isso seja replicado livremente e at&eacute; que outros sacis apare&ccedil;am. O mais importante &eacute; que ganhe visibilidade como ideia, n&atilde;o o desenho em si&rdquo;.</p> <p> Renato &nbsp;Cosentino lembra que o comit&ecirc; j&aacute; teve contato com o Poder P&uacute;blico, mas sem conseguir avan&ccedil;ar na discuss&atilde;o das remo&ccedil;&otilde;es. &ldquo;A gente teve um grave aumento das situa&ccedil;&otilde;es, teve no carnaval uma remo&ccedil;&atilde;o compuls&oacute;ria no Largo do Tanque, em Jacarepagu&aacute;, com indeniza&ccedil;&otilde;es de R$ 7 mil, R$ 10 mil, como a comunidade relatou. H&aacute; moradores da Restinga que foram removidos em 2010 e ainda n&atilde;o receberam nenhum tipo de repara&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p> H&aacute; um m&ecirc;s, o comit&ecirc; lan&ccedil;ou um dossi&ecirc; denunciando que<a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-05-15/obras-da-copa-e-das-olimpiadas-ja-causaram-remocao-de-3-mil-familias-no-rio"> cerca de 10 mil fam&iacute;lias podem ser afetadas</a> pelas remo&ccedil;&otilde;es no Rio de Janeiro.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave;<strong> Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> 15/06/2013 Agência Brasil Cidadania Comitê Popular Rio Copa e Olimpíadas comunidades ameaçadas comunidades removidas Copa das Confederações Copa das Remoções Copa e Olimpíadas Esporte eventos esportivos futebol grandes eventos esportivos obras de preparação preparação remoção remoções rio rio de janeiro saci tatu-bola torneio Sat, 15 Jun 2013 20:20:11 +0000 gracaadjuto 723136 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/