orgâncios https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/163117/all pt-br Paraná recolhe 1,2 mil toneladas de agrotóxicos proibidos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-05-29/parana-recolhe-12-mil-toneladas-de-agrotoxicos-proibidos <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist638517/prev/1230RA0066.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Bras&iacute;lia &ndash; Mais de 1,2 mil toneladas de agrot&oacute;xicos pro&iacute;bidos no pa&iacute;s desde a d&eacute;cada de 1980 foram recolhidos no Paran&aacute;. A principal subst&acirc;ncia devolvida pelos agricultores do estado foi o BHC ou hexaclorobenzeno. Os defensivos fazem parte da lista dos 21 Poluentes Org&acirc;nicos Persistentes, conhecidos como POPs na lista da Conven&ccedil;&atilde;o de Estocolmo. Pelo tratado ratificado por diversos pa&iacute;ses em 2004, diversas subst&acirc;ncias devem ser extintas por causar grandes males &agrave; sa&uacute;de humana e ao meio ambiente.</p> <p>No Paran&aacute;, pelo menos 2 mil agricultores aderiram ao programa criado pelo governo, por fabricantes de agrot&oacute;xicos e por representa&ccedil;&otilde;es do setor produtivo, como o Instituto Paranaense de Assist&ecirc;ncia T&eacute;cnica e Extens&atilde;o Rural (Emater), a Organiza&ccedil;&atilde;o das Cooperativas do Estado do Paran&aacute; (Ocepar) e a Federa&ccedil;&atilde;o da Agricultura do Estado do Paran&aacute; (Sistema Faep).</p> <p>O uso intenso desses defensivos no estado ocorreu at&eacute; o fim dos anos 1970, quando o Paran&aacute; era apontado como um dos principais produtores de caf&eacute; do pa&iacute;s e os defensivos eram usados para evitar pragas resistentes nessas planta&ccedil;&otilde;es. Com a geada que afetou as lavouras em 1975, queimando milh&otilde;es de p&eacute;s de caf&eacute;, os produtos excedentes ficaram guardados nos im&oacute;veis.</p> <p>&ldquo;O estado tinha um problema com produtos obsoletos. Esses defensivos foram banidos em 1985, mas ainda tinham registros no estado e estavam escondidos nas propriedades. Se o agricultor declarasse a posse, teria que se responsabilizar pela disposi&ccedil;&atilde;o final do produto, que &eacute; cara e pouco conhecida. Sem solu&ccedil;&atilde;o, ele deixava aquilo na propriedade&rdquo;, contou Jo&atilde;o Rando, diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que representa a ind&uacute;stria fabricante do produto e o sistema de log&iacute;stica reversa de embalagens do produto, conhecido como Sistema Campo Limpo.</p> <p>A tentativa de recolher os defensivos come&ccedil;ou em 2009, quando os agricultores que tinham essas subst&acirc;ncias estocadas come&ccedil;aram a declarar a posse do material com a garantia de isen&ccedil;&atilde;o de qualquer penalidade, j&aacute; que as subst&acirc;ncias n&atilde;o poderiam ter sido guardadas. Mais de 2 mil agricultores e institui&ccedil;&otilde;es declararam a exist&ecirc;ncia de mais de 600 toneladas do produto inicialmente.</p> <p>&ldquo;A partir da&iacute;, estabelecemos a log&iacute;stica para que o agricultor pudesse devolver o produto, com as cooperativas, a Federa&ccedil;&atilde;o de Trabalhadores e as secretarias de governo [Meio Ambiente e Agricultura]. Criamos armaz&eacute;ns tempor&aacute;rios para recolher tudo que, depois, foram desmontados. Todo o produto foi incinerado em condi&ccedil;&otilde;es adequadas&rdquo;, disse Rando, lembrando que o programa durou nove anos, desde os primeiros debates sobre a situa&ccedil;&atilde;o no Paran&aacute;, iniciados em 2004.</p> <p>A quantidade de defensivos entregue no ano passado superou as expectativas iniciais do grupo e a nova estimativa passou a ser a retirada de mais de 1,2 mil toneladas do campo, que foi conclu&iacute;da neste m&ecirc;s. O projeto tirou do meio ambiente esse volume de produto que colocava em risco a quest&atilde;o ambiental e a sa&uacute;de&rdquo;, completou.</p> <p>Especialistas explicam que os medicamentos e os agrot&oacute;xicos como o BHC est&atilde;o entre os mais persistentes no ambiente, podendo ser absorvidos por animais em toda a cadeia alimentar e alcan&ccedil;ar os seres humanos, provocando doen&ccedil;as nervosas, imunol&oacute;gicas, reprodutivas e c&acirc;ncer.</p> <p>Segundo Rando, o estado de S&atilde;o Paulo est&aacute; desenvolvendo um programa nos mesmos moldes do projeto paranaense. Mesmo ocupando uma &aacute;rea maior, o uso de defensivos pelos agricultores paulistas n&atilde;o deve superar a marca do Paran&aacute;.</p> <p>&ldquo;Esse trabalho passa a servir como modelo. O projeto de S&atilde;o Paulo j&aacute; tem quase dois anos e, como os POPs, n&atilde;o s&atilde;o um problema exclusivo do Brasil, esse programa pode ajudar at&eacute; outros pa&iacute;ses que t&ecirc;m que eliminar essas subst&acirc;ncias&rdquo;, concluiu.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> <i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> 1980 agrícolas agricultores agrotóxicos BHC Convenção de Estocolmo década defensivos hexaclorobenzeno males Meio ambiente Meio Ambiente orgâncios paraná poluentes POPs proibidos Saúde tratado Wed, 29 May 2013 09:22:44 +0000 gracaadjuto 721787 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/