clássicos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/161427/all pt-br Rádio MEC é espaço para difusão da obra de compositores e instrumentistas clássicos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-05-10/radio-mec-e-espaco-para-difusao-da-obra-de-compositores-e-instrumentistas-classicos <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/Programa%20Sala%20de%20Concerto.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Paulo Virgilio<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - Com 40 anos dedicados &agrave; <strong>R&aacute;dio MEC</strong>, Lauro Gomes acompanhou o processo de implanta&ccedil;&atilde;o do sistema FM, em 1983, &nbsp;e foi o primeiro coordenador da &nbsp;nova emissora. Al&eacute;m do <em>Sala de Concerto</em>, que comanda h&aacute; 13 anos, ele apresenta o <em>M&uacute;sica e M&uacute;sicos do Brasil</em>, no ar h&aacute; 50 anos e o segundo programa mais antigo do r&aacute;dio brasileiro. O primeiro, tamb&eacute;m da <strong>Empresa Brasil de Comunica&ccedil;&atilde;o</strong> (<strong>EBC</strong>), &eacute; <em>A</em> <em>Voz do Brasil</em>.</p> <p> Segundo Lauro Gomes, foram necess&aacute;rios tr&ecirc;s anos para a defini&ccedil;&atilde;o de uma grade completa para a FM. &ldquo;Paulatinamente, a programa&ccedil;&atilde;o foi se diferenciando at&eacute; que ficou decidido que a AM ficaria com a m&uacute;sica popular e os programas educativos e a FM com a m&uacute;sica cl&aacute;ssica, a m&uacute;sica de concerto. No entanto, alguns programas tradicionais, como a <em>&Oacute;pera Completa</em>, continuaram a ser transmitidos tamb&eacute;m na AM&rdquo;, conta.</p> <p> Testemunha da longa tradi&ccedil;&atilde;o de m&uacute;sica cl&aacute;ssica da r&aacute;dio, quando ela s&oacute; transmitia em AM, Lauro lembra que a implanta&ccedil;&atilde;o do sistema FM era uma cobran&ccedil;a do p&uacute;blico, por causa da qualidade sonora da banda. &ldquo;Na &eacute;poca, em FM s&oacute; havia m&uacute;sica cl&aacute;ssica em algumas horas na JB FM e na Globo FM. &nbsp;Nos anos 90, surgiu a Opus 90, que enquanto existiu tinha uma vantagem sobre a <strong>MEC FM</strong> porque tinha um som melhor. Hoje n&atilde;o, a MEC tem um som muito bom&rdquo;, diz.</p> <p> Para Lauro Gomes, o caso da extinta Opus 90 mostra como &eacute; fundamental o crit&eacute;rio de seriedade na programa&ccedil;&atilde;o de uma r&aacute;dio voltada para a m&uacute;sica cl&aacute;ssica. &ldquo;A Opus 90 transmitia uma obra cl&aacute;ssica em peda&ccedil;os, ou seja, apenas um movimento de um concerto ou de uma sinfonia, uma filosofia que n&atilde;o adotamos de jeito nenhum. A obra tem que ser tocada por inteiro, como o compositor a imaginou Por isso, a nossa programa&ccedil;&atilde;o nunca foi contestada, temos um ouvinte fiel e agora, com o som melhor, a r&aacute;dio deslanchou&rdquo;, enfatiza.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/Sala%20de%20Concerto%20com%20Antonio%20Menezes_.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: left;" />Apresentado todas as sexta-feiras, das 17h &agrave;s 18h, o <em>Sala de Concerto</em> &eacute; o reflexo mais conhecido dessa filosofia. Segundo Lauro, a decis&atilde;o de fazer o programa no Est&uacute;dio Sinf&ocirc;nico Alceo Bocchino, da emissora, foi pelo fato de haver l&aacute; o piano que era utilizado nas grava&ccedil;&otilde;es feitas na r&aacute;dio. &ldquo;Fizemos do est&uacute;dio um audit&oacute;rio. Ficou muito gostoso pelo aconchego que deu. Pegamos o ouvinte e colocamos no cora&ccedil;&atilde;o da r&aacute;dio. Compositores, como Ricardo Tacuchian, ficaram admirados por estarmos fazendo um programa de audit&oacute;rio, como o r&aacute;dio de antigamente, com a m&uacute;sica de concerto&rdquo;, conta.</p> <p> A exemplo do que ocorria com a <strong>R&aacute;dio Nacional</strong> no universo da m&uacute;sica popular, at&eacute; os anos 60 a ent&atilde;o <strong>R&aacute;dio Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o</strong> tinha seu elenco de artistas, no caso uma orquestra sinf&ocirc;nica, uma orquestra de c&acirc;mara e um quarteto de cordas, um quinteto de sopros, um grande coral, um quinteto vocal e um conjunto de m&uacute;sica antiga.</p> <p> &ldquo;Compositores como Francisco Mignone, Radam&eacute;s Gnattali, Guerra Peixe e Bocchino criavam obras especialmente para a r&aacute;dio, porque ela tinha uma orquestra, um quarteto, um quinteto, enfim, para interpret&aacute;-las em primeira m&atilde;o&rdquo;, lembra. Posteriormente, a r&aacute;dio possibilitou a difus&atilde;o de obras de compositores como Edino Krieger e Marlos Nobre. &ldquo;Eles s&atilde;o da gera&ccedil;&atilde;o formada na <strong>R&aacute;dio MEC</strong>&rdquo;, conta Lauro.</p> <p> Hoje a realidade &eacute; diferente, o que n&atilde;o impede que esse papel de difus&atilde;o seja desempenhado pelo <em>Sala de Concerto</em> e pelo <em>M&uacute;sica e M&uacute;sicos do Brasil</em>. Esse &uacute;ltimo &eacute; um programa gravado, que apresenta obras de compositores cl&aacute;ssicos brasileiros ou destaca grava&ccedil;&otilde;es de instrumentistas brasileiros, mesmo que executando obras de estrangeiros. J&aacute; no <em>Sala de Concerto</em> podem se apresentar ao vivo m&uacute;sicos brasileiros e estrangeiros.</p> <p> Para o compositor cl&aacute;ssico brasileiro, o Sala de Concerto &eacute; um espa&ccedil;o importante para a apresenta&ccedil;&atilde;o de obras in&eacute;ditas, que ainda n&atilde;o foram gravadas. &ldquo;Quem interpreta s&atilde;o os m&uacute;sicos de c&acirc;mara que a gente convida para o programa. &Agrave;s vezes, eu mesmo encomendo aos compositores uma obra in&eacute;dita para que eles possam tocar&rdquo;, revela o apresentador, que procura estimular os instrumentistas a gravarem compositores brasileiros. &ldquo;Quando me chega um pianista jovem com uma grava&ccedil;&atilde;o sua de uma obra de Chopin, por exemplo, para divulgar, eu digo: &oacute;timo, est&aacute; lindo, mas s&oacute; que isto n&atilde;o vai vender, porque os maiores pianistas do mundo j&aacute; gravam Chopin e ningu&eacute;m vai escolher o seu disco&rdquo;.</p> <p> Com os pianistas brasileiros de renome internacional, como Nelson Freire, Arnaldo Cohen e Cristina Ortiz, a quest&atilde;o &eacute; diferente, segundo Lauro Gomes. &ldquo;Eles n&atilde;o tocam e gravam muita m&uacute;sica brasileira porque o mercado internacional n&atilde;o aceita&rdquo;. Gomes reconhece, no entanto, que nos &uacute;ltimos anos vem aumentando o interesse mundial pelos compositores brasileiros. &ldquo;N&atilde;o apenas Villa-Lobos, mas tamb&eacute;m Francisco Mignone. Est&atilde;o gravando muito, nos Estados Unidos e tamb&eacute;m no Jap&atilde;o&rdquo;, diz.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>&nbsp; <br /> &nbsp;</p> AM clássicos compositores Cultura difusão EBC emissora Empresa Brasil de Comunicação FM instrumentistas música clássica obra programa Rádio MEC Sala de Concerto Voz do Brasil Fri, 10 May 2013 11:05:43 +0000 gracaadjuto 720423 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/