13 de maio https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/160616/all pt-br Cineclube exibe filmes de temática negra para marcar os 125 anos da libertação dos escravos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-04-30/cineclube-exibe-filmes-de-tematica-negra-para-marcar-os-125-anos-da-libertacao-dos-escravos <p>Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - O Cineclube Henfil, projeto da Secretaria Municipal de Cultura de Maric&aacute;, munic&iacute;pio da regi&atilde;o das baixadas litor&acirc;neas, no estado do Rio de Janeiro, homenageia a cultura negra no m&ecirc;s de maio, quando se comemoram os 125 anos da Lei &Aacute;urea, assinada pela princesa Isabel no dia 13 de maio de 1888.</p> <p> Ser&atilde;o exibidos cinco filmes com tem&aacute;tica negra, sendo um por semana, sempre &agrave;s 19 horas, na Casa de Cultura&nbsp; de Maric&aacute;, no centro da cidade, com capacidade para 42 pessoas. As senhas, gratuitas, ser&atilde;o distribu&iacute;das 30 minutos antes da exibi&ccedil;&atilde;o do filme.</p> <p> O coordenador do cineclube, Ronaldo Valentim, disse hoje (30) &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> que o objetivo n&atilde;o &eacute; somente o de destacar a import&acirc;ncia dos negros para a forma&ccedil;&atilde;o sociocultural brasileira, mas tamb&eacute;m &ldquo;despertar essa valoriza&ccedil;&atilde;o e a consci&ecirc;ncia da popula&ccedil;&atilde;o sobre o tema&rdquo;.</p> <p> A programa&ccedil;&atilde;o come&ccedil;a no dia 2 de maio&nbsp; com a exibi&ccedil;&atilde;o de <em>Bahia de Todos os Santos</em>, de 1960. Dirigido por Trigueirinho Neto, o filme &eacute; considerado um precursor do chamado Cinema Novo, movimento cinematogr&aacute;fico brasileiro influenciado pelo Neorrealismo italiano e pela Nouvelle Vague francesa. O filme, que marca a estreia do ator negro Antonio Pitanga no cinema, mostra a resist&ecirc;ncia da cultura popular e africana em Salvador.</p> <p> No dia 8 de maio, ser&aacute; exibido o filme <em>Quilombo</em>, do cineasta Cac&aacute; Diegues, um dos fundadores do Cinema Novo. Coproduzido por Brasil e Fran&ccedil;a, o filme de 1984 foi indicado &agrave; Palma de Ouro, no Festival de Cinema de Cannes. Ele conta a hist&oacute;ria de escravos que se rebelam e encontram ref&uacute;gio no Quilombo dos Palmares, situado em Alagoas.</p> <p> Na semana seguinte, no dia 15, o Cineclube Henfil apresenta ao p&uacute;blico o document&aacute;rio <em>Cais do Valongo, Sangra da Terra</em>, seguido de debate com seu diretor, o cineasta Wav&aacute; de Carvalho, morador de Maric&aacute;. Segundo Ronaldo Valentim, o filme tem a&nbsp; preocupa&ccedil;&atilde;o de promover o resgate da hist&oacute;ria da miscigena&ccedil;&atilde;o racial no pa&iacute;s. A obra aborda a recente descoberta das ru&iacute;nas do Cais do Valongo, nas obras do projeto&nbsp; Porto Maravilha, no centro do Rio de Janeiro.</p> <p> Considerado o maior porto de escravos negros das Am&eacute;ricas no s&eacute;culo 18, o Cais do Valongo&nbsp; foi escondido pelo Cais da Imperatriz, constru&iacute;do no local&nbsp; para recepcionar a Imperatriz Teresa Cristina, quando ela chegou ao Brasil para casar com dom Pedro II.</p> <p> J&aacute; o curta-metragem <em>A Paix&atilde;o Segundo Callado</em>, dirigido por Jos&eacute; Joffily, narra a vida e a obra do escritor e jornalista Antonio Callado e sua luta para denunciar as injusti&ccedil;as praticadas contra minorias - negros, &iacute;ndios, mulheres e camponeses. O document&aacute;rio ser&aacute; exibido no dia 22.</p> <p> Fechando a s&eacute;rie de filmes alusivos ao m&ecirc;s da aboli&ccedil;&atilde;o da escravatura, o Cineclube Henfil apresenta &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, no dia 29 de maio,&nbsp; o longa-metragem <em>Xica da Silva</em>, de 1976, tamb&eacute;m dirigido por Cac&aacute; Diegues, vencedor do Festival de Cinema de Bras&iacute;lia do mesmo ano, com os pr&ecirc;mios de melhor diretor, melhor filme e melhor atriz para Zez&eacute; Motta.</p> <p> O filme conta a vida da escrava alforriada Francisca da Silva de Oliveira, ou Xica da Silva, que se tornou uma esp&eacute;cie de rainha no antigo Arraial do Tijuco, na segunda metade do s&eacute;culo 18,&nbsp; atual cidade mineira de Diamantina, ap&oacute;s seduzir com seus encantos o contratador de diamantes Jo&atilde;o Fernandes de Oliveira, homem mais poderoso da regi&atilde;o &agrave;quela &eacute;poca.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil<br /> &nbsp;</p> 125 anos 13 de maio Cultura festival de filmes negros Lei Áurea libertação dos escravos Tue, 30 Apr 2013 20:08:47 +0000 davi.oliveira 719708 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/