queijo do Serro https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/160371/all pt-br Pesquisadores buscam introduzir queijo do Serro ao mercado formal https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-04-27/pesquisadores-buscam-introduzir-queijo-do-serro-ao-mercado-formal <p>Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Pesquisadores da Embrapa Agroind&uacute;stria de Alimentos est&atilde;o em busca de solu&ccedil;&atilde;o para os entraves que impedem a comercializa&ccedil;&atilde;o do queijo do Serro no pa&iacute;s. De qualidade e sabor reconhecidos, o queijo artesanal mineiro foi registrado em 2008 como patrim&ocirc;nio imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrim&ocirc;nio Hist&oacute;rico e Art&iacute;stico Nacional.</p> <p> Liderados por Rodrigo Paranhos, os pesquisadores da Embrapa trabalham desde abril do ano passado no projeto Agregarte, que entra neste ano na fase de coleta de amostras de leite e de queijo. O Instituto Mineiro de Agropecu&aacute;ria (IMA) &eacute; um dos parceiros da pesquisa, junto com a Embrapa Gado de Leite, a Empresa de Assist&ecirc;ncia T&eacute;cnica e Extens&atilde;o Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e a Associa&ccedil;&atilde;o dos Produtores do Queijo do Serro.</p> <p> O queijo produzido na regi&atilde;o mineira do Serro obteve tamb&eacute;m o registro de indica&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), &oacute;rg&atilde;o do Minist&eacute;rio do Desenvolvimento, Ind&uacute;stria e Com&eacute;rcio Exterior, em dezembro de 2011.</p> <p> As pesquisas poder&atilde;o p&ocirc;r fim &agrave; pol&ecirc;mica em torno do produto que, por ser feito com leite cru, n&atilde;o pasteurizado, tem sua comercializa&ccedil;&atilde;o proibida pela legisla&ccedil;&atilde;o brasileira, disse Paranhos &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>. A venda do queijo dentro do territ&oacute;rio mineiro &eacute; permitida por uma lei estadual que ampara pequenos agricultores locais cadastrados no IMA.&nbsp;</p> <p> A pol&ecirc;mica cresceu e, por isso, o Minist&eacute;rio da Agricultura criou um grupo de trabalho para analisar a quest&atilde;o do queijo, produzido em dez munic&iacute;pios. De acordo com Paranhos, as institui&ccedil;&otilde;es envolvidas precisar&atilde;o de um grande esfor&ccedil;o para trazer para o queijo do Serro para o mercado formal. O queijo artesanal da regi&atilde;o segue o padr&atilde;o dos produtos da pequena agroind&uacute;stria nacional, a informalidade.</p> <p> &ldquo;Minas Gerais foi o estado pioneiro na briga por esse queijo artesanal&rdquo;, lembrou Paranhos. O pesquisador destacou que Minas elaborou uma legisla&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica e acreditou que seu produto pode ser seguro, mesmo sendo feito com leite cru. As queijarias cadastradas no IMA s&atilde;o minoria entre os estabelecimentos do g&ecirc;nero existentes no estado. Segundo&nbsp; Paranhos, &eacute; preciso tamb&eacute;m elaborar programas e pol&iacute;ticas p&uacute;blicas para melhorar a qualidade do produto. &ldquo;E isso &eacute; poss&iacute;vel&rdquo;, disse ele, defendendo investimentos na atividade, que gera emprego e renda e &eacute; geralmente desenvolvida por agricultores familiares.</p> <p> Para ele, essa pol&iacute;tica tem condi&ccedil;&otilde;es de dar resultado. &ldquo;O Estado tem de olhar com mais carinho para esses produtos&rdquo;, ressaltou Paranhos. Ele informou que o Agregarte atua em mais duas frentes: a produ&ccedil;&atilde;o informal de farinha de mandioca na Bahia e de a&ccedil;&uacute;car mascavo, no norte fluminense.</p> <p> Paranhos acredita que o queijo do Serro pode ser feito de maneira artesanal e sem oferecer riscos para a sa&uacute;de. Para isso, os produtores t&ecirc;m de cuidar bem dos rebanhos, sem esquecer da vacina&ccedil;&atilde;o. Ele disse que o Instituto Mineiro de Agropecu&aacute;ria vem mostrando que &eacute; poss&iacute;vel conseguir, mesmo em pequena escala, um produto de qualidade, se esses cuidados forem tomados.</p> <p> O projeto Agregarte deve ser conclu&iacute;do at&eacute; 2015. &ldquo;Pretendemos caracterizar esse produto tanto em termos dos riscos para a sa&uacute;de sa&uacute;de quanto em termos sensoriais [sabor, aroma e cor] para valoriz&aacute;-lo&rdquo;. O objetivo do projeto &eacute; mostrar que o queijo minas artesanal do Serro tem grande potencial de desenvolvimento social.&nbsp; N&atilde;o &eacute; &agrave; toa que ele j&aacute; &eacute; reconhecido h&aacute; tanto tempo, dentro e fora da regi&atilde;o em que &eacute; feito, como um produto de qualidade, acrescentou.</p> <p> No m&ecirc;s que vem, a Embrapa Agroind&uacute;stria de Alimentos deve participar do grupo de trabalho criado pelo IMA para&nbsp; discutir uma nova legisla&ccedil;&atilde;o para o queijo do Serro.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></p> Nacional país patrimônio imaterial brasileiro queijo queijo artesanal queijo do Serro queijo mineiro Sat, 27 Apr 2013 14:32:10 +0000 fabio.massalli 719506 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/