Urugai https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/159843/all pt-br Paraguaios vão às urnas para eleger novo presidente https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-04-21/paraguaios-vao-urnas-para-eleger-novo-presidente <p>Monica Yanakiew<br /> <em>Correspondente da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p>Assun&ccedil;&atilde;o &ndash; O Paraguai elege hoje (21) um novo presidente e renova a totalidade do Congresso. A vota&ccedil;&atilde;o ocorre dez meses depois da crise institucional desencadeada pela destitui&ccedil;&atilde;o do presidente Fernando Lugo, que levou os governos regionais a suspenderem o pa&iacute;s do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da Uni&atilde;o de Na&ccedil;&otilde;es Sul-Americanas (Unasul).</p> <p> Desde as 8h e at&eacute; as 18h (hor&aacute;rio de Bras&iacute;lia), 3,5 milh&otilde;es de paraguaios ir&atilde;o &agrave;s urnas para decidir quem vai governar o pa&iacute;s nos pr&oacute;ximos cinco anos. Dois dos 11 candidatos lideram as pesquisas de opini&atilde;o, ambos de partidos tradicionais: Horacio Cartes, do Partido Colorado (que governou o pa&iacute;s durante 61 anos), e Efra&iacute;n Alegre, do Partido Liberal Autentico (no poder desde o <em>impeachment</em> de Lugo).</p> <p> Os resultados preliminares devem ser divulgados tr&ecirc;s horas depois do fechamento das urnas e a previs&atilde;o &eacute; que, at&eacute; o final da noite, o nome do vencedor seja anunciado. No Paraguai n&atilde;o existe segundo turno: ganha quem obtiver a maioria dos votos. Al&eacute;m de presidente, os paraguaios eleger&atilde;o 17 governadores, 45 senadores e 80 deputados federais. As &uacute;ltimas pesquisas indicavam que os colorados e liberais teriam as maiores bancadas, mas que a esquerda ganharia terreno.</p> <p> &ldquo;Fernando Lugo &eacute; candidato a senador pela Frente Guas&uacute;. Deve ser eleito e provavelmente consiga eleger quatro senadores, formando uma bancada pr&oacute;pria &ndash; coisa que n&atilde;o tinha quando era presidente&rdquo;, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> o analista politico Francisco Capli, da consultora First Analysis, que faz pesquisas de opini&atilde;o. Foi o Congresso, de maioria oposicionista, que aprovou o <em>impeachment-</em>rel&acirc;mpago de Lugo. Em 48 horas o ex-bispo esquerdista foi julgado, condenado e substitu&iacute;do por seu vice, Federico Franco &ndash; pol&iacute;tico conservador do Partido Liberal.</p> <p> A rapidez e a forma do processo pol&iacute;tico foram questionadas pelos governos brasileiro, argentino e uruguaio &ndash; s&oacute;cios do Paraguai no Mercosul. Em resposta ao que consideraram ser um &ldquo;golpe parlamentar&rdquo; contra Lugo, suspenderam o pa&iacute;s do bloco regional at&eacute; a realiza&ccedil;&atilde;o de novas elei&ccedil;&otilde;es presidenciais. Caber&aacute; ao novo presidente, que assumir&aacute; em agosto, retomar o di&aacute;logo pol&iacute;tico com o Mercosul (as rela&ccedil;&otilde;es comerciais foram mantidas).</p> <p> O pr&oacute;prio Franco disse que esperava a normaliza&ccedil;&atilde;o das rela&ccedil;&otilde;es antes mesmo da posse de seu sucessor, no dia 15 de agosto. Tanto o liberal Alegre (candidato de Franco) quanto o colorado Cartes (cujo partido foi derrotado por Lugo em 2008) manifestaram-se a favor do Mercosul. Mas o novo presidente, seja ele quem for, precisa do apoio do Congresso para superar outro<em> imbroglio</em>.</p> <p> T&atilde;o logo suspenderam o Paraguai do Mercosul, Brasil, Argentina e Uruguai incorporaram a Venezuela &ndash; cuja ades&atilde;o tinha sido aprovada por todos os parlamentos, menos o paraguaio. O Congresso do Paraguai n&atilde;o s&oacute; manteve o veto, como no ano passado declarou Nicol&aacute;s Maduro &ldquo;pessoa n&atilde;o grata&rdquo;. Na &eacute;poca, ele era vice de Hugo Ch&aacute;vez (morto em mar&ccedil;o). Na sexta-feira (19) ele tomou posse como presidente eleito da Venezuela.</p> <p> O Paraguai n&atilde;o foi afetado pela suspens&atilde;o do Mercosul &ndash; a economia deve crescer entre 11% e 13%, segundo previs&otilde;es de economistas independentes e do Banco Central. Inclusive, as exporta&ccedil;&otilde;es do pa&iacute;s para o Brasil aumentaram cerca de 30%.</p> <p> &ldquo;Mas esse crescimento depende, 40%, do desempenho do setor agropecu&aacute;rio, que &eacute; afetado pelo clima&rdquo;, disse &agrave; <strong>Agencia Brasil</strong> o economista Fernando Masi, do Centro de Analise e Difus&atilde;o da Economia Paraguaia (Cadep). &ldquo;Somos o quarto produtor mundial de soja, mas se houver uma seca nosso crescimento despenca. Precisamos de investimentos em infraestrutura e na ind&uacute;stria - atividades que gerem emprego e nos permitem combater a pobreza&rdquo;.</p> <p> A falta de emprego &eacute; uma das principais queixas dos eleitores. Cerca de 30% da popula&ccedil;&atilde;o economicamente ativa est&atilde;o subempregados e a pobreza ainda atinge 30% do pa&iacute;s. A segunda atividade econ&ocirc;mica do Paraguai, depois da agropecu&aacute;ria, &eacute; o que Masi chama de &ldquo;reexportacao&rdquo;.</p> <p> O Paraguai &eacute; uma esp&eacute;cie de zona livre dentro do Mercosul: importa produtos (principalmente da &Aacute;sia) a tarifas baixas, para serem vendidos no Brasil. Sacoleiros brasileiros cruzam a fronteira para fazer compras baratas no Paraguai. &ldquo;Faturamos com esse com&eacute;rcio o mesmo que com as exporta&ccedil;&otilde;es de nossos produtos: US$ 5 bilh&otilde;es anuais&rdquo;, disse Masi.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Tereza Barbosa</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> Argentina brasil Chávez eleições no Paraguai Frente Guasú impeachment de Lugo Internacional Lugo Maduro Mercosul Paraguai partido colorado Partido Liberal Autentico Política Unasul Urugai V Venezuela Sun, 21 Apr 2013 13:49:15 +0000 tbarbosa 718891 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/