sítio de pimental https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/158586/all pt-br Trabalhadores paralisam parcialmente um dos canteiros de Belo Monte https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-04-05/trabalhadores-paralisam-parcialmente-um-dos-canteiros-de-belo-monte <p> Pedro Peduzzi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Cerca de 800 trabalhadores da Usina Hidrel&eacute;trica de Belo Monte lotados no S&iacute;tio de Pimental, uma das frentes de obras, decidiram parar suas atividades. Apesar de confirmada pelo Cons&oacute;rcio Construtor Belo Monte (CCBM), a paralisa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o tem respaldo do Sindicato dos Trabalhadores da Constru&ccedil;&atilde;o Pesada do Par&aacute; (Sintrapav), legitimado pela Justi&ccedil;a para representar os trabalhadores da usina.</p> <p> Segundo o cons&oacute;rcio respons&aacute;vel pelas obras civis do empreendimento, a verdadeira motiva&ccedil;&atilde;o &eacute; uma disputa entre sindicatos pela representatividade dos mais de 20 mil trabalhadores da obra. De um lado est&aacute; o Sintrapav. Do outro, defendendo a substitui&ccedil;&atilde;o deste pelo Sindicato dos Trabalhadores da Industria da Madeira e da Constru&ccedil;&atilde;o Civil de Altamira e Regi&atilde;o (Sinticma), a Central Sindical Popular (Conlutas).</p> <p> Foi a Conlutas que entrou em contato com a<strong> Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> para informar a paralisa&ccedil;&atilde;o. O l&iacute;der sindical da entidade, Walter Santos, disse que a paralisa&ccedil;&atilde;o abrangeria 100% dos trabalhadores do S&iacute;tio Pimental. &ldquo;S&atilde;o mais de 4 mil trabalhadores parados&rdquo;, disse.</p> <p> O CCBM, por outro lado, diz que, dos 4 mil trabalhadores lotados em Pimental, no m&aacute;ximo 20% teria aderido ao movimento, mas que a obra continua funcionando normalmente e que a diminui&ccedil;&atilde;o do ritmo &eacute; consequ&ecirc;ncia de medidas preventivas de seguran&ccedil;a no S&iacute;tio de Pimental. Os demais canteiros funcionam normalmente.</p> <p> Apesar de n&atilde;o representar os trabalhadores da obra, foi a Conlutas que apresentou a lista de reivindica&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Queremos um adicional de confinamento que correspondente 40% do valor apresentado em contracheque; a redu&ccedil;&atilde;o de seis para tr&ecirc;s meses do intervalo entre as baixadas [per&iacute;odo de folga dado aos trabalhadores vindos de outras regi&otilde;es para visitarem suas fam&iacute;lias] para os rec&eacute;m-contratados [funcion&aacute;rios mais antigos j&aacute; conquistaram a redu&ccedil;&atilde;o]; plano de sa&uacute;de; pagamento correto pelas horas trabalhadas nos fins de semana; telefonia de melhor qualidade; e o fim do trabalho na chuva&rdquo;, disse o representante do Conlutas. &ldquo;Al&eacute;m disso queremos a destitui&ccedil;&atilde;o do Sintrapav&rdquo;.</p> <p> O vice-presidente do Sintrapav, Roginel Gobbo, disse que n&atilde;o h&aacute; qualquer paralisa&ccedil;&atilde;o nos canteiros, muito menos uma lista de reivindica&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Nem poder&iacute;amos fazer tais reivindica&ccedil;&otilde;es, porque acabamos de sair da nossa data base, que &eacute; em novembro. Claro que, como de h&aacute;bito em obras de grande porte, h&aacute; sempre algumas reivindica&ccedil;&otilde;es e pedidos sendo feitos&rdquo;, disse.</p> <p> De acordo com o CCBM, mesmo que houvesse interesse em negociar, a negocia&ccedil;&atilde;o jamais poderia ser feita com a Conlutas, pois a entidade &quot;n&atilde;o tem a menor legitimidade para falar em nome dos trabalhadores ligados &agrave; obra&quot;. A legitimidade - argumenta o CCBM tendo por base a legisla&ccedil;&atilde;o - pertence exclusivamente ao Sintrapav.</p> <p> Tanto a Conlutas como um empregado do CCBM informam que, em m&eacute;dia, a contribui&ccedil;&atilde;o sindical, paga mensalmente por todos os funcion&aacute;rios ao Sintrapav &eacute; R$ 30. Atualmente, h&aacute; cerca de 22,5 mil trabalhadores contratados. A expectativa &eacute; que, no segundo semestre, se atinja o pico de contrata&ccedil;&otilde;es da obra: 28 mil trabalhadores. O sindicato que obtiver o respaldo dos oper&aacute;rios ter&aacute;, na &eacute;poca de pico, uma receita mensal de R$ 840 mil &ndash;&nbsp; ou R$ 10,08 milh&otilde;es anuais.</p> <p> As suspeitas de que, por traz da paralisa&ccedil;&atilde;o, est&aacute; uma briga sindical &eacute; confirmada pelo Sintrapav, mas negada pela Conlutas. &ldquo;N&atilde;o &eacute; guerra de sindicatos, e sim insatisfa&ccedil;&atilde;o dos oper&aacute;rios com o Sintrapav&rdquo;, diz o representante da Conlutas. &ldquo;Quem diz isso faz um discurso frouxo, de sal&atilde;o, que tenta nos p&ocirc;r roupa e imagem que n&atilde;o nos pertencem. Nosso interesse n&atilde;o &eacute; econ&ocirc;mico. &Eacute; pol&iacute;tico. Sempre do lado dos trabalhadores&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave;<strong><em> Ag&ecirc;ncia Brasil </em></strong></p> belo monte Conlutas Nacional sindicato em belo monte sítio de pimental trabalhadores de belo monte Usina de Belo Monte Usina Hidrelétrica de Belo Monte Fri, 05 Apr 2013 20:42:13 +0000 fabio.massalli 717707 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/