bikeboys https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/157403/all pt-br Cerca de 2,5 mil bikeboys disputam espaço nas ruas de São Paulo com carros e motos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-24/cerca-de-25-mil-bikeboys-disputam-espaco-nas-ruas-de-sao-paulo-com-carros-e-motos <p> Bruno Bocchini<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/ABr220313MCSP-0172.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />S&atilde;o Paulo &ndash; Ainda sem uma legisla&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica para regular o setor, o n&uacute;mero de ciclistas profissionais que trabalham fazendo entregas na cidade de S&atilde;o Paulo j&aacute; chega a cerca de 2,5 mil, segundo estimativa do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de S&atilde;o Paulo (Sindimotos). Os bikeboys disputam espa&ccedil;o no ca&oacute;tico tr&acirc;nsito paulistano com uma frota de 5,3 milh&otilde;es de carros e cerca de 1 milh&atilde;o de motocicletas.</p> <p> De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Sa&uacute;de, nove ciclistas s&atilde;o internados por dia em hospitais p&uacute;blicos do estado de S&atilde;o Paulo, v&iacute;timas de acidentes de tr&acirc;nsito. Em m&eacute;dia, a cada dois dias, pelo menos um dos ciclistas internados morre. No ano passado, 3,2 mil usu&aacute;rios de bicicletas foram internados no estado, o que gerou um gasto de R$ 3,3 milh&otilde;es ao Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS).</p> <p> &quot;A quest&atilde;o de seguran&ccedil;a &eacute; o que preocupa a gente. Hoje j&aacute; h&aacute; uma carnificina com as motocicletas, e vem aumentando o n&uacute;mero de acidentes com ciclistas, mas n&atilde;o s&oacute; com os profissionais, com os que utilizam bicicleta para lazer, tamb&eacute;m. N&atilde;o tem nenhum tipo de regra, ou de legisla&ccedil;&atilde;o do que pode e o que n&atilde;o pode na quest&atilde;o das bicicletas&quot;, disse o presidente do sindicato, Gilberto Almeida.</p> <p> O sindicalista ressalta que, nos &uacute;ltimos anos, est&aacute; havendo um grande incentivo do poder p&uacute;blico ao uso da bicicleta, mas sem se criar uma regulamenta&ccedil;&atilde;o de seguran&ccedil;a. &ldquo;O Poder P&uacute;blico est&aacute; dando incentivo para a quest&atilde;o das bicicletas, mas eles precisam come&ccedil;ar a olhar a parte da seguran&ccedil;a tamb&eacute;m, porque vamos passar a ter uma s&eacute;rie de acidentes envolvendo bicicletas, igual ao que a gente tem com moto. A gente n&atilde;o v&ecirc; por parte do Poder P&uacute;blico algo que traga seguran&ccedil;a para esses profissionais&rdquo;.</p> <p> S&oacute;cio da Carbono Zero Courier, uma empresa que presta servi&ccedil;os de entrega feito por ciclistas, Rafael Mambretti, de 31 anos, conta que come&ccedil;ou em 2010 com dois ciclistas e hoje tem cerca de 30 funcion&aacute;rios, 20 com contrato em carteira, e dez <em>freelancers</em> (prestadores de servi&ccedil;o ocasionais). &nbsp;&ldquo;Todos s&atilde;o apaixonados pela bicicleta, gostam de pedalar. O cara &eacute; fot&oacute;grafo, a agenda dele &eacute; flex&iacute;vel, ele gosta de pedalar, junta o &uacute;til ao agrad&aacute;vel, ganha um dinheiro para fazer uma coisa que ele gosta&rdquo;.</p> <p> Rafael destaca que o servi&ccedil;o feito com bicicletas &eacute; complementar ao feito pelos motociclistas. A <em>bike</em>, segundo ele, &eacute; mais &aacute;gil em dist&acirc;ncias mais curtas, em jornadas de 15 quil&ocirc;metros, e com um pre&ccedil;o que pode ser at&eacute; 50% menor que o cobrado pelos motofretistas.</p> <p> &ldquo;Eu vou fazer um servi&ccedil;o no centro e posso parar em um poste, em uma grade na frente do pr&eacute;dio. A moto tem que achar um bols&atilde;o de estacionamento, achar a vaga, estacionar, e o entregador depois tem que ir andando. Nisso a bicicleta ganha tempo. O ciclista, se ele quer fazer uma convers&atilde;o na Avenida Paulista, pode descer da bicicleta, atravessar a rua como pedestre e sair andando&rdquo;.</p> <p> A empresa exige que o ciclista utilize o capacete de seguran&ccedil;a, mas os demais equipamentos, como luvas e &oacute;culos, ficam a crit&eacute;rio do empregado. No entanto, Rafael garante que a empresa n&atilde;o pressiona os ciclistas a fazer entregas com hor&aacute;rios apertados.</p> <p> &ldquo;Tem entregas que, fisicamente, s&atilde;o poss&iacute;veis, mas v&atilde;o exigir uma velocidade do ciclista maior do que o normal, ent&atilde;o a gente n&atilde;o aceita para o hor&aacute;rio. Os ciclistas que n&atilde;o s&atilde;o <em>freelancers</em>, eles n&atilde;o s&atilde;o remunerados por entrega, s&atilde;o remunerados por um valor fixo mensal, para evitar press&atilde;o&rdquo;.</p> <p> Joelson Brasiliano da Silva, de 32 anos, &eacute; um dos ciclistas mais antigos da empresa de Rafael. Pedala cerca de 70 quil&ocirc;metros por dia. Nunca se acidentou com gravidade, mas sente a mesma inseguran&ccedil;a que os motociclistas enfrentam no tr&acirc;nsito de S&atilde;o Paulo.</p> <p> &ldquo;&Eacute; quase a mesma coisa com a <em>bike</em>. A moto &eacute; um pouco mais r&aacute;pido, &agrave;s vezes voc&ecirc; n&atilde;o tem tempo de desviar, mas a <em>bike</em>, como &eacute; mais devagar, d&aacute; tempo de frear. Mas j&aacute; sofri acidente. No come&ccedil;o, o reflexo n&atilde;o est&aacute; t&atilde;o agu&ccedil;ado, n&atilde;o tem como evitar&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></p> acidentes com bikeboys bicicleta bikeboys byke entrega de encomendas morte de ciclistas Nacional regulamentação dos bikeboys segurança dos bikeboys Sindimotos situação dos bikeboys uso de bicicleta Sun, 24 Mar 2013 15:06:42 +0000 davi.oliveira 716754 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/