argentino Adolfo Perez Esquivel https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/157173/all pt-br Prêmio Nobel da Paz diz que papa Francisco não foi cúmplice da ditadura na Argentina https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-21/premio-nobel-da-paz-diz-que-papa-francisco-nao-foi-cumplice-da-ditadura-na-argentina <p> <em><span style="line-height: 1.5em;"><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/1_0_675587.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Da Ag&ecirc;ncia Lusa</span></em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O papa Francisco &ldquo;n&atilde;o foi c&uacute;mplice da ditadura&rdquo; no seu pa&iacute;s, afirmou hoje o Pr&ecirc;mio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Perez Esquivel, depois de um encontro com Jorge Mario Bergoglio, no Vaticano. &ldquo;[O papa Francisco] n&atilde;o teve nada a ver com a ditadura. N&atilde;o foi c&uacute;mplice da ditadura e n&atilde;o colaborou&rdquo;, explicou Perez Esquivel aos jornalistas.</p> <p> Ap&oacute;s Bergoglio ter sido escolhido como o novo papa, ressurgiram acusa&ccedil;&otilde;es de que ele n&atilde;o teria feito o suficiente para proteger os padres sequestrados e torturados pela ditadura argentina. Segundo Perez Esquivel, o papa privilegiou uma &#39;diplomacia silenciosa&#39; durante aquele per&iacute;odo, marcado pela sucess&atilde;o de v&aacute;rias juntas militares no pa&iacute;s (entre 1976 e 1983), procurando not&iacute;cias de desaparecidos e presos, mas nos bastidores.</p> <p> Na &eacute;poca, Jorge M&aacute;rio Bergoglio n&atilde;o tinha uma posi&ccedil;&atilde;o privilegiada na hierarquia da Igreja argentina, sendo o superior provincial dos jesu&iacute;tas da Argentina, fun&ccedil;&atilde;o que recebeu em 1973, aos 36 anos. Perez Esquivel contou que mesmo o presidente do Supremo Tribunal argentino disse que n&atilde;o havia provas de uma eventual coniv&ecirc;ncia com os militares.</p> <p> O Vaticano repudiou energicamente, na semana passada, as acusa&ccedil;&otilde;es contra o papa Francisco, qualificando-as de &#39;caluniosas&#39; e &#39;difamat&oacute;rias.</p> <p> De acordo com testemunhas e historiadores, muitos dos jesu&iacute;tas que trabalharam com os pobres na Argentina estiveram ao lado dos &#39;revolucion&aacute;rios&#39;, portanto contra a ditadura militar. Jorge Bergoglio, no entanto, procurou evitar a politiza&ccedil;&atilde;o do seu trabalho. &ldquo;Dentro da hierarquia cat&oacute;lica argentina houve, sim, alguns bispos c&uacute;mplices com a ditadura, mas n&atilde;o Bergoglio&rdquo;, acrescentou.</p> <p> Ativista dos direitos humanos, Perez Esquivel, afirmou que conversou com Francisco sobre diferentes temas e, em particular, sobre a defesa dos direitos humanos. &ldquo;Foi um reencontro muito emotivo, apesar de j&aacute; nos conhecermos&rdquo;, disse sobre a reuni&atilde;o com o papa Francisco, no pal&aacute;cio apost&oacute;lico.</p> argentino Adolfo Perez Esquivel ditadura militar na Argentina Internacional Jorge Mário Bergoglio papa francisco Prêmio Nobel da Paz Thu, 21 Mar 2013 18:49:28 +0000 deniseg 716585 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/