principais tipos de câncer https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/156007/all pt-br Mortalidade por câncer cai 9% em dez anos no estado de São Paulo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-11/mortalidade-por-cancer-cai-9-em-dez-anos-no-estado-de-sao-paulo <p> Fernanda Cruz<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; A taxa de mortalidade por c&acirc;ncer no estado apresentou queda de 9% na &uacute;ltima d&eacute;cada, de acordo com levantamento da Secretaria da Sa&uacute;de do governo de S&atilde;o Paulo divulgado hoje (11). Entre os anos de 1999 e 2000, a taxa era 104,6 mortes para cada 100 mil habitantes, &iacute;ndice que passou, entre 2009 e 2010, para 95,2 por 100 mil. A redu&ccedil;&atilde;o no h&aacute;bito de fumar &eacute; a principal explica&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Segundo o diretor presidente da Funda&ccedil;&atilde;o Oncocentro, Jos&eacute; Eluf Neto, a redu&ccedil;&atilde;o de mortes pela doen&ccedil;a pode ser explicada pela queda na pr&oacute;pria incid&ecirc;ncia. Para Eluf, a incorpora&ccedil;&atilde;o de h&aacute;bitos mais saud&aacute;veis, como deixar de fumar, o diagn&oacute;stico precoce e o aumento da preven&ccedil;&atilde;o foram os principais fatores que resultaram na queda do surgimento de novos casos de c&acirc;ncer e, consequentemente, das mortes.</p> <p> Os homens foram os que mais reduziram a taxa de mortalidade, registrando queda de 10% no per&iacute;odo de dez anos. J&aacute; o grupo das mulheres apresentou uma redu&ccedil;&atilde;o menor, de 8%.</p> <p> Os principais tipos de c&acirc;ncer incidentes na popula&ccedil;&atilde;o masculina e que apresentaram grande redu&ccedil;&atilde;o da mortalidade foram os ligados ao tabagismo. A taxa de mortes por c&acirc;ncer de pulm&atilde;o e de laringe caiu 16%, a de c&acirc;ncer de cavidade oral e faringe teve queda de 12% e a de c&acirc;ncer de es&ocirc;fago sofreu redu&ccedil;&atilde;o de 11%.</p> <p> Eluf apontou a diminui&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de fumantes, tend&ecirc;ncia dos &uacute;ltimos anos, como grande motivo para essas quedas de mortalidade. &ldquo;Os c&acirc;nceres associados ao tabagismo s&atilde;o muito importantes em termos de n&uacute;meros. O h&aacute;bito de fumar vem caindo h&aacute; muitos anos entre os homens, e o tabagismo come&ccedil;a a cair entre as mulheres, mais recentemente&rdquo;.</p> <p> O m&eacute;dico explica que, embora o h&aacute;bito de fumar continue mais frequente entre a popula&ccedil;&atilde;o masculina, esse grupo foi respons&aacute;vel por uma queda maior no tabagismo, se comparado ao n&uacute;mero de mulheres que conseguiram largar o cigarro.</p> <p> &ldquo;Os homens come&ccedil;aram a fumar muito antes das mulheres. At&eacute; os anos 40, as mulheres praticamente n&atilde;o fumavam. Era um h&aacute;bito essencialmente masculino. Com o tempo, a libera&ccedil;&atilde;o sexual, as mulheres passaram a fumar cada vez mais&rdquo;, disse.</p> <p> Eluf calcula que s&atilde;o necess&aacute;rios mais de dez anos para que a diminui&ccedil;&atilde;o do n&uacute;mero de fumantes comece a se refletir nas taxas de mortalidade da popula&ccedil;&atilde;o. Com isso, a inicia&ccedil;&atilde;o tardia das mulheres no tabagismo deve demorar mais para surtir efeito. &ldquo;Nas mulheres, como essa queda no tabagismo &eacute; muito mais recente, isso vai se refletir na mortalidade, provavelmente, daqui a cinco anos&rdquo;, avalia.</p> <p> Outros tipos de c&acirc;ncer, que afetam as mulheres, s&atilde;o os de colo de &uacute;tero, cuja queda alcan&ccedil;ou 23%, e de partes do &uacute;tero, que teve redu&ccedil;&atilde;o de 24%. A amplia&ccedil;&atilde;o do acesso ao exame de papanicolau, que auxilia na preven&ccedil;&atilde;o, foi apontada como raz&atilde;o para esse resultado. Segundo Eluf, apesar de o estado ainda ter 15% de mulheres que nunca fizeram o exame na vida, mais de 80% delas j&aacute; fizeram o papanicolau pelo menos uma vez.</p> <p> O c&acirc;ncer de est&ocirc;mago apresentou redu&ccedil;&atilde;o significativa tanto entre homens (queda de 28%), quanto entre mulheres (menos 23%). Desde os anos 60, a incid&ecirc;ncia desse c&acirc;ncer registra trajet&oacute;ria de queda, e a melhor explica&ccedil;&atilde;o para isso, de acordo com Eluf, &eacute; a melhora na conserva&ccedil;&atilde;o dos alimentos. &ldquo;O fato de ter a geladeira e n&atilde;o precisar mais salgar os alimentos para conserv&aacute;-los levou &agrave; diminui&ccedil;&atilde;o da infec&ccedil;&atilde;o por <em>Helicobacter pylori</em>, que causa o c&acirc;ncer de est&ocirc;mago&rdquo;, disse.</p> <p> A infec&ccedil;&atilde;o, explica Eluf, &eacute; comum, e calcula-se que 70% da popula&ccedil;&atilde;o j&aacute; tenham sofrido com a bact&eacute;ria <em>Helicobacter pylori</em>. Poucos pacientes, por&eacute;m, desenvolvem o c&acirc;ncer a partir dessa infec&ccedil;&atilde;o. Como est&aacute; ligado &agrave; conserva&ccedil;&atilde;o de alimentos, o c&acirc;ncer de est&ocirc;mago sempre foi mais frequente nos pa&iacute;ses pobres. &ldquo;&Eacute; um c&acirc;ncer muito associado &agrave; pobreza, &agrave;s m&aacute;s condi&ccedil;&otilde;es de vida&rdquo;, disse o m&eacute;dico.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> câncer em São Paulo principais casos de câncer principais tipos de câncer redução da mortalidade Saúde secretaria da saúde taxa de mortalidade de câncer Mon, 11 Mar 2013 18:10:05 +0000 davi.oliveira 715682 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/