Elaine Furtado https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/153864/all pt-br Acompanhar tendências é o maior desafio dos cabeleireiros https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-02-14/acompanhar-tendencias-e-maior-desafio-dos-cabeleireiros <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/AgenciaBrasil050213_DSC7132.jpg" style="float: right; width: 300px; height: 225px;" />Carolina Sarres<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> &nbsp;</p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Audilane Batista, 33 anos, &eacute; cabeleireira h&aacute; 18 anos. Para manter-se atualizada ela faz, em m&eacute;dia, um curso por ano de profiss&atilde;o. No curr&iacute;culo, ela j&aacute; tem 18 cursos de especializa&ccedil;&atilde;o. Estar sempre por dentro das tend&ecirc;ncias, das t&eacute;cnicas e das prefer&ecirc;ncias dos clientes &eacute; um dos grandes desafios de ser cabeleireiro.</p> <p> No Distrito Federal, estima-se que haja mais de 15 mil profissionais nessa &aacute;rea, segundo o sindicato dos Sal&otilde;es e Institutos de Beleza, Barbeiros, Cabeleireiros e Profissionais Aut&ocirc;nomos na &Aacute;rea de Beleza (Sincaab-DF). No DF, h&aacute; aproximadamente 5,2 mil sal&otilde;es formalizados onde trabalham, em m&eacute;dia, tr&ecirc;s profissionais.</p> <p> &ldquo;Eu comecei a trabalhar como uma brincadeira. Eu tinha 12 anos e arrumava o cabelo, maquiava e pintava a unha das minhas amigas. Com 18 anos eu fiz o meu primeiro curso em Natal (RN) e at&eacute; hoje n&atilde;o parei. Fa&ccedil;o cursos para me atualizar e conhecer as tend&ecirc;ncias. O mundo de cabeleireiro &eacute; n&atilde;o parar, porque se renova a cada dia. Acredito que, no futuro, s&oacute; vai poder trabalhar quem tem curso superior&rdquo;, disse Audilane.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/AgenciaBrasil050213_DSC7248.jpg" style="width: 300px; height: 225px; float: left; margin: 5px;" />De acordo com a cabeleireira, os cursos s&atilde;o importantes para profissionalizar tanto as pessoas que j&aacute; atuam na &aacute;rea quanto as mais novas no ramo. Atualmente, a atua&ccedil;&atilde;o dos profissionais em sal&otilde;es de beleza &ndash; entre eles cabeleireiros, maquiadores, depiladores, entre outros &ndash; &eacute; regulada pela <a href="http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12592.htm">Lei 12.592</a>, que entrou em vigor em janeiro de 2012. De acordo com a legisla&ccedil;&atilde;o, no entanto, n&atilde;o h&aacute; nenhum tipo de exig&ecirc;ncia quanto aos requisitos m&iacute;nimos para o exerc&iacute;cio dessas atividades &ndash; como um curso superior, ou mesmo um curso t&eacute;cnico, o que faz com que haja muita informalidade no setor e, consequentemente, falta de fiscaliza&ccedil;&atilde;o e regula&ccedil;&atilde;o.</p> <p> A lei trata do reconhecimento das profiss&otilde;es que tem como fun&ccedil;&atilde;o as atividades de higiene e embelezamento capilar, est&eacute;tico, facial e corporal. A regulamenta&ccedil;&atilde;o estabelece que devem ser respeitadas as normas sanit&aacute;rias no que diz respeito aos instrumentos usados &ndash; como tesouras, navalhas e produtos qu&iacute;micos. A norma institui o Dia Nacional do Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador, comemorado em 18 de janeiro.</p> <p> Para a presidenta do Sincaab-DF, Elaine Furtado, uma checagem em todos os sal&otilde;es em Bras&iacute;lia encontrar&aacute; muitos profissionais sem habilita&ccedil;&atilde;o para prestar todos os tipos de servi&ccedil;os.</p> <p> &ldquo;O setor &eacute; muito din&acirc;mico. A cada dia h&aacute; t&eacute;cnicas, produtos e tratamentos novos. H&aacute; uma car&ecirc;ncia muito grande de forma&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica e conhecimentos m&iacute;nimos&rdquo;, informou Elaine.</p> <p> A aposentada L&uacute;cia Marcelino, 57 anos, tem o costume de ir ao sal&atilde;o uma vez por semana &ndash; pelo menos para fazer as unhas e hidratar o cabelo. Para cortar e retocar a tintura, ela vai de dois em dois meses. L&uacute;cia estima que deve gastar com esses cuidados, pelo menos, R$ 500 por m&ecirc;s, cerca de R$ 6 mil por ano &ndash; sem considerar idas eventuais, para fazer maquiagem e penteados para festas, em que gasta, em m&eacute;dia, R$ 300 por vez.</p> <p> Ainda assim, a aposentada diz que n&atilde;o est&aacute; completamente satisfeita com os servi&ccedil;os, apesar do valor que paga. &ldquo;S&oacute; um ou dois profissionais na cidade sabem cortar o meu cabelo. Acabo sendo muito fiel e pago o pre&ccedil;o que me cobram, pois tenho receio de ir em outro. Quando me arrisco, acabo n&atilde;o gostando e gasto muito mais para consertar o &#39;estrago&#39;&rdquo;, explicou L&uacute;cia.</p> <p> De acordo a presidenta do Sincaab-DF, Elaine Furtado, &eacute; importante que haja exig&ecirc;ncias m&iacute;nimas para exercer as atividades em sal&otilde;es de beleza, como a comprova&ccedil;&atilde;o de conclus&atilde;o de curso em escola reconhecida. Em 2012, em uma &uacute;nica escola de Bras&iacute;lia foram formados 190 profissionais. O curso completo tem dura&ccedil;&atilde;o de tr&ecirc;s anos, com 10% da carga hor&aacute;ria de aulas te&oacute;ricas. No DF, cursos nessa &aacute;rea variam entre R$ 1,2 mil e R$ 5 mil.</p> <p> &ldquo;O argumento que usam para que n&atilde;o haja mais regulamenta&ccedil;&atilde;o &eacute; a aus&ecirc;ncia de danos &agrave; sa&uacute;de. Mas isso &eacute; um erro. H&aacute; danos, sim. Al&eacute;m dos que podem ser causados &agrave; pele, como alergias e queimaduras, h&aacute; os danos &agrave; autoestima. Os profissionais t&ecirc;m de estar preparados para saber que trabalham com a expectativa das pessoas. [Os cursos] t&ecirc;m de ser encarados como um investimento na vida profissional&rdquo;, informou.</p> <p> A Servi&ccedil;o Brasileiro de Apoio &agrave;s Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal (Sebrae-DF) realizou em janeiro de 2012 um <em>workshop</em> para formar professores na &aacute;rea, com especializa&ccedil;&atilde;o em did&aacute;tica e transfer&ecirc;ncia de conhecimento. Um entrave &agrave; capacita&ccedil;&atilde;o desses profissionais e &agrave; exist&ecirc;ncia de requisitos &eacute; a pr&oacute;pria car&ecirc;ncia de instrutores.</p> <p> &ldquo;Hoje o professor n&atilde;o est&aacute; interessado que o aluno aprenda s&oacute; a fazer, mas que ele aprenda a conhecer com quem ele trabalha, o que ele precisa saber sobre cidadania, mercado de trabalho, sobre estar conectado com o mundo. O mercado nessa &aacute;rea cresce muito e, em contrapartida, h&aacute; pouca forma&ccedil;&atilde;o consolidada. Isso precisa ser mudado&rdquo;, explicou a professora da escola do Instituto de Beleza H&eacute;lio Diff, Ros&eacute;lia Henrique.</p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Jos&eacute; Romildo</em></p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></p> cabeleireira cabeleireiros Distrito Federal Elaine Furtado Nacional profissão salão de beleza Sincaab Thu, 14 Feb 2013 11:37:41 +0000 lilian.beraldo 713851 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/