drogas sintéticas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/152805/all pt-br População colombiana rejeita proposta de legalizar porte de ecstasy no país https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-02-03/populacao-colombiana-rejeita-proposta-de-legalizar-porte-de-ecstasy-no-pais <p> Leandra Felipe<br /> <em>Correspondente da EBC<br /> </em></p> <p> <br /> Bogot&aacute; - Em estudo pelo governo colombiano, a proposta de despenalizar o porte da dose m&iacute;nima de drogas sint&eacute;ticas derivadas de anfetaminas, como o <em>ecstasy</em>, causou forte rejei&ccedil;&atilde;o popular e de alguns setores pol&iacute;ticos do pa&iacute;s.</p> <p> A despenaliza&ccedil;&atilde;o da dose m&iacute;nima, ou dose pessoal, de drogas sint&eacute;ticas foi sugerida pelo governo da Col&ocirc;mbia, que prepara um <a href="http://Colômbia estuda nova lei sobre drogas focada na prevenção do consumo e no tratamento de usuários">projeto de lei para alterar o atual Estatuto de Estupefacientes</a>, em vigor h&aacute; quase 30 anos.</p> <p> Uma pesquisa realizada essa semana, ap&oacute;s a apresenta&ccedil;&atilde;o do pr&eacute;-projeto, revelou que oito em cada dez colombianos (81,5%) n&atilde;o concordam com a proposta de legalizar o porte de at&eacute; tr&ecirc;s compridos ou pastilhas de derivados de anfetaminas, com exce&ccedil;&atilde;o das metanfetaminas. Somente 9% dos entrevistados se disseram favor&aacute;veis.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/AgenciaBrasil030213FreporterDSC02357.JPG" style="float: right; width: 300px; height: 225px;" />Nas ruas da capital colombiana, Bogot&aacute;, as pessoas confirmaram a rejei&ccedil;&atilde;o apresentada pela pesquisa e mostraram opini&otilde;es contr&aacute;rias ao porte. A mensageira Leonor Dias, 40 anos, acredita que a mudan&ccedil;a na lei pode incentivar o consumo. &ldquo;As pessoas v&atilde;o querer usar mais&rdquo;, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> Leonor &eacute; contr&aacute;ria tamb&eacute;m ao porte da dose m&iacute;nima de coca&iacute;na e de maconha, que j&aacute; &eacute; permitido segundo o estatuto vigente.</p> <p> At&eacute; quem se declara usu&aacute;rio de drogas sint&eacute;ticas tem d&uacute;vidas sobre a proposta de liberar a dose m&iacute;nima. &Eacute; o caso do diretor de arte Gonzalo L&eacute;on, 27 anos. &ldquo;Eu acho que o <em>ecstasy</em> deixa a gente muito doido. N&atilde;o acho que estamos preparados para ter permiss&atilde;o para andar na rua com tr&ecirc;s comprimidos desse tipo&rdquo;, reflete.</p> <p> Mesmo tendo consumido anfetaminas em algumas festas, L&eacute;on acredita que a despenaliza&ccedil;&atilde;o pode ser danosa para a sociedade. Ele acredita que a legisla&ccedil;&atilde;o atual, que permite a dose m&iacute;nima de maconha e coca&iacute;na, est&aacute; correta, mas que ampliar a medida para outras drogas seria um erro.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/AgenciaBrasil030213FreporterDSC02368.JPG" style="width: 300px; height: 225px; float: left; margin: 5px;" />&ldquo;Acho que a maconha para consumo tem que ser liberada, mas n&atilde;o em qualquer lugar. Tem que ter lugar espec&iacute;fico, hor&aacute;rio. Eu tenho uma filha pequena. N&atilde;o quero que ela veja gente fumando maconha em cada esquina&rdquo;, ressaltou.</p> <p> Nas redes sociais, como o microblog Twitter, a popula&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m mostrou medo e desconfian&ccedil;a sobre o tema em estudo. Alguns usu&aacute;rios comentavam sobre os perigos das drogas sint&eacute;ticas e sobre os riscos de o governo &ldquo;ser muito liberal e incentivar o uso de drogas nas escolas&rdquo;.</p> <p> No meio pol&iacute;tico, o Partido Conservador, que re&uacute;ne o segundo maior n&uacute;mero de membros no Congresso e aliado do governo colombiano, tamb&eacute;m rejeitou a ideia.</p> <p> O presidente do partido, senador Efra&iacute;n Jos&eacute; Cepeda, afirmou que o projeto &eacute; &ldquo;um salto no vazio e um retrocesso para o pa&iacute;s&rdquo;. Segundo ele, a decis&atilde;o de permitir o porte de drogas sint&eacute;ticas afetaria a sociedade, especialmente a juventude. &ldquo;N&atilde;o imagino um cen&aacute;rio positivo com a despenaliza&ccedil;&atilde;o para os col&eacute;gios e as universidades&rdquo;, advertiu.</p> <p> Do mesmo modo, o procurador-geral da Na&ccedil;&atilde;o, Alejandro Ord&oacute;&ntilde;ez Maldonado, rejeitou a proposta para as anfetaminas. Segundo ele, a ideia n&atilde;o foi devidamente avaliada pelo governo para ser sugerida. &ldquo;N&atilde;o se observaram os danos sociais que uma mudan&ccedil;a dessas pode produzir&rdquo;, criticou o procurador.</p> <p> Ord&oacute;&ntilde;ez afirmou que ir&aacute; propor a realiza&ccedil;&atilde;o de um referendo para discutir o tema. &ldquo;N&atilde;o podemos propor isso de costas &agrave; sociedade colombiana. Sem consult&aacute;-la&rdquo;, defendeu. &nbsp; &nbsp;</p> <p> Na outra ponta da discuss&atilde;o, a ministra da Justi&ccedil;a colombiana, Ruth Stella Correa, afirmou que &ldquo;n&atilde;o est&aacute; fazendo nada diferente do que regular um tema definido em diferentes pronunciamentos da Corte Constitucional&rdquo; &ndash; &oacute;rg&atilde;o que regula o Judici&aacute;rio, com poderes semelhantes ao Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil.</p> <p> A ministra defendeu que estabelecer uma dose m&iacute;nima de drogas sint&eacute;ticas facilitaria o controle. &ldquo;Essa mudan&ccedil;a n&atilde;o &eacute; despenalizar, mas, sim, controlar.&rdquo;</p> <p> As apreens&otilde;es de drogas sint&eacute;ticas t&ecirc;m crescido na Col&ocirc;mbia. Durante o ano passado foram apreendidos 90,9 mil comprimidos, mais que o dobro do total de 2011, 47,1 mil.</p> <p> &nbsp;</p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: L&iacute;lian Beraldo</em></p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> anfetaminas Colômbia descriminalização drogas drogas sintéticas ecstasy Estatuto de Estupefacentes Internacional legalização população porte referendo Sun, 03 Feb 2013 13:26:11 +0000 lilian.beraldo 713116 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/