materiais exigidos em boates https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/152254/all pt-br Revestimento de boate em SP deve ter baixa propagação de chama e fumaça https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-28/revestimento-de-boate-em-sp-deve-ter-baixa-propagacao-de-chama-e-fumaca <p> Fernanda Cruz<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Para a obten&ccedil;&atilde;o de alvar&aacute; de funcionamento, as casas noturnas do estado de S&atilde;o Paulo precisam provar que utilizam como revestimento nas paredes e no teto materiais incombust&iacute;veis ou com baix&iacute;ssimo &iacute;ndice de propaga&ccedil;&atilde;o de chama, e que quase n&atilde;o produzam fuma&ccedil;a.</p> <p> As exig&ecirc;ncias fazem parte da regulamenta&ccedil;&atilde;o estadual e s&atilde;o vistoriadas pelos Bombeiros, explica o major Casassa, chefe da Divis&atilde;o de Atividades T&eacute;cnicas do Corpo de Bombeiros no munic&iacute;pio.</p> <p> Quanto &agrave; utiliza&ccedil;&atilde;o de fogos de artif&iacute;cio em ambiente fechado, como no caso de Santa Maria, os bombeiros n&atilde;o autorizam em hip&oacute;tese alguma. A proibi&ccedil;&atilde;o de efeitos pirot&eacute;cnicos consta dos autos de vistoria do grupo de estabelecimentos que inclui, al&eacute;m das boates, os clubes, sal&otilde;es de baile, restaurantes dan&ccedil;antes, clubes sociais, bingos, bilhares, tiro ao alvo e boliches.</p> <p> De acordo com o major Casassa, todo estabelecimento classificado como local de reuni&atilde;o de p&uacute;blico, caso de boates como a de Santa Maria (RS), onde um inc&ecirc;ndio <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-01-28/governo-divulga-lista-com-231-nomes-de-mortos-na-tragedia-em-santa-maria" target="_blank">deixou ao menos 231 mortos</a> na madrugada do &uacute;ltimo domingo, precisa de um Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Entre as instru&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas exigidas para emiss&atilde;o do AVCB, est&atilde;o as caracter&iacute;sticas dos materiais que podem ser utilizados nas constru&ccedil;&otilde;es.</p> <p> Casassa esclarece que, considerando as classes de materiais que v&atilde;o do n&iacute;vel 1 (incombust&iacute;vel) ao 5 (mais combust&iacute;vel), s&atilde;o permitidos em boates apenas materiais das classes 1 e 2. &ldquo;Na Classe 1, os materiais de teto e parede t&ecirc;m acabamento incombust&iacute;vel, com a laje e uma parede de alvenaria. N&atilde;o h&aacute; nenhum tipo de material inflam&aacute;vel&rdquo;, disse.</p> <p> J&aacute; os de Classe 2 t&ecirc;m revestimento com material autoextingu&iacute;vel. &ldquo;Se voc&ecirc; pegar um isqueiro e colocar na parede, acende, vai carbonizando e pode at&eacute; pegar um pouco de fogo. Mas voc&ecirc; tira o isqueiro e o fogo apaga sozinho&rdquo;, explica. Al&eacute;m disso, a queima do material quase n&atilde;o libera fuma&ccedil;a.</p> <p> Na trag&eacute;dia ga&uacute;cha, a maioria das v&iacute;timas morreu por intoxica&ccedil;&atilde;o respirat&oacute;ria, decorrente da queima do revestimento da boate, que liberou uma fuma&ccedil;a t&oacute;xica. O major Casassa n&atilde;o soube informar se a legisla&ccedil;&atilde;o de preven&ccedil;&atilde;o de inc&ecirc;ndio no estado do Rio Grande do Sul tamb&eacute;m traz determina&ccedil;&otilde;es sobre os materiais de revestimentos que as boates podem empregar. &ldquo;Ela [legisla&ccedil;&atilde;o] pode ter alguns conceitos diferentes l&aacute;&rdquo;, disse.</p> <p> No munic&iacute;pio de S&atilde;o Paulo, no &uacute;ltimo ano, o Corpo de Bombeiros fez 13,5 mil vistorias em estabelecimentos. Os pedidos dos propriet&aacute;rios protocolados s&atilde;o atendidos em prazo de cinco a sete dias, e a an&aacute;lise fica pronta em no m&aacute;ximo 15 dias, informou Casassa. Segundo ele, esse trabalho tem sido feito dentro do prazo legal, que &eacute; 30 dias.</p> <p> O primeiro passo para o empreendedor que pretende abrir uma boate no munic&iacute;pio &eacute; protocolar no Corpo de Bombeiros uma planta, que j&aacute; traz o c&aacute;lculo da capacidade m&aacute;xima de pessoas, o dimensionamento do sistema de combate a inc&ecirc;ndios e as sa&iacute;das de emerg&ecirc;ncia. O projeto t&eacute;cnico &eacute; exigido para todo estabelecimento com capacidade para mais de 100 pessoas.</p> <p> Para que o projeto seja aceito, &eacute; preciso que um respons&aacute;vel t&eacute;cnico (engenheiro ou arquiteto) assine o documento. Depois, o propriet&aacute;rio deve instalar os equipamentos que constam na planta aprovada, que ser&atilde;o vistoriados para que, por fim, obtenha-se o AVCB, que tem validade de um ano.</p> <p> A fiscaliza&ccedil;&atilde;o da renova&ccedil;&atilde;o de vistorias, responsabilidade da prefeitura, quando n&atilde;o &eacute; feita a pedido do propriet&aacute;rio, vem de den&uacute;ncias, como do Minist&eacute;rio P&uacute;blico.</p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> boates de São Paulo materiais de segurança em São Paulo materiais exigidos em boates Nacional segurança de boates tragédia da Boate Kiss tragédia de Santa Maria tragédia gaúcha vistoria dos Bombeiros de São Paulo Mon, 28 Jan 2013 22:21:44 +0000 davi.oliveira 712687 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/