inconstitucionalidade de MP https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/151689/all pt-br Atualizada - Oposição questiona no STF constitucionalidade de MP que libera gastos do governo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-22/atualizada-oposicao-questiona-no-stf-constitucionalidade-de-mp-que-libera-gastos-do-governo <div class="content"> <p> Karine Melo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - O PSDB e o DEM entraram hoje (22) com a&ccedil;&atilde;o direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Medida Provis&oacute;ria (MP) 598/12. A MP abre cr&eacute;dito extraordin&aacute;rio no valor l&iacute;quido de R$ 42,5 bilh&otilde;es em favor de &oacute;rg&atilde;os federais e empresas estatais e garante recursos para obras do Programa de Acelera&ccedil;&atilde;o do Crescimento (PAC), contornando <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-12-26/votacao-do-orcamento-fica-para-fevereiro-de-2013-diz-juca" target="_blank">o atraso na aprova&ccedil;&atilde;o do Or&ccedil;amento da Uni&atilde;o para 2013</a>.</p> <p> &ldquo;&Eacute; uma invas&atilde;o &agrave;s prerrogativas do Congresso Nacional que vem sendo praticada pelo Executivo, e essa trena para poder medir o limite de cada Poder est&aacute; muito bem definido pela Constitui&ccedil;&atilde;o brasileira. O que ocorreu foi nada mais do que uma nova maquiagem do governo Dilma. Essa medida provis&oacute;ria tem por objetivo maquiar o PIB do primeiro trimestre&rdquo;, criticou o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).&rdquo;</p> <p> A MP foi editada porque, sem acordo para analisar os vetos da presidente Dilma &agrave; Lei dos <em>Royalties</em>, o Congresso deixou para a volta do recesso, em fevereiro, a vota&ccedil;&atilde;o &nbsp;do Or&ccedil;amento da Uni&atilde;o de 2013. Ainda segundo Caiado, o governo n&atilde;o ser&aacute; prejudicado pela n&atilde;o vota&ccedil;&atilde;o do or&ccedil;amento de 2013, j&aacute; que, at&eacute; que isso aconte&ccedil;a, pode manter o custeio com 1/12 (um doze avos) do valor total da pe&ccedil;a or&ccedil;ament&aacute;ria. Al&eacute;m disso, segundo o deputado, h&aacute; mais R$ 178 bilh&otilde;es em restos a pagar.</p> <p> Para o l&iacute;der do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), a Medida Provis&oacute;ria 598 atende aos princ&iacute;pios da legalidade. &quot;O governo tomou uma medida respons&aacute;vel para n&atilde;o paralisar o pa&iacute;s, garantido os investimentos necess&aacute;rios e pagamento de sal&aacute;rios at&eacute; que o Or&ccedil;amento seja votado pelo Congresso&quot;, explicou.</p> <p> Em 2008, o STF considerou ilegal a edi&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;ditos suplementares ao Or&ccedil;amento Geral da Uni&atilde;o por meio de medida provis&oacute;ria, s&oacute; cabendo por meio de projeto de lei. Mesmo assim, em 27 de dezembro do ano passado, quando a MP 598 &nbsp;foi editada, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-12-27/medida-provisoria-com-credito-suplementar-nao-desrespeita-legislacao-diz-miriam-belchior">a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, lembrou que esta n&atilde;o era a primeira vez que, sem Or&ccedil;amento sancionado, o governo utilizava esse instrumento</a> para liberar cr&eacute;dito extraordin&aacute;rio</p> <p> A ministra lembrou que em 2006, quando o Or&ccedil;amento s&oacute; foi votado em abril, o governo editou uma medida provis&oacute;ria para disciplinar os gastos e &ldquo;ningu&eacute;m questionou&rdquo;. Belchior destacou ainda &nbsp;que, em 2010, o governo editou uma MP porque o Congresso n&atilde;o havia conseguido votar a tempo os cr&eacute;ditos suplementares relativos ao Or&ccedil;amento daquele ano.</p> <p> &ldquo;A AGU [Advocacia-Geral da Uni&atilde;o], a Casa Civil e a consultoria jur&iacute;dica do Minist&eacute;rio do Planejamento avaliaram que n&atilde;o h&aacute; problema em lan&ccedil;ar a medida provis&oacute;ria. N&atilde;o quero aqui interpretar um julgamento do Supremo, mas o governo est&aacute; confort&aacute;vel em editar o texto e a presidenta n&atilde;o faria isso se n&atilde;o tivesse confian&ccedil;a&rdquo;, disse &agrave; &eacute;poca Miriam Belchior. &nbsp;</p> <p> Procurado pela <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, o relator-geral do Projeto de Lei Or&ccedil;ament&aacute;ria Anual, senador Romero Juc&aacute; (PMDB-RR), n&atilde;o retornou as liga&ccedil;&otilde;es para comentar o assunto. A assessoria de imprensa do Minist&eacute;rio do Planejamento tamb&eacute;m n&atilde;o havia comentado a Adin at&eacute; a publica&ccedil;&atilde;o desta reportagem.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira // Mat&eacute;ria atualizada &agrave;s 17h22 para incluir declara&ccedil;&atilde;o do l&iacute;der do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), recebida ap&oacute;s a primeira publica&ccedil;&atilde;o, &agrave;s 14h33</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> </div> Adin contra MP democratas inconstitucionalidade de MP Justiça MP 598 MP do Orçamento Nacional obras do pac Política PSDB recursos para o PAC stf Supremo Tribunal Federal Tue, 22 Jan 2013 19:32:08 +0000 davi.oliveira 712241 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Oposição questiona no STF constitucionalidade de MP que libera gastos do governo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-22/oposicao-questiona-no-stf-constitucionalidade-de-mp-que-libera-gastos-do-governo <p> Karine Melo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - O PSDB e o DEM entraram hoje (22) com a&ccedil;&atilde;o direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Medida Provis&oacute;ria (MP) 598/12. A MP abre cr&eacute;dito extraordin&aacute;rio no valor l&iacute;quido de R$ 42,5 bilh&otilde;es em favor de &oacute;rg&atilde;os federais e empresas estatais e garante recursos para obras do Programa de Acelera&ccedil;&atilde;o do Crescimento (PAC), contornando <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-12-26/votacao-do-orcamento-fica-para-fevereiro-de-2013-diz-juca" target="_blank">o atraso na aprova&ccedil;&atilde;o do Or&ccedil;amento da Uni&atilde;o para 2013</a>.</p> <p> &ldquo;&Eacute; uma invas&atilde;o &agrave;s prerrogativas do Congresso Nacional que vem sendo praticada pelo Executivo, e essa trena para poder medir o limite de cada Poder est&aacute; muito bem definido pela Constitui&ccedil;&atilde;o brasileira. O que ocorreu foi nada mais do que uma nova maquiagem do governo Dilma. Essa medida provis&oacute;ria tem por objetivo maquiar o PIB do primeiro trimestre&rdquo;, criticou o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).&rdquo;</p> <p> A MP foi editada porque, sem acordo para analisar os vetos da presidente Dilma &agrave; Lei dos <em>Royalties</em>, o Congresso deixou para a volta do recesso, em fevereiro, a vota&ccedil;&atilde;o &nbsp;do Or&ccedil;amento da Uni&atilde;o de 2013. Ainda segundo Caiado, o governo n&atilde;o ser&aacute; prejudicado pela n&atilde;o vota&ccedil;&atilde;o do or&ccedil;amento de 2013, j&aacute; que, at&eacute; que isso aconte&ccedil;a, pode manter o custeio com 1/12 (um doze avos) do valor total da pe&ccedil;a or&ccedil;ament&aacute;ria. Al&eacute;m disso, segundo o deputado, h&aacute; mais R$ 178 bilh&otilde;es em restos a pagar.</p> <p> Em 2008, o STF considerou ilegal a edi&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;ditos suplementares ao Or&ccedil;amento Geral da Uni&atilde;o por meio de medida provis&oacute;ria, s&oacute; cabendo por meio de projeto de lei. Mesmo assim, em 27 de dezembro do ano passado, quando a MP 598 &nbsp;foi editada, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-12-27/medida-provisoria-com-credito-suplementar-nao-desrespeita-legislacao-diz-miriam-belchior">a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, lembrou que esta n&atilde;o era a primeira vez que, sem Or&ccedil;amento sancionado, o governo utilizava esse instrumento</a> para liberar cr&eacute;dito extraordin&aacute;rio</p> <p> A ministra lembrou que em 2006, quando o Or&ccedil;amento s&oacute; foi votado em abril, o governo editou uma medida provis&oacute;ria para disciplinar os gastos e &ldquo;ningu&eacute;m questionou&rdquo;. Belchior destacou ainda &nbsp;que, em 2010, o governo editou uma MP porque o Congresso n&atilde;o havia conseguido votar a tempo os cr&eacute;ditos suplementares relativos ao Or&ccedil;amento daquele ano.</p> <p> &ldquo;A AGU [Advocacia-Geral da Uni&atilde;o], a Casa Civil e a consultoria jur&iacute;dica do Minist&eacute;rio do Planejamento avaliaram que n&atilde;o h&aacute; problema em lan&ccedil;ar a medida provis&oacute;ria. N&atilde;o quero aqui interpretar um julgamento do Supremo, mas o governo est&aacute; confort&aacute;vel em editar o texto e a presidenta n&atilde;o faria isso se n&atilde;o tivesse confian&ccedil;a&rdquo;, disse &agrave; &eacute;poca Miriam Belchior. &nbsp;</p> <p> Procurado pela <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, o relator-geral do Projeto de Lei Or&ccedil;ament&aacute;ria Anual, senador Romero Juc&aacute; (PMDB-RR), n&atilde;o retornou as liga&ccedil;&otilde;es para comentar o assunto. A assessoria de imprensa do Minist&eacute;rio do Planejamento tamb&eacute;m n&atilde;o havia comentado a Adin at&eacute; a publica&ccedil;&atilde;o desta reportagem.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Adin contra MP democratas inconstitucionalidade de MP Justiça MP 598 MP do Orçamento Nacional obras do pac Política PSDB recursos para o PAC stf Supremo Tribunal Federal Tue, 22 Jan 2013 16:33:25 +0000 davi.oliveira 712221 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/