Tráfico de drogas em Guiné-Bissau https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/151624/all pt-br ONU espera maior controle do Brasil sobre a droga que vai para Guiné-Bissau https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-21/onu-espera-maior-controle-do-brasil-sobre-droga-que-vai-para-guine-bissau <p align="justify"> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/AgenciaBrasil210113GIL0820.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Gilberto Costa<br /> <em>Correspondente da EBC</em></p> <p align="justify"> Lisboa - &ldquo;Brasileiros, colombianos e venezuelanos fa&ccedil;am mais para evitar a sa&iacute;da da droga da Am&eacute;rica do Sul&rdquo;. O pedido &eacute; do ex-presidente do Timor-Leste e ganhador do Pr&ecirc;mio Nobel da Paz em 1996 Jos&eacute; Ramos-Horta, representante nomeado das Na&ccedil;&otilde;es Unidas em Guin&eacute;-Bissau. O pa&iacute;s africano &eacute; rota de passagem de coca&iacute;na para a Europa.</p> <p align="justify"> &ldquo;Os nossos irm&atilde;os africanos, sobretudo da &Aacute;frica Ocidental, sempre aparecem mal na fita quando, na realidade, nenhum pa&iacute;s africano produz droga. Isto &eacute; produzido na Am&eacute;rica Latina. Em nenhum pa&iacute;s africano h&aacute; grande consumo de droga. Consumidores h&aacute; na Am&eacute;rica do Norte e na Europa, ponderou.</p> <p align="justify"> Para Jos&eacute; Ramos-Horta, o problema de drogas na Guin&eacute;-Bissau seria resolvido se &ldquo;os nossos irm&atilde;os da Am&eacute;rica Latina fizessem maiores esfor&ccedil;os para controlar a produ&ccedil;&atilde;o da droga, e os nossos irm&atilde;os europeus fossem mais eficazes em controlar suas fronteiras&rdquo;, disse hoje (21) ao sair de reuni&atilde;o na sede da Comunidade dos Pa&iacute;ses de L&iacute;ngua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.</p> <p align="justify"> Na &uacute;ltima d&eacute;cada, Guin&eacute;-Bissau passou a ser utilizada como rota de narcotr&aacute;fico para a Europa, crime que, segundo o Escrit&oacute;rio das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), tem sido mais rent&aacute;vel que os Estados Unidos, em especial no caso da droga produzida na Col&ocirc;mbia e na Venezuela.</p> <p align="justify"> O relat&oacute;rio do Unodc de 2012 aponta para o tr&acirc;nsito de drogas entre pa&iacute;ses falantes da l&iacute;ngua portuguesa. &ldquo;Uma parte da coca&iacute;na enviada para o Brasil &eacute; contrabandeada para a &Aacute;frica (sobretudo o oeste e o sul da &Aacute;frica), tendo a Europa como destino final. Por causa de afinidades lingu&iacute;sticas com o Brasil e alguns pa&iacute;ses africanos, Portugal emergiu como &aacute;rea significativa para o tr&acirc;nsito de coca&iacute;na&rdquo;, descreve o documento.</p> <p align="justify"> O tr&aacute;fico de drogas se aproveita da extrema pobreza de Guin&eacute;-Bissau, herdada do per&iacute;odo de coloniza&ccedil;&atilde;o portuguesa, iniciada antes do descobrimento do Brasil. H&aacute; o problema da fragilidade das institui&ccedil;&otilde;es de Estado de direito, marcadas por movimentos recorrentes de golpes de Estado - em quase 40 anos nenhum presidente eleito chegou ao fim do mandato. Em abril do ano passado, militares atacaram a resid&ecirc;ncia do ent&atilde;o primeiro-ministro e principal candidato &agrave;s elei&ccedil;&otilde;es presidenciais de Guin&eacute;-Bissau, Carlos Gomes J&uacute;nior.</p> <p align="justify"> Os militares t&ecirc;m a hegemonia pol&iacute;tica do pa&iacute;s desde a independ&ecirc;ncia. Ramos-Horta promete procur&aacute;-los e tamb&eacute;m outros setores para dialogar. &ldquo;Serei muito ativo no di&aacute;logo, no ouvir as pessoas. Serei ativo sem ser intervencionista&rdquo;, disse, seguindo a orienta&ccedil;&atilde;o da ONU e afinado com a CPLP, que n&atilde;o reconhece o governo de transi&ccedil;&atilde;o instalado no pa&iacute;s desde abril do ano passado.</p> <p align="justify"> Ramos-Horta muda-se na segunda semana de fevereiro para Bissau (capital de Guin&eacute;-Bissau). Uma das metas das Na&ccedil;&otilde;es Unidas &eacute; que o pa&iacute;s se pacifique internamente e promova novas elei&ccedil;&otilde;es. &ldquo;As elei&ccedil;&otilde;es n&atilde;o s&atilde;o um fim em si, mas um instrumento de escuta da sociedade. Para al&eacute;m do ato eleitoral, tem que haver um processo de di&aacute;logo e de organiza&ccedil;&atilde;o das elei&ccedil;&otilde;es para que o resultado venha a ser aceito sem qualquer questionamento&rdquo;, disse, sem prever quando os guineenses voltar&atilde;o a ter elei&ccedil;&otilde;es.</p> <p align="justify"> Em recente reuni&atilde;o no Uruguai dos 23 pa&iacute;ses que integram a Zona de Paz e Coopera&ccedil;&atilde;o do Atl&acirc;ntico Sul (Zopacas), o <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-01-15/patriota-defende-area-livre-de-armas-e-fim-de-conflitos-em-paises-cercados-pelo-atlantico-sul">Brasil </a>se posicionou em favor do di&aacute;logo interno na Guin&eacute;-Bissau para dirimir conflitos. O Brasil tem grande interesse na normaliza&ccedil;&atilde;o da vida pol&iacute;tica em Guin&eacute;-Bissau por causa da participa&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s na CPLP, importante acesso do Brasil &agrave; &Aacute;frica.</p> <p align="justify"> &nbsp;</p> <p align="justify"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura</em></p> <p align="justify"> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> <p align="justify"> <em>&nbsp;</em></p> América Latina Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime Guiné-Bissau Internacional nações unidas Prêmio Nobel (1996) José Ramos-Horta Tráfico de drogas em Guiné-Bissau Unodc Mon, 21 Jan 2013 18:05:56 +0000 alberto.coura 712159 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/