Federação Nacional dos Agentes Marítimos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/149554/all pt-br CNT aponta principais problemas dos portos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-12-12/cnt-aponta-principais-problemas-dos-portos <p> Jorge Wamburg<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p class="rtejustify"> Bras&iacute;lia - Os principais problemas dos portos brasileiros s&atilde;o o excesso de tributos, de tarifas e de burocracia, al&eacute;m do elevado custo de m&atilde;o de obra e de defici&ecirc;ncias nos acessos terrestres. A avalia&ccedil;&atilde;o &eacute; resultado da pesquisa divulgada hoje (12) pela Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional dos Transportes (CNT). Foram ouvidos 212 agentes mar&iacute;timos que operam nos principais portos do pa&iacute;s, em 15 estados.</p> <p class="rtejustify"> O investimento de R$ 31 bilh&otilde;es, nos pr&oacute;ximos tr&ecirc;s anos, anunciado pelo governo na semana passada, &eacute; considerado importante para melhorar a situa&ccedil;&atilde;o. O plano &ldquo;mostra que o governo est&aacute; preocupado com o setor, o que &eacute; fundamental&rdquo;, de acordo com o vice-presidente da entidade, Meton Soares. Mas, segundo ele, a CNT vai analisar o programa de investimentos previstos at&eacute; 2015, para depois se pronunciar sobre o que pode resultar em melhorias nos portos.</p> <p class="rtejustify"> O diretor executivo da CNT, Bruno Batista, disse que &eacute; preciso esperar para ver se o governo cumprir&aacute; a promessa de investir em tr&ecirc;s anos 10 vezes mais do que aplicou nos portos nos &uacute;ltimos&nbsp;dez anos, quando os gastos foram de R$ 3,1 bilh&otilde;es. Um exemplo de inefici&ecirc;ncia, citado na pesquisa, &eacute; a falta de investimentos governamentais em opera&ccedil;&atilde;o e gest&atilde;o. Ele cita o custo m&eacute;dio de movimenta&ccedil;&atilde;o de um cont&ecirc;iner no Brasil: &ldquo;esse valor chega a US$ 200, enquanto nos principais portos europeus &eacute;&nbsp;US$ 110 e nos asi&aacute;ticos, US$ 75&rdquo;.</p> <p class="rtejustify"> Conforme a pesquisa, o Brasil pode ser considerado&nbsp;privilegiado para o desenvolvimento da atividade, por&nbsp;ter litoral com 7.367 km de extens&atilde;o. Gra&ccedil;as a isso, &ldquo;95,9% do volume total de cargas exportadas em 2011 passaram pelos portos nacionais&rdquo;. Mesmo assim, os investimentos p&uacute;blicos em transporte mar&iacute;timo ca&iacute;ram em rela&ccedil;&atilde;o ao ano passado. At&eacute; outubro de 2012, somaram R$ 273,2 milh&otilde;es; em todo o ano de 2011, alcan&ccedil;aram R$ 566,4 milh&otilde;es. Outro n&uacute;mero: at&eacute; outubro, haviam sido investidos R$ 99,6 milh&otilde;es em obras de dragagem, contra R$ 508,6 milh&otilde;es durante todo o ano de 2011.</p> <p class="rtejustify"> Segundo Meton Soares, os portos brasileiros podem melhorar com&nbsp;medidas do Poder P&uacute;blico, como a melhoria do espa&ccedil;o operacional no cais de atraca&ccedil;&atilde;o, que 53,3% dos entrevistados consideraram inadequado. H&aacute; problemas tamb&eacute;m com os diferentes procedimentos nos 13 principais portos do pa&iacute;s, o que causa dificuldade para as opera&ccedil;&otilde;es dos navios e das cargas.</p> <p class="rtejustify"> Durante a apresenta&ccedil;&atilde;o da pesquisa, uma das quest&otilde;es mais criticadas foi a dificuldade para implanta&ccedil;&atilde;o do Programa Porto sem Papel, cujo objetivo &eacute; tornar menos burocr&aacute;ticos os procedimentos administrativos e, assim, diminuir o tempo das opera&ccedil;&otilde;es portu&aacute;rias. De acordo com o vice-presidente da Federa&ccedil;&atilde;o Nacional dos Agentes Mar&iacute;timos (Fenamar), Valdemar Rocha J&uacute;nior, &ldquo;em vez de eliminar o papel, o programa criou mais papel e provocou mais demora no nosso trabalho&rdquo;.</p> <p class="rtejustify"> Ele diz que os diversos &oacute;rg&atilde;os envolvidos na opera&ccedil;&atilde;o dos portos n&atilde;o dispensam papel e carimbo para liberar os documentos necess&aacute;rios e pioram a situa&ccedil;&atilde;o, pois &eacute; preciso &ldquo;fazer tudo duas vezes, preenchendo os documentos do Porto sem Papel e depois os pap&eacute;is exigidos por esses &oacute;rg&atilde;os&rdquo;.&nbsp; O agente considerou o fato um problema cultural e disse que s&oacute; poder&aacute; ser resolvido, talvez, &ldquo;se a Casa Civil [da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica] determinar que seja cumprido o que prev&ecirc; o Porto sem Papel&rdquo;.</p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o Beto Coura</em></p> Bruno Batista CNT Confederação Nacional dos Transportes Federação Nacional dos Agentes Marítimos Fenamar Meton Soares Nacional Programa Porto sem Papel Valdemar Rocha Júnior Wed, 12 Dec 2012 16:51:24 +0000 alberto.coura 709956 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/