alíquotas diferenciadas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/149513/all pt-br Governo fará nova proposta aos estados para unificar alíquotas de ICMS https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-12-11/governo-fara-nova-proposta-aos-estados-para-unificar-aliquotas-de-icms <p> Wellton M&aacute;ximo e Mariana Branco<br /> <em>Rep&oacute;rteres da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O secret&aacute;rio executivo do Minist&eacute;rio da Fazenda, Nelson Barbosa, prometeu construir uma proposta que chegue a um meio-termo entre as reivindica&ccedil;&otilde;es dos estados mais ricos e das regi&otilde;es menos desenvolvidas do pa&iacute;s em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; proposta que encerrar&aacute; a guerra fiscal. Em audi&ecirc;ncia na Comiss&atilde;o de Assuntos Econ&ocirc;micos do Senado, ele admitiu que o governo dever&aacute; rever a proposta original de unificar em 4% a al&iacute;quota interestadual do Imposto sobre Circula&ccedil;&atilde;o de Mercadorias e Servi&ccedil;os (ICMS).</p> <p> &ldquo;Ouvimos todas as ideias e procuraremos elaborar, por parte da Uni&atilde;o, uma proposta de meio-termo, com os maiores pontos de consenso poss&iacute;vel. Se tivermos sucesso e concord&acirc;ncia, enviaremos a nova proposta ao Congresso na pr&oacute;xima semana&rdquo;, declarou o secret&aacute;rio. Ele, no entanto, disse que as al&iacute;quotas dever&atilde;o ficar em 4% para todos os estados no fim do prazo de transi&ccedil;&atilde;o, ainda que seja fixado em tempo maior que o da proposta atual.</p> <p> A proposta original do governo prev&ecirc; a unifica&ccedil;&atilde;o das al&iacute;quotas do ICMS interestadual em 4% em oito anos, come&ccedil;ando em 2014. Os estados do Sul e do Sudeste apoiam a uniformiza&ccedil;&atilde;o das al&iacute;quotas em todo o pa&iacute;s, mas os governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste querem a fixa&ccedil;&atilde;o de duas al&iacute;quotas: 7% para os estados menos desenvolvidos e 4% para os de maior renda <em>per capita</em>. De acordo com eles, a al&iacute;quota diferenciada daria poder para que as regi&otilde;es mais pobres continuem a conceder incentivos fiscais e a atrair investimentos que gerem emprego.</p> <p> Na reuni&atilde;o do Conselho Nacional de Pol&iacute;tica Fazend&aacute;ria (Confaz), que ocorreu na manh&atilde; de hoje (11), os estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste concordaram em elevar de 2% para 4% a proposta de al&iacute;quota para os estados mais ricos. Em troca, o Sul e Sudeste indicaram que podem aceitar estender o prazo de transi&ccedil;&atilde;o (redu&ccedil;&atilde;o gradual das al&iacute;quotas) de oito para dez anos.</p> <p> A proposta de manuten&ccedil;&atilde;o de al&iacute;quotas diferenciadas do ICMS interestadual dividiu os estados. Secret&aacute;rio de Fazenda do Maranh&atilde;o e coordenador nacional do Confaz, Cl&aacute;udio Trinch&atilde;o disse que a diminui&ccedil;&atilde;o do imposto para 4% tem pouco apoio dos estados. &ldquo;Na reuni&atilde;o de hoje, s&oacute; cinco estados se manifestaram a favor do ICMS [interestadual] de 4% para todas as unidades da Federa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, ressaltou.</p> <p> Na avalia&ccedil;&atilde;o de Trinch&atilde;o, a unifica&ccedil;&atilde;o da al&iacute;quota em 4% provocaria preju&iacute;zos imediatos para os estados menos desenvolvidos. &ldquo;No dia em que se retirar o benef&iacute;cio, as empresas hoje instaladas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste voltar&atilde;o automaticamente para o sul, onde existe melhor infraestrutura&rdquo;, declarou.</p> <p> Favor&aacute;vel &agrave; unifica&ccedil;&atilde;o da al&iacute;quota de 4% em todo o pa&iacute;s, o secret&aacute;rio de Fazenda de S&atilde;o Paulo, Andrea Calabi, disse que o fim definitivo dos incentivos fiscais trar&aacute; ganhos para todos os estados. &ldquo;A competitividade precisa ser entendida em um contexto nacional, mais amplo. O avan&ccedil;o na discuss&atilde;o e a supera&ccedil;&atilde;o dos diversos entraves constituir&atilde;o a favor de uma trajet&oacute;ria de crescimento que beneficiar&aacute; n&atilde;o apenas um estado, mas o conjunto deles&rdquo;, declarou.</p> <p> Cobrado quando uma mercadoria passa de um estado para outro, o ICMS interestadual incide da seguinte forma: o estado produtor fica com 12% ou 7% do valor do item; e o estado consumidor, com a diferen&ccedil;a entre esses percentuais e a al&iacute;quota total do ICMS. Dessa forma, se uma mercadoria paga 18% de ICMS no estado de destino, o estado produtor fica com 12% ou 7%. O estado consumidor det&eacute;m os 6% ou 11% restantes.</p> <p> Com a guerra fiscal, diversos estados produtores passaram a oferecer descontos ou a financiar o ICMS interestadual para atrair ind&uacute;strias. A proposta original do governo federal prev&ecirc; a unifica&ccedil;&atilde;o do imposto interestadual em 4% no prazo de oito anos, o que eliminaria os incentivos e destinaria maior parcela da arrecada&ccedil;&atilde;o aos estados consumidores. Em troca, os estados produtores teriam as perdas compensadas por um fundo de desenvolvimento regional e por um fundo de financiamento de projetos de infraestrutura at&eacute; 2028.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> alíquota interestadual alíquotas diferenciadas alíquota única Confaz Economia Guerra fiscal ICMS negociação com estados Tue, 11 Dec 2012 21:33:49 +0000 davi.oliveira 709902 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/