Escambau https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/148183/all pt-br Feira de trocas promove economia solidária no Distrito Federal https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-24/feira-de-trocas-promove-economia-solidaria-no-distrito-federal <p> Mariana Branco<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil </em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash;&nbsp; H&aacute; seis anos funciona no Distrito Federal uma feira de trocas, a Escambau, onde &eacute; expressamente proibida a circula&ccedil;&atilde;o de dinheiro e a compra e venda de produtos. Os participantes levam coisas que n&atilde;o precisam mais e buscam algo que os interesse. Se conseguirem fechar neg&oacute;cio com o dono do objeto de desejo, a troca acontece. O projeto &eacute; uma iniciativa da cooperativa socioambiental Trilha Mundos e tem o objetivo de promover os princ&iacute;pios da economia sustent&aacute;vel e solid&aacute;ria.</p> <p> &ldquo;&Eacute; uma forma de inclus&atilde;o social. Em uma feira onde n&atilde;o existe dinheiro, voc&ecirc; pega algo que n&atilde;o usa mais e troca por outras coisas&rdquo;, explica Cl&aacute;udia Sachetto, organizadora da Escambau e diretora-presidente da Trilha Mundos. Ela destaca que a iniciativa tem ainda import&acirc;ncia ambiental, pois o que n&atilde;o serve mais para um &eacute; reaproveitado por outro em vez de ser descartado.</p> <p> Cl&aacute;udia explica que 2012 &eacute; um ano especial, pois pela primeira vez o evento saiu do Plano Piloto, zona central de Bras&iacute;lia, e ganhou outras cidades do DF. &quot;Conseguimos um patroc&iacute;nio e este ano fizemos a Escambau em Taguatinga, Ceil&acirc;ndia e Guar&aacute;&quot;, informou, referindo-se &agrave;s regi&otilde;es administrativas que circundam a capital federal. Hoje (24) a &uacute;ltima edi&ccedil;&atilde;o da feira no ano acontece em Brazl&acirc;ndia, a 50 quil&ocirc;metros do centro de Bras&iacute;lia.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist708573/prev/Agencia%20Brasil241112PZB_9335.JPG" style="width: 300px; height: 225px; float: right;" />A ideia da feira atrai muita gente, como o professor de literatura Paulo C&eacute;zar Alves Cust&oacute;dio, 60 anos, frequentador ass&iacute;duo e admirador do projeto. &quot;J&aacute; at&eacute; perdi a conta de quantas vezes fui nessa feira. Frequento h&aacute; mais de quatro anos. Prefiro quando &eacute; na zona central de Bras&iacute;lia, pois fica mais perto da minha casa&quot;, relata o morador da Asa Norte.</p> <p> Para Cust&oacute;dio, mais importante do que os objetos a serem trocados &eacute; a oportunidade de conhecer pessoas. &quot;O lance mesmo da feira &eacute; que voc&ecirc; faz amizade, &eacute; terap&ecirc;utico. O que eu gosto nem &eacute; o objeto em si, mas a rela&ccedil;&atilde;o que acontece ali, estabelecer esse la&ccedil;o de permuta.&rdquo;.</p> <p> Ele destaca ainda o valor afetivo dos objetos, que &eacute; refor&ccedil;ado pela proibi&ccedil;&atilde;o da venda. &quot;As coisas n&atilde;o t&ecirc;m pre&ccedil;o, as coisas t&ecirc;m valor&quot;, opina. O professor de literatura conta que j&aacute; garimpou muita coisa interessante em suas idas &agrave; Escambau. &quot;Eu consegui&nbsp; um prato de metal para colocar na parede, todo amarelo e com uma mandala no meio. Nunca me desfa&ccedil;o dele. Trouxe tamb&eacute;m para casa um livro sobre arte&quot;, diz. Entre os objetos que levou para trocar, est&atilde;o livros, DVDs e uma cole&ccedil;&atilde;o de gibis. &quot;O pessoal se amarrou nessa cole&ccedil;&atilde;o&quot;, comenta.</p> <p> Cl&aacute;udia Sachetto explica que quem quiser levar seus objetos para trocar na feira n&atilde;o precisa fazer inscri&ccedil;&atilde;o. Quem deseja participar deve ficar atento &agrave;s datas e aos locais de realiza&ccedil;&atilde;o, divulgados no <em>site</em> da cooperativa <a href="http://trilhamundos.com.br/">Trilha Mundos</a>. Basta reunir os objetos e comparecer ao lugar onde estiver acontecendo a Escambau. &quot;Se a pessoa tiver mais de 20 objetos, a gente disponibiliza uma mesinha&quot;, informa Cl&aacute;udia.</p> <p> Para a ambientalista S&iacute;lvia Alc&acirc;ntara Picchioni, secret&aacute;ria executiva do F&oacute;rum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Fboms), iniciativas como a Escambau s&atilde;o importantes por destacar o papel de reutiliza&ccedil;&atilde;o das coisas. &quot;Voc&ecirc; tem algo que n&atilde;o serve e para outras pessoas pode ser super &uacute;til. O produto n&atilde;o vai para o lixo fazer volume. O aspecto da solidariedade tamb&eacute;m tem que ser destacado. N&atilde;o tem aquela coisa do lucro, h&aacute; a sensibilidade de n&atilde;o precisar de alguma coisa e passar adiante. Aquilo vai estar sendo reutilizado e reduz-se o consumo&quot;, analisa.</p> <p> A Escambau deste s&aacute;bado acontece das 14h &agrave;s 18h na Pra&ccedil;a do Artes&atilde;o, em Brazl&acirc;ndia. Interessados em participar podem levar artigos culturais, esportivos, de utilidade dom&eacute;stica, vestu&aacute;rio, decora&ccedil;&atilde;o e outros. N&atilde;o s&atilde;o permitidas a compra e a&nbsp; venda de produtos.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> Brasília Brazlândia Distrito Federal economia solidária Escambau Fboms Feira de trocas Nacional Praça do Artesão sustentabilidade ambiental Trilha dos Mundos Sat, 24 Nov 2012 14:52:22 +0000 aquintiere 708574 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/