composição da dívida pública https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/147991/all pt-br Dívida Pública Federal sobe em outubro e se aproxima de R$ 2 trilhões https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-21/divida-publica-federal-sobe-em-outubro-e-se-aproxima-de-r-2-trilhoes <p> Wellton M&aacute;ximo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A emiss&atilde;o de t&iacute;tulos p&uacute;blicos para refor&ccedil;ar o capital do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ&ocirc;mico e Social (BNDES) pressionou a D&iacute;vida P&uacute;blica Federal (DPF) em outubro. Segundo n&uacute;meros divulgados h&aacute; pouco pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou o m&ecirc;s passado em R$ 1,943 trilh&atilde;o, contra R$ 1,904 trilh&atilde;o registrados no fim de setembro.</p> <p> Cada vez mais pr&oacute;xima da barreira de R$ 2 trilh&otilde;es, a DPF subiu 2,04% em apenas um m&ecirc;s. Em 16 de outubro, o Tesouro emitiu R$ 20 bilh&otilde;es em t&iacute;tulos p&uacute;blicos para o BNDES. Essa foi a segunda parcela da ajuda de R$ 45 bilh&otilde;es para a institui&ccedil;&atilde;o financeira anunciada em mar&ccedil;o pelo governo. At&eacute; o in&iacute;cio do pr&oacute;ximo ano, o banco deve receber os R$ 15 bilh&otilde;es que ainda faltam.</p> <p> Outubro foi o segundo m&ecirc;s seguido em que a D&iacute;vida P&uacute;blica Federal sofreu impacto da ajuda aos bancos. Em setembro, o Tesouro havia emitido R$ 21 bilh&otilde;es em t&iacute;tulos para capitalizar o Banco do Brasil e a Caixa Econ&ocirc;mica Federal.</p> <p> A d&iacute;vida p&uacute;blica mobili&aacute;ria (em t&iacute;tulos) interna subiu 2,12%, passando de R$ 1,816 trilh&atilde;o para R$ 1,855 trilh&atilde;o. Isso ocorreu porque o Tesouro emitiu R$ 22,82 bilh&otilde;es a mais do que resgatou em t&iacute;tulos. Sem a inje&ccedil;&atilde;o de capital no BNDES, a emiss&atilde;o l&iacute;quida totalizaria R$ 2,82 bilh&otilde;es. A alta tamb&eacute;m foi impulsionada pela incorpora&ccedil;&atilde;o de R$ 15,72 bilh&otilde;es em taxas de juros.</p> <p> O reconhecimento de juros ocorre porque a corre&ccedil;&atilde;o que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores (que emprestam dinheiro para que o governo possa rolar a d&iacute;vida) &eacute; incorporada gradualmente ao valor devido. No caso de um investidor que comprou um t&iacute;tulo por R$ 100 com corre&ccedil;&atilde;o de 12% ao ano, ele receber&aacute; R$ 964 ao final de 20 anos. Essa diferen&ccedil;a &eacute; incorporada m&ecirc;s a m&ecirc;s ao total da d&iacute;vida p&uacute;blica.</p> <p> A d&iacute;vida p&uacute;blica externa ficou praticamente est&aacute;vel, passando de R$ 88,93 bilh&otilde;es em setembro para R$ 89,28 bilh&otilde;es em outubro, alta de 0,39%. O principal motivo foi a subida de apenas 0,03% do d&oacute;lar no m&ecirc;s passado.</p> <p> A participa&ccedil;&atilde;o dos pap&eacute;is prefixados (que t&ecirc;m a taxa de juros definida no momento da emiss&atilde;o) na d&iacute;vida interna caiu levemente, de 39,92% em setembro para 39,88% em outubro. A fatia dos t&iacute;tulos vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros b&aacute;sicos da economia), aumentou um pouco, de 24,34% para 24,61%.</p> <p> A participa&ccedil;&atilde;o dos t&iacute;tulos corrigidos pela infla&ccedil;&atilde;o caiu de 35,57% para 35,47%. A parcela da d&iacute;vida interna vinculada ao c&acirc;mbio, no entanto, apresentou queda maior, de 0,17% para 0,04%. Esses n&uacute;meros levam em conta as opera&ccedil;&otilde;es de <em>swap</em> pelo Banco Central, que equivalem a opera&ccedil;&otilde;es de compra ou venda de d&oacute;lar no mercado futuro e t&ecirc;m impacto na d&iacute;vida p&uacute;blica.</p> <p> Com taxas definidas com anteced&ecirc;ncia, os t&iacute;tulos prefixados s&atilde;o prefer&iacute;veis para o Tesouro Nacional porque d&atilde;o maior previsibilidade &agrave; administra&ccedil;&atilde;o da d&iacute;vida p&uacute;blica. Em contrapartida, os pap&eacute;is vinculados &agrave; Selic representam mais risco porque pressionam a d&iacute;vida para cima, nos ciclos de alta dos juros b&aacute;sicos.</p> <p> O prazo m&eacute;dio da DPF caiu de 4,05 anos em setembro para 3,99 anos em outubro. O Tesouro Nacional n&atilde;o divulga o resultado em meses, apenas em anos. A participa&ccedil;&atilde;o dos vencimentos nos pr&oacute;ximos 12 meses, no entanto, tamb&eacute;m caiu, de 25,98% para 25,30%. Prazos mais longos s&atilde;o favor&aacute;veis ao Tesouro porque d&atilde;o ao governo mais tempo para planejar e executar as opera&ccedil;&otilde;es de rolagem (renegocia&ccedil;&atilde;o) da d&iacute;vida p&uacute;blica.</p> <p> Por meio da d&iacute;vida p&uacute;blica, o governo pega emprestados recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma corre&ccedil;&atilde;o, que pode ser definida com anteced&ecirc;ncia, no caso dos t&iacute;tulos prefixados, ou seguir a varia&ccedil;&atilde;o da taxa Selic, da infla&ccedil;&atilde;o ou do c&acirc;mbio.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> capitalização da Caixa capitalização do Banco do Brasil capitalização do BNDES composição da dívida pública Dívida Pública Federal Economia estoque da dívida pública Tesouro Nacional Wed, 21 Nov 2012 17:40:51 +0000 davi.oliveira 708339 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/