revendedoras https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/147813/all pt-br Mercado de carros usados tem leve recuperação, após fechamento de mais de 4 mil lojas no país https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-19/mercado-de-carros-usados-tem-leve-recuperacao-apos-fechamento-de-mais-de-4-mil-lojas-no-pais <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist708151/prev/AgenciaBrasil191112MCSP191106.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Camila Maciel<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Ap&oacute;s primeiro semestre de perdas, induzidas pela redu&ccedil;&atilde;o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros novos e pela restri&ccedil;&atilde;o ao cr&eacute;dito, o setor de carros usados teve leve recupera&ccedil;&atilde;o no segundo semestre, aponta a Federa&ccedil;&atilde;o Nacional das Associa&ccedil;&otilde;es dos Revendedores de Ve&iacute;culos Automotores (Fenauto).</p> <p> As perdas do primeiro semestre levaram cerca de 4,5 mil lojas em todo o Brasil a fecharem as portas, segundo estimativa da Fenauto. Foi o que ocorreu com duas das tr&ecirc;s lojas de Celso Sidnei de Abreu, empres&aacute;rio do ramo h&aacute; sete anos. &ldquo;Foi um ano duro. Juntou a redu&ccedil;&atilde;o do IPI, as dificuldades da economia e complicou tudo&rdquo;, avalia. Segundo a federa&ccedil;&atilde;o, o Brasil tem 40 mil lojas de revenda de carros usados, que empregam 240 mil pessoas diretamente.</p> <p> A queda nas vendas chegou a 12,1% nos primeiros cinco meses do ano, na compara&ccedil;&atilde;o com igual per&iacute;odo de 2011. Agora, os modelos com mais de tr&ecirc;s anos registram queda de cerca de 10%, no acumulado de janeiro a outubro. No entanto, os modelos mais novos, com menos de tr&ecirc;s anos, apresentam alta de 2,8%, no mesmo per&iacute;odo.</p> <p> &ldquo;Depois de um in&iacute;cio muito dif&iacute;cil, dada a dificuldade para aprova&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;dito, come&ccedil;amos a recuperar. Em torno de 15% das fichas de financiamento eram aprovadas. Agora j&aacute; estamos atingindo uma meta de 30% a 35%&rdquo;, apontou Il&iacute;dio Gon&ccedil;alves dos Santos, presidente da Fenauto. Ele destaca que 70% das vendas do setor s&atilde;o financiadas. &ldquo;Existe cr&eacute;dito, mas o aumento da inadimpl&ecirc;ncia fez com que os bancos adotassem crit&eacute;rios mais seletivos&rdquo;, avaliou.</p> <p> O pre&ccedil;o oferecido para quem pretende vender um carro usado ficou de 20% a 25% menor, segundo lojistas entrevistados pela Ag&ecirc;ncia Brasil. &ldquo;Quando envolve troca de ve&iacute;culo, a perda &eacute; um pouco menor&rdquo;, aponta Armando Monteiro, gerente de uma loja de revenda na zona sul de S&atilde;o Paulo. Na compra de carro usado, a desvaloriza&ccedil;&atilde;o &eacute; de 10% a 15%, informou o gerente.</p> <p> A queda no pre&ccedil;o agradou ao bombeiro Valner Machado, 30 anos. &ldquo;Mesmo com a redu&ccedil;&atilde;o do IPI, para mim n&atilde;o &eacute; vantagem pegar um carro zero. Com o mesmo valor e sem entrar em financiamento, fico com um carro seminovo, mas completo. O custo benef&iacute;cio &eacute; melhor&rdquo;, avalia. Ele pretende comprar um ve&iacute;culo usado &agrave; vista. &ldquo;Juntei dinheiro o ano inteiro, agora entram o d&eacute;cimo terceiro, f&eacute;rias e extras. Al&eacute;m disso, pretendo pegar um bom desconto&rdquo;, apontou.</p> <p> Para o presidente da Associa&ccedil;&atilde;o de Ve&iacute;culos Automotores no Estado de S&atilde;o Paulo (Assovesp), George Chahade, a restri&ccedil;&atilde;o de cr&eacute;dito foi a principal respons&aacute;vel pela crise no setor. &ldquo;De todos os problemas que podemos levantar, como redu&ccedil;&atilde;o do IPI, quest&otilde;es econ&ocirc;micas e diminui&ccedil;&atilde;o do cr&eacute;dito, a maior parte se deve &agrave; menor aprova&ccedil;&atilde;o de financiamentos. &Eacute; certo que a procura diminuiu, mas poderia ter se mantido em um patamar razo&aacute;vel se o cr&eacute;dito fosse mais f&aacute;cil&rdquo;, declarou.</p> <p> De acordo com a federa&ccedil;&atilde;o, no entanto, o setor tamb&eacute;m sentiu os impactos da redu&ccedil;&atilde;o do IPI, j&aacute; que o pre&ccedil;o dos carros usados tem como refer&ecirc;ncia o valor do ve&iacute;culo novo. &ldquo;Os estoques estavam elevados com carros em um pre&ccedil;o alto. Esse problema durou at&eacute; junho, porque os lojistas tiveram que vender com pre&ccedil;o abaixo do que tinham pago. Foi a&iacute; que houve perda de capital&rdquo;, apontou.</p> <p> Com a retomada das vendas e a estabiliza&ccedil;&atilde;o do pre&ccedil;o dos carros usados, Il&iacute;dio Santos acredita que o mercado est&aacute; em equil&iacute;brio e n&atilde;o deve apresentar grandes altera&ccedil;&otilde;es, mesmo com a volta do IPI para carros novos, prevista para dezembro. &ldquo;N&atilde;o deve mudar muita coisa. O mercado vai levar um tempo para recuperar as perdas, assim como vai demorar para o pre&ccedil;o do usado voltar ao patamar anterior&rdquo;, aponta. Para o lojista Celso Sidnei de Abreu, a conta &eacute; simples: &ldquo;se estamos vendendo pouco com esse pre&ccedil;o, se aumentar &eacute; que n&atilde;o vende&rdquo;, declarou.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Denise Griesinger</em></p> Assovesp carros novos Economia Fenauto redução do IPI revendedoras Mon, 19 Nov 2012 17:42:23 +0000 deniseg 708138 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/