novo ICMS https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/147103/all pt-br Mantega diz que mudança no ICMS vai melhorar a competitividade do país https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-07/mantega-diz-que-mudanca-no-icms-vai-melhorar-competitividade-do-pais <p> Luciene Cruz e Wellton M&aacute;ximo<br /> <em>Rep&oacute;rteres da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A unifica&ccedil;&atilde;o das al&iacute;quotas do Imposto sobre Circula&ccedil;&atilde;o de Mercadorias e Servi&ccedil;os (ICMS) para acabar com a guerra fiscal ser&aacute; gradual e levar&aacute; oito anos, anunciou h&aacute; pouco o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele comentou a reuni&atilde;o que teve hoje (7) com governadores para discutir o tema e disse que a reformula&ccedil;&atilde;o do imposto &eacute; essencial para reduzir custos e melhorar a competitividade do pa&iacute;s em meio &agrave; crise internacional.</p> <p> O ICMS interestadual &eacute; cobrado quando uma mercadoria &eacute; transportada de um estado para outro. Atualmente, a al&iacute;quota &eacute; 7% para os estados mais ricos e 12% para os estados menos desenvolvidos. <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-07/mantega-propoe-unificacao-do-icms-para-acabar-com-guerra-fiscal" target="_blank">A proposta apresentada hoje (7) pelo ministro prev&ecirc; a redu&ccedil;&atilde;o do imposto em um ponto percentual a cada ano, a partir de 2014</a>, at&eacute; que a al&iacute;quota chegue a 4% em todos os estados. No caso dos estados mais ricos, a redu&ccedil;&atilde;o ocorreria em quatro anos.</p> <p> Na avalia&ccedil;&atilde;o do ministro, a reformula&ccedil;&atilde;o do sistema tribut&aacute;rio &eacute; necess&aacute;ria para que o pa&iacute;s reduza custos e mantenha a competitividade em meio &agrave; crise internacional. &ldquo;Em um momento em que a crise internacional continua e h&aacute; redu&ccedil;&atilde;o de custos no mundo todo, o Brasil n&atilde;o pode ficar &agrave; parte. Temos de reduzir custos tribut&aacute;rios, financeiros e log&iacute;sticos&rdquo;, ressaltou.</p> <p> Com o ICMS unificado em uma al&iacute;quota menor, os estados n&atilde;o teriam espa&ccedil;o para conceder incentivos para empresas que desejam investir em determinada regi&atilde;o. Na avalia&ccedil;&atilde;o do ministro, o fim da guerra fiscal &eacute; importante para trazer seguran&ccedil;a jur&iacute;dica para os investimentos no pa&iacute;s, ao reduzir a onda de questionamentos judiciais aos incentivos fiscais no Supremo Tribunal Federal (STF).</p> <p> &ldquo;Nesta altura, a guerra fiscal se generalizou e traz mais desvantagens que vantagens. Al&eacute;m da inseguran&ccedil;a jur&iacute;dica [por causa das a&ccedil;&otilde;es no STF], existem produtores que n&atilde;o recebem o cr&eacute;dito do ICMS [aquilo que os estados que concederam os incentivos devem &agrave;s empresas]&rdquo;, declarou o ministro. &ldquo;Se n&atilde;o resolvermos o problema do ICMS, o Judici&aacute;rio pode faz&ecirc;-lo, e isso ser&aacute; da pior maneira poss&iacute;vel&rdquo;, alertou.</p> <p> Segundo Mantega, o governo espera que o Congresso aprove a proposta ainda este ano. A mudan&ccedil;a envolve apenas a vota&ccedil;&atilde;o de uma resolu&ccedil;&atilde;o no Senado, onde pode ter tramita&ccedil;&atilde;o mais r&aacute;pida. &ldquo;A ideia &eacute; que essa reforma entre em vigor junto com outras medidas em discuss&atilde;o, como a redu&ccedil;&atilde;o da tarifa de energia el&eacute;trica, prevista para vigorar em fevereiro&rdquo;, explicou.</p> <p> Na avalia&ccedil;&atilde;o do ministro, a unifica&ccedil;&atilde;o provocar&aacute; perdas para alguns estados, mas ser&atilde;o pontuais e ser&atilde;o revertidas, &agrave; medida que os investimentos das empresas aumentem em todo o pa&iacute;s, ao longo dos anos. Os incentivos fiscais j&aacute; concedidos, segundo Mantega, ser&atilde;o mantidos, mas o Conselho de Pol&iacute;tica Fazend&aacute;ria (Confaz), que re&uacute;ne os secret&aacute;rios de Fazenda dos estados e do Distrito Federal, aprovar&aacute; a convalida&ccedil;&atilde;o desses benef&iacute;cios.</p> <p> Em rela&ccedil;&atilde;o ao fundo que compensar&aacute; eventuais perdas de arrecada&ccedil;&atilde;o dos estados, o ministro disse que os repasses ser&atilde;o autom&aacute;ticos e definidos em lei. Dessa forma, os governadores n&atilde;o precisar&atilde;o negociar todos os anos com o governo federal a reposi&ccedil;&atilde;o das perdas, como ocorre desde o fim dos anos 1990 com a Lei Kandir.</p> <p> Sobre o fundo de desenvolvimento regional, que ter&aacute; R$ 12 bilh&otilde;es ao ano a partir de 2017, ele disse que o objetivo &eacute; mudar o atrativo que os estados oferecem aos empres&aacute;rios. &ldquo;Em vez de usar o ICMS para fazer incentivos, os estados poder&atilde;o oferecer infraestrutura, que reduz o custo das empresas&rdquo;, declarou.</p> <p> Mantega disse ainda que a reivindica&ccedil;&atilde;o dos governadores para reduzir a parcela da d&iacute;vida que os estados pagam todos os meses &agrave; Uni&atilde;o pode ser acatada, desde que o governo encontre alguma maneira de n&atilde;o alterar a Lei de Responsabilidade Fiscal. &ldquo;Se encontrarmos um caminho que n&atilde;o implique mudan&ccedil;a na Lei de Responsabilidade Fiscal, podemos trilhar esse caminho. Caso contr&aacute;rio, poder&aacute; comprometer a solidez fiscal&rdquo;, destacou.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> acordo com governadores alíquota do ICMS Economia Guerra fiscal ministério da fazenda ministro Mantega novo ICMS redução da alíquota segurança jurídica stf Supremo Tribinal Federal Wed, 07 Nov 2012 20:57:49 +0000 davi.oliveira 707417 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/