funcionários com deficiência https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/146098/all pt-br Atualizada - MPT aciona CPFL por tratamento diferenciado a funcionários com deficiência https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-26/atualizada-mpt-aciona-cpfl-por-tratamento-diferenciado-funcionarios-com-deficiencia <div class="content"> <p> Fl&aacute;via Albuquerque<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo - O Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho (MPT) entrou com a&ccedil;&atilde;o civil p&uacute;blica na Justi&ccedil;a do Trabalho de Campinas contra a Companhia Paulista de For&ccedil;a e Luz (CPFL) por considerar que a empresa d&aacute; tratamento diferenciado aos funcion&aacute;rios com defici&ecirc;ncia com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;queles sem defici&ecirc;ncia. Segundo a a&ccedil;&atilde;o, os trabalhadores com necessidades especiais recebem sal&aacute;rios menores e t&ecirc;m jornada de trabalho n&atilde;o previstas em acordo coletivo com o sindicato.</p> <p> Ao todo, o MPT pede que sejam pagos pela empresa R$ 3 milh&otilde;es de indeniza&ccedil;&atilde;o por danos morais coletivos, al&eacute;m de mais R$ 3 milh&otilde;es de diferen&ccedil;as salariais devidas aos deficientes.</p> <p> De acordo com o procurador do Trabalho em Campinas, Alex Duboc Gardellini, em 2007 a empresa aceitou fazer um acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Ind&uacute;stria de Energia El&eacute;trica de Campinas e Regi&atilde;o (Stieec), Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho e Minist&eacute;rio do Trabalho e Emprego, no qual se comprometia a cumprir a cota de contrata&ccedil;&atilde;o de trabalhadores portadores de defici&ecirc;ncia prevista na Lei 8.213/91.</p> <p> &ldquo;Na &eacute;poca, a empresa alegou que n&atilde;o havia pessoas qualificadas para as fun&ccedil;&otilde;es e ficou acordado que a CPFL teria dois anos, prorrog&aacute;veis por mais um, para contratar e qualificar os funcion&aacute;rios para preencher a cota&rdquo;.</p> <p> Durante esse per&iacute;odo, a CPFL teve a permiss&atilde;o para contratar as pessoas por quatro horas di&aacute;rias e sal&aacute;rio proporcional. Ao fim do prazo, durante o qual passariam por programa de qualifica&ccedil;&atilde;o, todos os funcion&aacute;rios deveriam ser contratados para o per&iacute;odo regular de oito horas e ter o sal&aacute;rio reajustado de acordo com a jornada. &nbsp;&ldquo;Entretanto, o prazo se encerrou em 2010 e os funcion&aacute;rios continuaram na mesma condi&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse Duboc.</p> <p> O procurador explicou ainda que foram feitas audi&ecirc;ncias e, depois de fiscaliza&ccedil;&otilde;es, o MPT resolveu entrar com a a&ccedil;&atilde;o, pedindo a contrata&ccedil;&atilde;o regular de 100 pessoas nessas condi&ccedil;&otilde;es. &nbsp;&ldquo;Tem que ter contrato de trabalho adequado a oito horas e piso salarial de acordo. Tudo isso pago &nbsp;retroativamente a 2010. A CPFL vai ter que pagar a diferen&ccedil;a desde a &eacute;poca em deveria ter regularizado&rdquo;.</p> <p> A audi&ecirc;ncia est&aacute; prevista para fevereiro. Em caso de condena&ccedil;&atilde;o, a indeniza&ccedil;&atilde;o por danos coletivos ser&aacute; destinada ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e as diferen&ccedil;as salariais pagas diretamente aos trabalhadores prejudicados. O processo tramita na 11&ordf; Vara do Trabalho de Campinas.</p> <p> A CPFL foi privatizada em 1997 e &eacute; controlada, desde ent&atilde;o, pela VBC Energia (integrado por Grupo Votorantin, Bradesco e Camargo Correa), pelo Fundo de Pens&atilde;o dos Funcion&aacute;rios do Banco do Brasil (Previ) e pela Bonaire Participa&ccedil;&otilde;es (que re&uacute;ne os fundos de pens&atilde;o Funcesp, Sistel, Petros e Sabesprev).</p> <p> Em resposta &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, a CPFL negou a exist&ecirc;ncia de conduta trabalhista discriminat&oacute;ria contra funcion&aacute;rios com defici&ecirc;ncia e informou que vai cumprir as exig&ecirc;ncias do acordo a partir de 1&ordm; de novembro, promovendo &ldquo;a migra&ccedil;&atilde;o da jornada de trabalho de todos os colaboradores que quiserem e que n&atilde;o tenham impedimentos m&eacute;dicos para estender a jornada de trabalho&rdquo;.</p> <p> A empresa alega tratar-se de uma antecipa&ccedil;&atilde;o do compromisso, porque o acordo com o sindicato da categoria prev&ecirc; prazo at&eacute; 31 de dezembro de 2012 para adequa&ccedil;&atilde;o de sal&aacute;rios e hor&aacute;rios dos funcion&aacute;rios com defici&ecirc;ncia. Informa tamb&eacute;m que os benef&iacute;cios pagos a esses colaboradores s&atilde;o os mesmos daqueles que cumprem jornadas de oito horas.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira // Mat&eacute;rial atualizada&nbsp; para incluir resposta da CPFL, recebida somente ap&oacute;s a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-10-26/mpt-aciona-cpfl-por-tratamento-diferenciado-funcionarios-com-deficiencia" target="_blank">primeira publica&ccedil;&atilde;o</a></em></p> </div> Bonaire Participações Cidadania Companhia Paulista de Força e Luz CPFL discriminação contra deficientes funcionários com deficiência Justiça do Trabalho MPT Previ VBC Energia Fri, 26 Oct 2012 20:25:47 +0000 davi.oliveira 706397 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ MPT aciona CPFL por tratamento diferenciado a funcionários com deficiência https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-26/mpt-aciona-cpfl-por-tratamento-diferenciado-funcionarios-com-deficiencia <p> Fl&aacute;via Albuquerque<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo - O Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho (MPT) entrou com a&ccedil;&atilde;o civil p&uacute;blica na Justi&ccedil;a do Trabalho de Campinas contra a Companhia Paulista de For&ccedil;a e Luz (CPFL) por considerar que a empresa d&aacute; tratamento diferenciado aos funcion&aacute;rios com defici&ecirc;ncia com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;queles sem defici&ecirc;ncia. Segundo a a&ccedil;&atilde;o, os trabalhadores com necessidades especiais recebem sal&aacute;rios menores e t&ecirc;m jornada de trabalho n&atilde;o previstas em acordo coletivo com o sindicato.</p> <p> Ao todo, o MPT pede que sejam pagos pela empresa R$ 3 milh&otilde;es de indeniza&ccedil;&atilde;o por danos morais coletivos, al&eacute;m de mais R$ 3 milh&otilde;es de diferen&ccedil;as salariais devidas aos deficientes.</p> <p> De acordo com o procurador do Trabalho em Campinas, Alex Duboc Gardellini, em 2007 a empresa aceitou fazer um acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Ind&uacute;stria de Energia El&eacute;trica de Campinas e Regi&atilde;o (Stieec), Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho e Minist&eacute;rio do Trabalho e Emprego, no qual se comprometia a cumprir a cota de contrata&ccedil;&atilde;o de trabalhadores portadores de defici&ecirc;ncia prevista na Lei 8.213/91.</p> <p> &ldquo;Na &eacute;poca, a empresa alegou que n&atilde;o havia pessoas qualificadas para as fun&ccedil;&otilde;es e ficou acordado que a CPFL teria dois anos, prorrog&aacute;veis por mais um, para contratar e qualificar os funcion&aacute;rios para preencher a cota&rdquo;.</p> <p> Durante esse per&iacute;odo, a CPFL teve a permiss&atilde;o para contratar as pessoas por quatro horas di&aacute;rias e sal&aacute;rio proporcional. Ao fim do prazo, durante o qual passariam por programa de qualifica&ccedil;&atilde;o, todos os funcion&aacute;rios deveriam ser contratados para o per&iacute;odo regular de oito horas e ter o sal&aacute;rio reajustado de acordo com a jornada. &nbsp;&ldquo;Entretanto, o prazo se encerrou em 2010 e os funcion&aacute;rios continuaram na mesma condi&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse Duboc.</p> <p> O procurador explicou ainda que foram feitas audi&ecirc;ncias e, depois de fiscaliza&ccedil;&otilde;es, o MPT resolveu entrar com a a&ccedil;&atilde;o, pedindo a contrata&ccedil;&atilde;o regular de 100 pessoas nessas condi&ccedil;&otilde;es. &nbsp;&ldquo;Tem que ter contrato de trabalho adequado a oito horas e piso salarial de acordo. Tudo isso pago &nbsp;retroativamente a 2010. A CPFL vai ter que pagar a diferen&ccedil;a desde a &eacute;poca em deveria ter regularizado&rdquo;.</p> <p> A audi&ecirc;ncia est&aacute; prevista para fevereiro. Em caso de condena&ccedil;&atilde;o, a indeniza&ccedil;&atilde;o por danos coletivos ser&aacute; destinada ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e as diferen&ccedil;as salariais pagas diretamente aos trabalhadores prejudicados. O processo tramita na 11&ordf; Vara do Trabalho de Campinas.</p> <p> A CPFL foi procurada, mas at&eacute; a publica&ccedil;&atilde;o desta mat&eacute;ria n&atilde;o havia se pronunciado. A empresa foi privatizada em 1997 e &eacute; controlada, desde ent&atilde;o, pela VBC Energia (integrado por Grupo Votorantin, Bradesco e Camargo Correa), pelo Fundo de Pens&atilde;o dos Funcion&aacute;rios do Banco do Brasil (Previ) e pela Bonaire Participa&ccedil;&otilde;es (que re&uacute;ne os fundos de pens&atilde;o Funcesp, Sistel, Petros e Sabesprev).</p> <p> Em resposta enviada posteriormente &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, a CPFL negou a exist&ecirc;ncia de conduta trabalhista discriminat&oacute;ria contra funcion&aacute;rios com defici&ecirc;ncia e informou que vai cumprir as exig&ecirc;ncias do acordo a partir de 1&ordm; de novembro, promovendo &ldquo;a migra&ccedil;&atilde;o da jornada de trabalho de todos os colaboradores que quiserem e que n&atilde;o tenham impedimentos m&eacute;dicos para estender a jornada de trabalho&rdquo;.</p> <p> A empresa alega tratar-se de uma antecipa&ccedil;&atilde;o do compromisso, porque o acordo com o sindicato da categoria prev&ecirc; prazo at&eacute; 31 de dezembro de 2012 para adequa&ccedil;&atilde;o de sal&aacute;rios e hor&aacute;rios dos funcion&aacute;rios com defici&ecirc;ncia. Informa tamb&eacute;m que os benef&iacute;cios pagos a esses colaboradores s&atilde;o os mesmos daqueles que cumprem jornadas de oito horas.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira // Mat&eacute;rial atualizada &agrave;s 18h10 para incluir resposta da CPFL</em></p> Bonaire Participações Cidadania Companhia Paulista de Força e Luz CPFL discriminação contra deficientes funcionários com deficiência Justiça do Trabalho MPT Previ VBC Energia Fri, 26 Oct 2012 17:38:47 +0000 davi.oliveira 706386 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/