quebra de safra no Nordeste https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/146009/all pt-br Estiagem provoca alta de preços em municípios da Paraíba https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-25/estiagem-provoca-alta-de-precos-em-municipios-da-paraiba <p> Mariana Tokarnia<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A seca na Para&iacute;ba causou a perda de 40% do rebanho animal e 90% da safra agr&iacute;cola, de acordo com dados do governo paraibano. A falta de chuva no estado atinge cerca de 60 mil produtores e causa preju&iacute;zos tamb&eacute;m na hora de comprar: nos munic&iacute;pios em estado de emerg&ecirc;ncia, produtos agropecu&aacute;rios, alimentos e &aacute;gua tiveram quase 50% de aumento. &nbsp; &nbsp;</p> <p> Na Para&iacute;ba, agricultura e pecu&aacute;ria s&atilde;o voltados principalmente para a subsist&ecirc;ncia. De acordo com o secret&aacute;rio de Desenvolvimento da Agropecu&aacute;ria e da Pesca, Marenilson Batista, a atividade agr&iacute;cola representa apenas 6% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, &ldquo;mas, em pequenas cidades, &eacute; a &uacute;nica economia que existe&rdquo;.</p> <p> Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; pecu&aacute;ria, al&eacute;m da redu&ccedil;&atilde;o dos rebanhos, h&aacute; queda de 70% da produ&ccedil;&atilde;o adquirida pelo Programa do Leite, que atende a 120 mil fam&iacute;lias no estado. &nbsp;</p> <p> Em Areial, um dos 195 munic&iacute;pios em estado de emerg&ecirc;ncia, os criadores est&atilde;o se desfazendo do gado e a produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola foi 70% menor que a esperada. &ldquo;A &uacute;ltima chuva foi h&aacute; tr&ecirc;s meses. S&oacute; deve chover daqui a quatro, e a nossa situa&ccedil;&atilde;o j&aacute; &eacute; bastante cr&iacute;tica&rdquo;, &nbsp;diz Irandir Balbino de Oliveira, diretor de Agricultura do munic&iacute;pio.</p> <p> Segundo o diretor, o aumento dos pre&ccedil;os &eacute; um grave problema que a cidade enfrenta devido &agrave; seca. Uma medida de palma (principal alimento do gado) custava R$ 150 no mesmo per&iacute;odo do ano passado. Agora, a mais barata custa R$ 300. O farelo de milho subiu de R$ 20 para R$ 25 e o trigo passou de R$ 25 para R$ 30.</p> <p> A carestia &eacute; sentida tamb&eacute;m em S&atilde;o Jo&atilde;o do Cariri, uma das regi&otilde;es mais atingidas pela seca. L&aacute;, de acordo com o chefe de gabinete da prefeitura, Joselito Ara&uacute;jo, n&atilde;o chove desde o ano passado, e com isso n&atilde;o foi poss&iacute;vel plantar. Os moradores t&ecirc;m que comprar alimentos de outros munic&iacute;pios e pagar caro por eles, sobretudo o feij&atilde;o. &ldquo;As terras est&atilde;o aradas, esperando o plantio, esperando a chuva. Enquanto isso, no mercado, os pre&ccedil;os est&atilde;o muito altos&rdquo;, diz.</p> <p> Para amenizar a situa&ccedil;&atilde;o, o governo federal anunciou em abril deste ano <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-23/governo-anuncia-liberacao-de-r-27-bilhoes-para-acoes-de-combate-seca-no-nordeste" target="_blank">investimento de R$ 2,7 bilh&otilde;es em a&ccedil;&otilde;es emergenciais para reduzir os impactos da estiagem no pa&iacute;s</a>. Os servi&ccedil;os de defesa civil do estado e nacional j&aacute; vinham trabalhando com o Ex&eacute;rcito nas localidades mais cr&iacute;ticas, mas agora a a&ccedil;&atilde;o deve se intensificar. &nbsp;</p> <p> De acordo com o governo estadual, na pr&oacute;xima semana ser&atilde;o instalados 480 postos de abastecimento na zona rural. Ao todo, ser&atilde;o disponibilizados 298 carros-pipa. O estado enfrenta ainda racionamento de &aacute;gua em cidades litor&acirc;neas, onde a seca tamb&eacute;m deve ser uma amea&ccedil;a nos pr&oacute;ximos meses. Para a pecu&aacute;ria, ser&aacute; distribu&iacute;da ra&ccedil;&atilde;o para os locais mais cr&iacute;ticos, e nos demais, haver&aacute; subs&iacute;dio de 50% no valor dos produtos utilizados para a atividade.</p> <p> Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o de grandes chuvas at&eacute; o final do ano e, portanto, a seca continua. &ldquo;As expectativas n&atilde;o s&atilde;o animadoras&rdquo;, disse o chefe da Se&ccedil;&atilde;o de Previs&atilde;o do Tempo do Inmet Recife, Ednaldo Correia. A maior quantidade de chuva at&eacute; dezembro deve ocorrer no oeste do estado, com 50 mil&iacute;metros.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> estiagem falta de chuvas no Nordeste Inmet Nacional quebra de safra no Nordeste queda de produção Seca na Paraíba Seca no Nordeste Thu, 25 Oct 2012 18:33:07 +0000 davi.oliveira 706296 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/