bate papo com Érico Brás https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/145666/all pt-br Ator global que participa da Flaac critica pouco espaço para o negro na televisão brasileira https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-22/ator-global-que-participa-da-flaac-critica-pouco-espaco-para-negro-na-televisao-brasileira <p> Gabriel Palma<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/25/gallery_assist706018/prev/AgenciaBrasil221012DSC_3169.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Bras&iacute;lia - Horas antes da abertura do Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura 2012 (Flaac 2012), na Universidade de Bras&iacute;lia (UnB), estudantes de escolas p&uacute;blicas tiveram hoje (22) a oportunidade de ouvir o ator &Eacute;rico Br&aacute;s, que interpreta o papel do gar&ccedil;om Jurandir na s&eacute;rie Tapas &amp; Beijos, da Rede Globo. No encontro, ele reclamou do pequeno espa&ccedil;o que atores negros t&ecirc;m na televis&atilde;o brasileira.</p> <p> &Eacute;rico Br&aacute;s deu como exemplo a pr&oacute;pria s&eacute;rie onde atua. &ldquo;Sou o &uacute;nico negro do programa e, al&eacute;m disso, apare&ccedil;o em menos de 10% das cenas. Isso est&aacute; errado&rdquo;, disse. O ator volta &agrave; Flaac &agrave; noite, &agrave;s 18 horas, para ser o mestre de cerim&ocirc;nias do evento de abertura, no espa&ccedil;o Mandala Global Mestre Teodoro, e recitar poemas que contam a hist&oacute;ria da miscigena&ccedil;&atilde;o brasileira. Ele &eacute; baiano e sua forma&ccedil;&atilde;o se deu no Bando de Teatro Olodum, de Salvador, grupo conhecido pelo conte&uacute;do cr&iacute;tico do trabalho.&nbsp;</p> <p> A abertura do Flaac ocorre &agrave;s 18 horas, mas a partir das 16h j&aacute; h&aacute; programa&ccedil;&atilde;o, com o &nbsp;DJ Rumba tocando m&uacute;sica latina at&eacute; as 18h, no Espa&ccedil;o Livre Honestino Guimar&atilde;es. Enquanto isso, a banda de p&iacute;fano e percuss&atilde;o Z&eacute; do Pife e as Juvelinas se apresenta em cortejo no espa&ccedil;o do festival a partir das 17h30, para agregar as pessoas ao evento de abertura. &Agrave;s 18h, na Mandala Global Mestre Teodoro, a banda Na Veia da Nega toca com bailarinos.</p> <p> A discuss&atilde;o sobre discrimina&ccedil;&atilde;o racial, ideol&oacute;gica e religiosa, entre outras, est&aacute; presente no Flaac 2012, <a href="http://www.flaac2012.com.br/" target="_blank">cuja programa&ccedil;&atilde;o pode ser consultada na internet</a>. Os organizadores querem incentivar a reflex&atilde;o sobre a valoriza&ccedil;&atilde;o das etnias. &ldquo;N&oacute;s n&atilde;o reconhecemos que somos latino-americanos&rdquo;, disse o coordenador-geral do festival, Zulu Ara&uacute;jo, que tamb&eacute;m &eacute; negro.</p> <p> Zulu lembrou que o espa&ccedil;o escolhido para a palestra de Br&aacute;s e a conversa com os estudantes, pela manh&atilde;, a Oca dos Povos Ind&iacute;genas Darcy Ribeiro, &eacute; um exemplo de conviv&ecirc;ncia entre os diferentes. &ldquo;Ela [a oca] &eacute; toda feita de material org&acirc;nico&rdquo;, explicou. O coordenador tamb&eacute;m relacionou a vit&oacute;ria da pol&iacute;tica de cotas da UnB, que reserva vagas para mesti&ccedil;os e ind&iacute;genas, com a preocupa&ccedil;&atilde;o do festival de estimular a integra&ccedil;&atilde;o das culturas latinas e africanas.</p> <p> Durante as palestras do ator &Eacute;rico Br&aacute;s e de Zulu, os estudantes, todos do ensino m&eacute;dio de escolas p&uacute;blicas do Distrito Federal, reconheceram que o debate sobre os temas latinos e africanos est&aacute; presente de forma limitada no cotidiano deles. &ldquo;Temos o Dia da Consci&ecirc;ncia Negra, mas &eacute; preciso dar continuidade a esses trabalhos&rdquo;, disse Thiago Palma, de 17 anos, que cursa o terceiro ano do ensino m&eacute;dio em uma escola de Ceil&acirc;ndia, regi&atilde;o administrativa do Distrito Federal.</p> <p> As alunas Mirielle Tomaz, de 16 anos, e Kerollainy Lopes, de 18 anos, querem conhecer a cultura da Am&eacute;rica Latina e a da &Aacute;frica. &ldquo;&Eacute; interessante, &eacute; diferente&rdquo;, disse Mirielle. &ldquo;Quero aprender sobre a universidade e sobre essas culturas, &agrave;s quais n&atilde;o tenho acesso&rdquo;, acrescentou Kerollainy.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> abertura do Flaac ator negro Bando de Teatro Olodum bate papo com Érico Brás Cultura Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura 2012 Flaac 2012 Mon, 22 Oct 2012 18:05:55 +0000 davi.oliveira 706028 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/