visto para negócios https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/145101/all pt-br Empresários brasileiros e norte-americanos querem facilidade para aumentar intercâmbio comercial https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-15/empresarios-brasileiros-e-norte-americanos-querem-facilidade-para-aumentar-intercambio-comercial <p> Pedro Peduzzi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - Enquanto Brasil e Estados Unidos divergem sobre a&ccedil;&otilde;es protecionistas e deixam fora de pauta qualquer negocia&ccedil;&atilde;o para acordo de livre com&eacute;rcio, representantes empresariais dos dois pa&iacute;ses tentam avan&ccedil;ar na dire&ccedil;&atilde;o de acordos setoriais e do fim da bitributa&ccedil;&atilde;o. Em meio a isso, h&aacute; tamb&eacute;m o interesse dos dois pa&iacute;ses em facilitar a obten&ccedil;&atilde;o de vistos para turistas e para viagens de neg&oacute;cios.</p> <p> &ldquo;H&aacute; muitas empresas brasileiras investindo nos Estados Unidos que acabam tendo sua competitividade prejudicada pela bitributa&ccedil;&atilde;o. Elas acabam recolhendo impostos l&aacute; e, depois, tamb&eacute;m no Brasil&rdquo;, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional da Ind&uacute;stria (CNI), Carlos Eduardo Abijaodi, hoje (15), em Bras&iacute;lia, durante reuni&atilde;o plen&aacute;ria do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu).</p> <p> Apesar do interesse empresarial e dos acenos dos governos dos dois pa&iacute;ses no sentido de diminuir a bitributa&ccedil;&atilde;o, Abijaodi considera que a quest&atilde;o n&atilde;o &eacute; t&atilde;o simples de ser resolvida, porque os governos n&atilde;o querem perder receita. &ldquo;Livre com&eacute;rcio &eacute; ainda complicado, mas ningu&eacute;m desistiu disso. Enquanto n&atilde;o acontece, podemos estreitar as rela&ccedil;&otilde;es por meio de acordos setoriais&rdquo;, completou.</p> <p> Segundo Abijaodi, a elimina&ccedil;&atilde;o de vistos de neg&oacute;cios est&aacute; bem pr&oacute;xima de se concretizar. &ldquo;Os vistos para homens de neg&oacute;cios est&atilde;o mais adiantados, com bom andamento por parte do governo brasileiro. Mas precisamos ainda nos adaptar &agrave; quest&atilde;o da reciprocidade, de forma a assimilar o que j&aacute; &eacute; feito pelos Estados Unidos, que t&ecirc;m mais estrutura. Isso exige, do Brasil, aparelhamento e adapta&ccedil;&atilde;o da nossa forma de imigra&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p> Para o presidente da se&ccedil;&atilde;o brasileira do Cebeu, Frederico Curado, essa aproxima&ccedil;&atilde;o de interesses entre os dois pa&iacute;ses n&atilde;o impede outros acordos do Brasil. &ldquo;O potencial econ&ocirc;mico envolvendo Brasil e Estados Unidos ainda &eacute; significantemente inexplorado. O Brasil n&atilde;o precisa deixar o Mercosul para estabelecer acordo de livre com&eacute;rcio real com os Estados Unidos. Queremos permanecer para sempre no Mercosul&rdquo;, explicou.</p> <p> O presidente da se&ccedil;&atilde;o norte-americana do conselho, Greg Page, diz que as quest&otilde;es envolvendo facilidades para a obten&ccedil;&atilde;o de vistos envolve &ldquo;medidas complicadas, mas fact&iacute;veis&rdquo;. Segundo ele, investimentos de US$ 40 milh&otilde;es do governo do seu pa&iacute;s para o fornecimento de vistos a brasileiros j&aacute; est&atilde;o eliminando as filas para obten&ccedil;&atilde;o do documento em S&atilde;o Paulo. &ldquo;H&aacute; alguns anos, ningu&eacute;m nos dois pa&iacute;ses achava que se poderia avan&ccedil;ar nesse ponto&rdquo;, disse.</p> <p> Segundo o presidente da se&ccedil;&atilde;o brasileira do F&oacute;rum de Altos Executivos Brasil-Estados Unidos, Josu&eacute; Gomes da Silva, h&aacute; um &ldquo;<em>boom</em> de investimentos privados&rdquo; envolvendo os dois pa&iacute;ses. &ldquo;Talvez estejamos vivendo o melhor momento hist&oacute;rico na rela&ccedil;&atilde;o bilateral. Poder&iacute;amos estar melhores se n&atilde;o estiv&eacute;ssemos vivenciando essa crise internacional. O importante &eacute; que somos muito mais parceiros do que concorrentes - inclusive para abastecer, com alimentos e de forma complementar, o mundo&rdquo;, disse.</p> <p> Secret&aacute;ria de Com&eacute;rcio Exterior do Minist&eacute;rio do Desenvolvimento, Ind&uacute;stria e Com&eacute;rcio Exterior, Tatiana Prazeres disse que o di&aacute;logo com o setor privado &ldquo;&eacute; o &uacute;nico caminho para se ampliar o potencial da rela&ccedil;&atilde;o comercial entre os dois pa&iacute;ses&rdquo;. Ela se disse otimista com a amplia&ccedil;&atilde;o de bolsistas brasileiros naquele pa&iacute;s. &ldquo;At&eacute; o ano passado, apenas 5 mil bolsistas estavam fora do Brasil. Nos pr&oacute;ximos quatro anos, 100 mil estudantes brasileiros ter&atilde;o viv&ecirc;ncia nos Estados Unidos&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> acordo de livre comércio CNI comércio Brasil e Estados Unidos Confederação Nacional da Indústria Conselho Empresarial Brasil Estados Unidos Economia fim da bitributação Fórum de Altos Executivos Brasil Estados Unidos visto para negócios Mon, 15 Oct 2012 22:08:56 +0000 davi.oliveira 705582 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/