Universidade Federal da Bahia https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/144460/all pt-br Cientista político vê polarização na disputa pela prefeitura de Salvador https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-07/cientista-politico-ve-polarizacao-na-disputa-pela-prefeitura-de-salvador <p> <img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/selo_ABR_eleicoes2012.png" style="width: 720px; height: 116px;" /></p> <p> Ivan Richard<br /> <em>Enviado Especial</em></p> <p> Salvador (BA) - A disputa entre o governo e a oposi&ccedil;&atilde;o no Congresso Nacional ditar&aacute; o tom da corrida pela prefeitura de Salvador, capital baiana. A avalia&ccedil;&atilde;o &eacute; do cientista pol&iacute;tico e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Paulo F&aacute;bio Dantas.</p> <p> Para ele, apesar de os candidatos soteropolitanos defenderem propostas para a melhoria da cidade, o que realmente est&aacute; por tr&aacute;s do jogo pol&iacute;tico na capital da Bahia &eacute; a quest&atilde;o pol&iacute;tico-partid&aacute;ria.</p> <p> &ldquo;As diferen&ccedil;as de programas e propostas s&atilde;o impercept&iacute;veis. Todo mundo fala o que as pesquisas apontam, o que &eacute; importante, mas o que os diferencia &eacute; a pol&iacute;tica&rdquo;, disse Dantas &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> De acordo com o cientista pol&iacute;tico, apesar de no in&iacute;cio da campanha os discursos dos candidatos explorarem as quest&otilde;es locais, com a proximidade da elei&ccedil;&atilde;o o debate mudou. &nbsp;&ldquo;H&aacute; um polariza&ccedil;&atilde;o. Um candidato expressa claramente ser de um campo pol&iacute;tico pr&oacute;-governo federal, enquanto outro tem o perfil da oposi&ccedil;&atilde;o nacional. As cores est&atilde;o nacionalizadas&rdquo;, ressaltou.</p> <p> Esse debate pol&iacute;tico, em vez do program&aacute;tico, pode ser prejudicial para a cidade, na vis&atilde;o do diretor da Escola Polit&eacute;cnica da UFBA, Luis Edmundo Campos. Para ele, os programas dos candidatos e partidos geralmente s&atilde;o parecidos, mas ap&oacute;s a elei&ccedil;&atilde;o as prioridades n&atilde;o s&atilde;o executadas.</p> <p> &ldquo;O que tenho observado &eacute; que no processo eleitoral as proposta s&atilde;o semelhantes. Os candidatos prometem o que &eacute; fundamental, mas h&aacute; uma diferen&ccedil;a entre prometer e fazer&rdquo;, analisou.</p> <p> Para ele, o tr&acirc;nsito &eacute; hoje um dos principais problema de Salvador. E uma alternativa para aliviar o fluxo na cidade poderia ser o metr&ocirc;, mas a obra se arrasta h&aacute; mais de dez anos e ainda n&atilde;o foi implementada. &ldquo;A quest&atilde;o do tr&acirc;nsito acaba deixando a qualidade de vida muito degradada. Leva-se muito mais tempo para se deslocar na cidade&rdquo;, argumentou.</p> <p> O crescimento da frota de ve&iacute;culos e a falta de planejamento s&atilde;o apontados pelo diretor da Escola Polit&eacute;cnica como os principais respons&aacute;veis pelo tr&acirc;nsito ca&oacute;tico da capital. &ldquo;Temos um problema do aumento de ve&iacute;culos nas ruas, mas tamb&eacute;m falta infraestrutura. H&aacute; muito tempo n&atilde;o se investe. Falta planejamento.&rdquo;</p> <p> Para Campos, o estado, n&atilde;o apenas a prefeitura, deveria investir nas pequenas e m&eacute;dias cidades para tentar diminuir o &ecirc;xodo das pessoas para os grandes centros, como Salvador. Segundo ele, com a falta de oportunidades nesses locais, as pessoas acabam buscando nas capitais melhores condi&ccedil;&otilde;es de vida.</p> <p> De acordo com o diretor, quando esse sonho fracassa, as pessoas t&ecirc;m que buscar moradia em lugares mais distantes ou em zonas de risco, por exemplo. Em Salvador j&aacute; h&aacute; mais de 600 &aacute;reas de risco de deslizamento. &ldquo;As pessoas vivem nessas &aacute;reas n&atilde;o por op&ccedil;&atilde;o, mas por falta de op&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse.</p> <p> &ldquo;Essa quest&atilde;o da moradia &eacute; um problema de politica nacional. N&atilde;o h&aacute; motiva&ccedil;&atilde;o para as pessoas ficarem no campo. As pessoas n&atilde;o t&ecirc;m muito trabalho no campo e v&atilde;o para a cidade. Hoje, 80%, 90% da popula&ccedil;&atilde;o est&atilde;o nas cidades e as cidades n&atilde;o suportam&rdquo;, frisou Campos. &ldquo;Enquanto n&atilde;o forem oferecidas condi&ccedil;&otilde;es de vida para mudar esse fluxo, n&atilde;o resolveremos o problema&rdquo;, destacou.</p> <p> Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</p> Agência Brasil Bahia capital cientista político EBC eleição eleições 2012 polarização Política professor Salvador TRE Tribunal Regional Eleitoral UFBA Universidade Federal da Bahia Sun, 07 Oct 2012 12:26:30 +0000 gracaadjuto 704764 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/