Plus One https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/144306/all pt-br Brasil evolui em produção científica na área de tuberculose, mas falta inovação, diz estudo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-04/brasil-evolui-em-producao-cientifica-na-area-de-tuberculose-mas-falta-inovacao-diz-estudo <p> Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - Estudo publicado na edi&ccedil;&atilde;o deste m&ecirc;s do jornal cient&iacute;fico internacional <em> Plus One</em> mostra que o Brasil evoluiu muito em termos de produ&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica na &aacute;rea da tuberculose, mas n&atilde;o houve a contrapartida necess&aacute;ria em termos de inova&ccedil;&atilde;o.</p> <p> O Brasil saiu de 1% de participa&ccedil;&atilde;o em artigos cient&iacute;ficos sobre tuberculose no mundo, em 1995, atingindo 5% de participa&ccedil;&atilde;o em 2010. Essa evolu&ccedil;&atilde;o, por&eacute;m, n&atilde;o foi acompanhada pelo n&uacute;mero de pedidos de patentes depositados por pesquisadores nacionais no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), &oacute;rg&atilde;o do Minist&eacute;rio do Desenvolvimento, Ind&uacute;stria e Com&eacute;rcio Exterior (MDIC), disse hoje (4) &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> o pesquisador do instituto, Alexandre Guimar&atilde;es Vasconcellos. Ele assina o estudo junto com Carlos Medicis Morel, da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz (Fiocruz). Foram depositados 18 pedidos de patentes relacionadas &agrave; tuberculose no per&iacute;odo.</p> <p> &ldquo;Da mesma forma que o esfor&ccedil;o de publica&ccedil;&otilde;es de artigos est&aacute; concentrada nas universidades do Sudeste do pa&iacute;s, s&atilde;o esses mesmos atores institucionais que depositam as patentes. Ent&atilde;o, a participa&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria ainda &eacute; muito pequena: menos de 20% dos dep&oacute;sitos de patentes t&ecirc;m envolvimento da ind&uacute;stria&rdquo;, disse Vasconcellos. Isso gera uma preocupa&ccedil;&atilde;o, segundo o pesquisador do INPI, porque &ldquo;n&atilde;o &eacute; adequado esperar que a universidade, sozinha, v&aacute; conseguir levar novos produtos para o mercado&rdquo;.</p> <p> O trabalho efetuado pelos pesquisadores do INPI e da Fiocruz identificou a exist&ecirc;ncia de um gargalo no sistema, que &eacute; a baixa participa&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria nesse processo. Entre os caminhos sugeridos para pensar pol&iacute;ticas p&uacute;blicas que solucionem o problema destaca-se o apoio a projetos estruturantes, que permitam ao pa&iacute;s inovar na &aacute;rea da sa&uacute;de, como os que v&ecirc;m sendo feitos pelo Programa Brasil Maior, do governo federal, e pelo pr&oacute;prio Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.</p> <p> Um desses projetos &eacute; o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia e Sa&uacute;de (CDTS), que vem sendo constru&iacute;do na Fiocruz, com foco em inova&ccedil;&atilde;o. O trabalho indica a necessidade de articular as compet&ecirc;ncias nacionais existentes e promover a integra&ccedil;&atilde;o entre ind&uacute;stria e universidade. &ldquo;A intensa produ&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica que a gente est&aacute; desenvolvendo ainda n&atilde;o est&aacute; se transformando em novos produtos protegidos por patentes&rdquo;, disse.</p> <p> Dos 18 dep&oacute;sitos de patentes de nacionais efetuados no Inpi, oito foram indeferidos ou arquivados. Os dez restantes est&atilde;o andamento. &ldquo;A gente tem mais de 800 artigos publicados no per&iacute;odo e n&atilde;o tem nenhuma patente concedida nesse setor&rdquo;. Dos cerca de 28 mil estudos publicados no mundo, 860 s&atilde;o de autores brasileiros. Para Vasconcellos, &eacute; preciso que a produ&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica se transforme em inova&ccedil;&atilde;o. Ele considera isso fundamental, no caso da tuberculose, para atacar um s&eacute;rio problema de sa&uacute;de p&uacute;blica brasileiro.</p> <p> Vasconcelos explicou que para ter parceria entre universidades e empresas h&aacute; necessidade de uma ampla participa&ccedil;&atilde;o dessas duas institui&ccedil;&otilde;es. &ldquo;O que a gente mostra &eacute; que a participa&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria no nosso pa&iacute;s, em termos de dep&oacute;sitos nessa &aacute;rea, &eacute; inferior a 20%. E a universidade, sozinha, n&atilde;o tem estrutura de f&aacute;brica&rdquo;, disse. Para ele, a universidade n&atilde;o vai conseguir levar novos produtos para o mercado, pois precisa da empresa e de projetos como o do CDTS.</p> <p> &ldquo;&Eacute; preciso criar essa infraestrutura no pa&iacute;s para que essa intensa produ&ccedil;&atilde;o de conhecimento gerada possa desaguar em inova&ccedil;&otilde;es &uacute;teis e fundamentais para enfrentar os desafios da sa&uacute;de p&uacute;blica no pa&iacute;s&rdquo;, defendeu o pesquisador do Inpi.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> artigo científico CDTS fiocruz Inovação Inpi Instituto Nacional da Propriedade Industrial jornal científico patente pedidos de patente Pesquisa e Inovação Plus One produção científica tuberculose Thu, 04 Oct 2012 21:36:00 +0000 fabio.massalli 704603 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/