Comissão Nacional da Biodiversidade https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/143962/all pt-br Brasil não tem acordo sobre duas metas de conservação da biodiversidade https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-10-01/brasil-nao-tem-acordo-sobre-duas-metas-de-conservacao-da-biodiversidade <p align="justify"> Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em><br /> &nbsp;</p> <p align="justify"> Bras&iacute;lia &ndash; Representantes brasileiros n&atilde;o conseguiram acordo em pelo menos duas das 20 Metas de Aichi &ndash; diretrizes criadas em 2010 para garantir a conserva&ccedil;&atilde;o da biodiversidade do planeta. Entre os dias 8 e 19 de outubro, o Brasil e mais de 190 pa&iacute;ses v&atilde;o apresentar, durante a 11&ordf; Confer&ecirc;ncia das Partes da Conven&ccedil;&atilde;o sobre Diversidade Biol&oacute;gica, a COP-11, em Hyderabad, na &Iacute;ndia, como est&atilde;o incorporando estas orienta&ccedil;&otilde;es criadas na &uacute;ltima conven&ccedil;&atilde;o, que ocorreu em Nag&oacute;ia, no Jap&atilde;o.</p> <p align="justify"> Especialistas apostam que o Brasil se destacar&aacute; no encontro da pr&oacute;xima semana, com resultados mais avan&ccedil;ados na ado&ccedil;&atilde;o e nos debates sobre as metas adotadas pelo governo e setor privado. Mas a delega&ccedil;&atilde;o brasileira n&atilde;o conseguiu consenso em pontos que devem ter destaque nos debates, como, por exemplo, a defini&ccedil;&atilde;o sobre o percentual m&iacute;nimo de unidades de conserva&ccedil;&atilde;o que deve ser implantada em cada bioma do pa&iacute;s.</p> <p align="justify"> A amplia&ccedil;&atilde;o do sistema de &aacute;reas protegidas no mundo deve ser um dos principais debates entre os pa&iacute;ses signat&aacute;rios do acordo. Pelo documento de Aichi, 17% das &aacute;reas terrestres e de &aacute;guas continentais e 10% das &aacute;reas marinhas e costeiras ter&atilde;o de estar protegidas por sistemas de prote&ccedil;&atilde;o at&eacute; 2020.</p> <p align="justify"> O relat&oacute;rio do Departamento de &Aacute;reas Protegidas do Minist&eacute;rio do Meio Ambiente, apresentado na &uacute;ltima reuni&atilde;o da Comiss&atilde;o Nacional da Biodiversidade (Conabio), na semana passada, apontou que o pa&iacute;s tem, hoje, 16,8% da &aacute;rea terrestre conservada. Mas a prote&ccedil;&atilde;o da &aacute;rea marinha n&atilde;o ultrapassa 1,5% do total.</p> <p align="justify"> &ldquo;Ter&iacute;amos que fazer esfor&ccedil;o muito grande para aumentar a &aacute;rea preservada em &aacute;reas marinhas. O que mais gera diverg&ecirc;ncia &eacute;&nbsp;o que &eacute; considerado unidade de conserva&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse Daniela Suarez Oliveira, diretora do Departamento de Biodiversidade do Minist&eacute;rio do Meio Ambiente.</p> <p align="justify"> Uma das quest&otilde;es ainda sem solu&ccedil;&atilde;o &eacute; a abrang&ecirc;ncia das unidades de conserva&ccedil;&atilde;o divulgadas pelo governo federal. Atualmente, a lista incorpora as unidades estaduais e federais, mas o setor produtivo agr&iacute;cola pede a inclus&atilde;o das &aacute;reas de preserva&ccedil;&atilde;o permanente (APPs) e reservas legais. &ldquo;Achamos que &eacute; coerente porque tem conserva&ccedil;&atilde;o. Mas existem d&uacute;vidas. Com o c&oacute;digo [Floretal] estas APPs e reserva legal v&atilde;o poder produzir esp&eacute;cies ex&oacute;ticas&rdquo;, explicou Daniela Oliveira.</p> <p align="justify"> Mesmo diante das indefini&ccedil;&otilde;es, o Brasil &eacute; um dos poucos pa&iacute;ses que disp&otilde;e de um Sistema Nacional de Unidades de Conserva&ccedil;&atilde;o. Algumas na&ccedil;&otilde;es sequer debatem a quest&atilde;o.</p> <p align="justify"> Os pontos nos quais o governo brasileiro conseguiu avan&ccedil;ar foram resultados de debates abertos promovidos no &uacute;ltimo ano, com universidades, empresas, pesquisadores e ambientalistas. O Brasil adotou duas frentes de debate: uma delas em consultas p&uacute;blicas sobre as metas de Aichi e outra em encontros com representantes de v&aacute;rios segmentos da sociedade, como governos estaduais, organiza&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais, povos ind&iacute;genas e comunidades tradicionais, entitulado <em>Di&aacute;logos sobre Biodiversidade: construindo a estrat&eacute;gia brasileira para 2020</em>.</p> <p align="justify"> Nestes debates ficaram indefinidas as estrat&eacute;gias necess&aacute;rias para cumprir a primeira meta de Aichi, que estabelece que at&eacute; 2020, as pessoas tenham mais conhecimento dos valores da biodiversidade e das medidas que poder&atilde;o tomar para conserv&aacute;-la e utiliz&aacute;-la de forma sustent&aacute;vel.</p> <p align="justify"> &ldquo;Mas como vamos fazer? Tem consenso sobre esta meta, mas n&atilde;o sobre como viabiliz&aacute;-la. Em um pa&iacute;s como o Brasil ser&aacute; que vamos conseguir que todos saibam [o que &eacute; a biodiversidade]?, pergunta Daniela Oliveira.</p> <p align="justify"> &nbsp;</p> <p align="justify"> Edi&ccedil;&atilde;o Beto Coura</p> 11ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica Comissão Nacional da Biodiversidade Conabio Conservação da biodiversidade COP11 Daniela Suarez Oliveira Departamento de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente Meio Ambiente Mon, 01 Oct 2012 16:59:58 +0000 alberto.coura 704336 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/