cisternas de polietileno https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/142094/all pt-br Governo usa tecnologias diferentes de cisternas no Semiárido e gera debate sobre modelo mais conveniente https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-09-04/governo-usa-tecnologias-diferentes-de-cisternas-no-semiarido-e-gera-debate-sobre-modelo-mais-convenie <p> Pedro Peduzzi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist702554/prev/news_50004_big_201003291514472784.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Bras&iacute;lia - Meio milh&atilde;o de fam&iacute;lias do Semi&aacute;rido brasileiro j&aacute; receberam cisternas de placas de concreto pelo Programa Cisternas, do Minist&eacute;rio do Desenvolvimento Social e Combate &agrave; Fome (MDS). Em outra frente de atua&ccedil;&atilde;o, pelo Minist&eacute;rio da Integra&ccedil;&atilde;o Nacional, o governo pretende instalar 300 mil cisternas at&eacute; 2014, mas adotando uma tecnologia diferente, a partir de um material pl&aacute;stico: o polietileno.</p> <p> A falta de padroniza&ccedil;&atilde;o tem gerado debate sobre a forma mais conveniente para se garantir o armazenamento de &aacute;gua no Semi&aacute;rido. H&aacute; diferen&ccedil;a de custo, velocidade e rela&ccedil;&atilde;o com a economia local na implanta&ccedil;&atilde;o do equipamento. Os problemas de manuten&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m s&atilde;o diferentes.</p> <p> Respons&aacute;vel por implantar as cisternas de concreto pelo programa do MDS, a Articula&ccedil;&atilde;o no Semi&aacute;rido Brasileiro (ASA) questiona as cisternas feitas de polietileno, principalmente por apresentarem deforma&ccedil;&otilde;es. Consultado pela <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, o Minist&eacute;rio da Integra&ccedil;&atilde;o diz que a margem de cisternas de polietileno que apresentam problemas &eacute; irris&oacute;ria, e &ldquo;est&aacute; entre zero e 1%&rdquo; do total j&aacute; disponibilizado.</p> <p> &ldquo;Enquanto uma cisterna de concreto custa cerca de R$ 2,2 mil, a de pl&aacute;stico custa pouco mais de R$ 5 mil. Al&eacute;m de serem mais caras, as cisternas de pl&aacute;stico t&ecirc;m apresentado mais problemas do que as de concreto&rdquo;, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> o presidente da ASA, Naidison Quintella. Entre os problemas apontados por ele, est&aacute; a ocorr&ecirc;ncia de furos e deforma&ccedil;&otilde;es.</p> <p> &ldquo;Ainda que n&atilde;o fa&ccedil;amos um monitoramento das cisternas de pl&aacute;stico, sabemos, por meio de queixas das comunidades, que elas apresentaram problemas em praticamente todos estados onde foram implementadas. Os problemas s&atilde;o semelhantes: elas afundam e apresentam deforma&ccedil;&otilde;es, principalmente na tampa&rdquo;, disse Quintella. &ldquo;Al&eacute;m disso, as de pl&aacute;stico n&atilde;o agregam muito &agrave; economia local porque, ao contr&aacute;rio das de concreto, n&atilde;o s&atilde;o constru&iacute;das nem reformadas a partir de materiais e m&atilde;o de obra das comunidades&rdquo;, acrescentou.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist702554/prev/depois-do-sol2.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: left;" />Segundo o Minist&eacute;rio da Integra&ccedil;&atilde;o, as argumenta&ccedil;&otilde;es apresentadas pela organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental (ONG) parceira do MDS n&atilde;o procedem, j&aacute; que das 17,8 mil cisternas de polietileno instaladas no Semi&aacute;rido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S&atilde;o Francisco e do Parna&iacute;ba (Codevasf), apenas 134 apresentaram deforma&ccedil;&otilde;es.</p> <p> &ldquo;Os casos ocorreram apenas nas cidades de Paulistana (PI), Estrela de Alagoas (AL), Cedro e Araripina (PE). Todas j&aacute; foram substitu&iacute;das&rdquo;, garantiu o Minist&eacute;rio da Integra&ccedil;&atilde;o Nacional, por meio da assessoria. Ainda segundo o minist&eacute;rio, as trocas foram feitas sem nenhum tipo de custo adicional para o beneficiado ou para o governo federal, j&aacute; que os procedimentos de substitui&ccedil;&atilde;o delas estava previsto no contrato com a empresa fabricante.&nbsp;</p> <p> A assessoria acrescenta que, para serem contratadas, essas empresas tamb&eacute;m tiveram de beneficiar a economia local por meio de contrapartidas, se instalando nas cidades-chave de Petrolina (PE), Penedo (AL), Teresina (PI) e Montes Claros (MG). H&aacute;, ainda a previs&atilde;o de elas se instalarem em Feira de Santana (BA) e em cidade do Cear&aacute; a ser definida. Al&eacute;m disso, a implanta&ccedil;&atilde;o do modelo pl&aacute;stico &eacute; mais r&aacute;pida, levando um dia, contra cinco da cisterna de concreto.</p> <p> Para a secret&aacute;ria nacional de Seguran&ccedil;a Alimentar e Nutricional do MDS, Maya Takagi, &ldquo;ambas as tecnologias s&atilde;o boas, iguais no objetivo de garantir acesso &agrave; &aacute;gua, pela popula&ccedil;&atilde;o do Semi&aacute;rido&quot;. Segundo ela, os dois tipos de cisternas s&atilde;o &agrave; prova de contamina&ccedil;&atilde;o, havendo apenas ocorr&ecirc;ncias pontuais devido a algum &ldquo;manuseio inadequado&rdquo; pelas pr&oacute;prias fam&iacute;lias.</p> <p> A secret&aacute;ria garante n&atilde;o haver qualquer divis&atilde;o entre as duas frentes ministeriais de a&ccedil;&atilde;o. &ldquo;O que aconteceu &eacute; que, a fim de atingir a meta de 750 mil&nbsp; cisternas, foi aberto espa&ccedil;o para propostas da sociedade civil. Entre as propostas que traziam resultados, teve a da fossa de polietileno, iniciativa que j&aacute; vinha sendo tocada desde 2000. O importante &eacute; a &aacute;gua da chuva ser armazenada para ajudar a combater os efeitos da seca&rdquo;, disse Takagi &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> A consequ&ecirc;ncia disso, acrescenta a secret&aacute;ria do MDS, &eacute; que h&aacute; menos fam&iacute;lias deixando o Semi&aacute;rido para tentar a vida nas grandes cidades. &quot;Isso &eacute; algo a ser considerado, se lembrarmos que esta &eacute; a pior estiagem dos &uacute;ltimos 50 anos&rdquo;, disse a secret&aacute;ria. Ela associa a fixa&ccedil;&atilde;o do sertanejo a outras iniciativas do governo federal, como o Programa Bolsa Fam&iacute;lia e as garantias de safra, que amenizam os problemas vividos por pequenos produtores prejudicados pela seca.</p> <p> Os dois sistemas permitem, al&eacute;m da coleta de &aacute;gua pela chuva, o armazenamento de &aacute;gua por meio de caminh&otilde;es-pipa. &ldquo;Como a &aacute;gua vinda do solo nordestino costuma ser muito salinizada, &eacute; importante deixarmos claro que o melhor &eacute; que, n&atilde;o havendo &aacute;gua encanada, se consuma apenas a &aacute;gua vinda da chuva ou do caminh&atilde;o-pipa&rdquo;, completa a secret&aacute;ria.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> Articulação no Semiárido Brasileiro ASA Cidadania cisternas de plástico cisternas de polietileno Codevasf MDS Meio Ambiente Ministério da Integração Nacional Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Nacional programa de cisternas Tue, 04 Sep 2012 16:38:02 +0000 davi.oliveira 702551 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/