P-23 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/140309/all pt-br Estatal brasileira desenvolve tecnologia para reparar equipamentos que controlam vazamento de petróleo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-08-13/estatal-brasileira-desenvolve-tecnologia-para-reparar-equipamentos-que-controlam-vazamento-de-petrole <p> Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - A estatal Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep) tornou-se &nbsp;a primeira empresa brasileira a efetuar reparo em equipamentos de veda&ccedil;&atilde;o usados em plataformas de petr&oacute;leo. O trabalho incluiu teste de carga na estrutura de um BOP (do ingl&ecirc;s <em>blowout preventer</em>, v&aacute;lvula de escape, em tradu&ccedil;&atilde;o livre), usado para evitar acidentes como os ocorridos no Golfo do M&eacute;xico, em 2010, e no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no ano passado.</p> <p> Ap&oacute;s reformar a estrutura que sustenta o BOP a empresa reinstalou o equipamento na plataforma P-23, da Petrobras, situada no Campo de Roncador R7, na Bacia de Campos. Em seguida, fez o teste de carga, o primeiro gerenciado por uma ind&uacute;stria nacional, na semana compreendida entre 28 de julho e 4 de agosto.</p> <p> O BOP Carrier &eacute; uma v&aacute;lvula autom&aacute;tica com capacidade de vedar a cabe&ccedil;a do po&ccedil;o de petr&oacute;leo em caso de vazamento. Ele &eacute; considerado pe&ccedil;a fundamental para garantir a seguran&ccedil;a na plataforma, inclusive na &aacute;rea ambiental. A reforma mec&acirc;nica e hidr&aacute;ulica &nbsp;da estrutura que transporta, sustenta e movimenta o equipamento&nbsp;demorou um m&ecirc;s.</p> <p> Os testes foram realizados com sucesso, durante uma semana de paralisa&ccedil;&atilde;o da produ&ccedil;&atilde;o da P-23. Em novembro, haver&aacute; nova parada para a coloca&ccedil;&atilde;o do novo BOP na unidade. O anterior, de menor peso e sem as condi&ccedil;&otilde;es de seguran&ccedil;a exigidas atualmente, foi retirado da estrutura e ser&aacute; substitu&iacute;do por um maior e mais pesado, com capacidade de operar &nbsp;nos projetos do pr&eacute;-sal.</p> <p> O novo equipamento j&aacute; est&aacute; na Nuclep a espera &nbsp;de embarque para ser colocado na plataforma, que continua ativa realizando outros servi&ccedil;os. A explora&ccedil;&atilde;o e produ&ccedil;&atilde;o ser&atilde;o retomadas somente ap&oacute;s a reativa&ccedil;&atilde;o do sistema de seguran&ccedil;a contra vazamentos.</p> <p> &ldquo;Nunca tinha sido feito esse tipo de reforma (de estrutura do equipamento &nbsp;BOP em uma plataforma de petr&oacute;leo) no Brasil&rdquo;, disse &nbsp;&agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong>a gerente de M&eacute;todos e Processos Industriais da Nuclep, Gl&aacute;ucia Valle. &ldquo;A Nuclep foi pioneira nesse tipo de trabalho&rdquo;, salientou.</p> <p> Gl&aacute;ucia Valle explicou que muitas plataformas da Petrobras est&atilde;o trabalhando h&aacute; cerca de 20 anos e precisam de reformas. A estrutura com o BOP antigo foi transportada de balsa para a Nuclep, onde foi reformada e refor&ccedil;ada para poder receber o novo, com o objetivo de aumentar a seguran&ccedil;a. &ldquo;Foi feita uma engenharia bem complexa para colocar essa estrutura a bordo da plataforma&rdquo;.</p> <p> Nos testes, foi usada &nbsp;carga &nbsp;correspondente &agrave; do novo equipamento (220 toneladas), mais sobrecarga, totalizando 320 toneladas. O antigo pesava cerca de 99 toneladas a menos.</p> <p> &ldquo;A Petrobras est&aacute; com uma preocupa&ccedil;&atilde;o muito grande com a quest&atilde;o da seguran&ccedil;a, ainda mais ap&oacute;s aquele acidente que houve no Golfo do M&eacute;xico, &nbsp;onde n&atilde;o funcionou esse equipamento&rdquo;, destacou Gl&aacute;ucia. Os testes confirmaram que o equipamento est&aacute; preparado para atender &agrave;s exig&ecirc;ncias da explora&ccedil;&atilde;o de petr&oacute;leo.</p> <p> O trabalho &eacute; dif&iacute;cil, porque &eacute; feito em alto mar, onde a plataforma permanece em movimenta&ccedil;&atilde;o. As paradas s&atilde;o feitas aos poucos, para evitar preju&iacute;zos, que &ldquo;s&atilde;o preju&iacute;zos de milh&otilde;es de reais&rdquo;, disse a gerente da Nuclep. A reforma da estrutura do equipamento, incluindo o novo BOP, &eacute; estimada em 50 milh&otilde;es de euros.</p> <p> A P-23 se encontra a 300 quil&ocirc;metros da costa e explora petr&oacute;leo a uma profundidade de 1.863 metros de profundidade. O reparo e a atualiza&ccedil;&atilde;o do equipamento foram feitos pela Nuclep em seu parque industrial, em Itagua&iacute;, no Grande Rio. A reforma envolveu tamb&eacute;m outro equipamento de seguran&ccedil;a, o X-Mas Tree Trolley, cujos testes de carga alcan&ccedil;aram 165 toneladas.</p> <p> O dom&iacute;nio desse processo abre caminho para que a &nbsp;empresa &nbsp;possa fazer reformas desse equipamento em outras plataformas da Petrobras, competindo de igual para igual com empresas estrangeiras, de acordo com a gerente da Nuclep.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> acidentes ecológicos BOP Carrier Economia manutenção de BOP Meio Ambiente Nuclep P-23 plataforma da Petrobras plataforma de petróleo Mon, 13 Aug 2012 18:48:29 +0000 davi.oliveira 700968 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/