federação internacional de universidades católicas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/138918/all pt-br Universitários preocupam-se mais com conquistas pessoais do que com vida em sociedade, revela pesquisa https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-07-26/universitarios-preocupam-se-mais-com-conquistas-pessoais-do-que-com-vida-em-sociedade-revela-pesquisa <p> Camila Maciel<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Universit&aacute;rios de cinco continentes est&atilde;o mais preocupados com seu progresso pessoal do que em contribuir com a vida em sociedade, apontam os resultados iniciais de pesquisa sobre o perfil de estudantes de institui&ccedil;&otilde;es de ensino superior cat&oacute;licas divulgada hoje (26) durante encontro da Federa&ccedil;&atilde;o Internacional de Universidades Cat&oacute;licas (Fiuc). Foram entrevistados 17 mil jovens com idades entre 16 e 30 anos de 34 pa&iacute;ses.</p> <p> &ldquo;Os pa&iacute;ses mais desenvolvidos s&atilde;o os que menos t&ecirc;m interesse pelo social. Os africanos expressam mais essa preocupa&ccedil;&atilde;o, j&aacute; os europeus menos. [Os estudantes da] Am&eacute;rica do Sul est&atilde;o em um meio termo. Devemos aprofundar a an&aacute;lise, mas essa &eacute; uma das primeiras impress&otilde;es&rdquo;, analisou Rosa Aparicio G&oacute;mez, soci&oacute;loga respons&aacute;vel pela pesquisa e professora do Instituto Universit&aacute;rio Ortega y Gasset, da Espanha.</p> <p> Os dados socioecon&ocirc;micos reunidos pelo trabalho apontam que as mulheres s&atilde;o maioria nas universidades cat&oacute;licas do mundo, com 64% dos entrevistados. De acordo com Rosa, essa propor&ccedil;&atilde;o s&oacute; se altera nos pa&iacute;ses africanos, quando a presen&ccedil;a feminina n&atilde;o alcan&ccedil;a 47% do total. Na avalia&ccedil;&atilde;o de classes sociais, os estudantes de classe m&eacute;dia representam 73%, sendo que 42% s&atilde;o de classe m&eacute;dia alta. Os universit&aacute;rios de classe alta s&atilde;o 16% e de classe baixa somam 11%.</p> <p> Dentre as principais raz&otilde;es apontadas pelos pesquisados para ingressar na universidade, 91% escolheram a necessidade de conquistar um trabalho. Os outros itens mais citados foram: gosto pelo estudo (43%) e vontade de obter uma melhor posi&ccedil;&atilde;o social (25%). Apenas 18% citaram a necessidade de ser &uacute;til &agrave; sociedade.</p> <p> Quando questionados sobre quais os cinco aspectos mais importantes em suas vidas, o mais citado, com 94%, foi a fam&iacute;lia. Tamb&eacute;m foram apontados estudos (44%), amigos (43%), parceiro (33%) e futuro (27%). Os cinco menos escolhidos foram: religi&atilde;o (21%), trabalho (19%), lazer (6%), pa&iacute;s (5%) e pol&iacute;tica (1%).</p> <p> Outra quest&atilde;o que aponta certo grau de individualismo, na avalia&ccedil;&atilde;o da pesquisadora, trata sobre os projetos que os universit&aacute;rios gostariam de conquistar nos pr&oacute;ximos 15 anos. Ter um bom trabalho (62%), formar uma fam&iacute;lia (45%), fazer p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o (41%) e ganhar dinheiro (30%) s&atilde;o os mais escolhidos. Os menos citados s&atilde;o: trabalhar para uma sociedade mais justa (8%), envolver-se em projeto social (5%), participar de grupo religioso (3%) e atuar em grupo pol&iacute;tico (2%).</p> <p> O estudo mostra, ainda, que o perfil dos universit&aacute;rios brasileiros est&aacute; mais pr&oacute;ximo ao dos estudantes de pa&iacute;ses emergentes do que ao dos latino-americanos. Para a pesquisadora, isso pode estar relacionado ao momento econ&ocirc;mico vivido pelo pa&iacute;s. &ldquo;&Eacute; uma &eacute;poca de certa bonan&ccedil;a. As pessoas est&atilde;o vivendo outras coisas, est&atilde;o avan&ccedil;ando pessoalmente&rdquo;, avalia. Ela aponta que o Brasil est&aacute; mais pr&oacute;ximo de pa&iacute;ses do Sul da &Aacute;sia, como a &Iacute;ndia.</p> <p> Em rela&ccedil;&atilde;o aos papel das institui&ccedil;&otilde;es, os estudantes mostraram-se c&eacute;ticos ao pontuar a maioria delas. O item que recebeu maior nota, de zero a seis, foi o das institui&ccedil;&otilde;es educacionais, com 4,1. Em seguida, aparecem as institui&ccedil;&otilde;es religiosas, com m&eacute;dia 3,7, empatada com as organiza&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais e bancos. As tr&ecirc;s piores notas foram dadas para a pol&iacute;cia (2,8), para os governos (2,3) e para os pol&iacute;ticos (1,9).</p> <p> O uso da internet tamb&eacute;m foi enfocado na pesquisa. As redes sociais est&atilde;o presentes na vida de 94% dos entrevistados. Eles passam mais tempo na internet do que com amigos. S&atilde;o cerca de duas a quatro horas por dia no computador. O ambiente virtual que simula a vida real, conhecido como Second Life, n&atilde;o &eacute; muito utilizado na maior parte do mundo, mas na &Aacute;sia o percentual de jovens que constroem personagens virtuais chega a 50%. &ldquo;&Eacute; um dado que precisamos interpretar. Inicialmente, d&aacute; impress&atilde;o que significa uma insatisfa&ccedil;&atilde;o com a vida&rdquo;, analisa Rosa.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> Africa América do Sul Cidadania conquistas pessoais Educação Europa federação internacional de universidades católicas interesse pelo social lazer pesquisa progresso pessoal projeto social trabalho universitários vida em sociedade Thu, 26 Jul 2012 19:46:02 +0000 fabio.massalli 699823 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/