formandos em medicina https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/138762/all pt-br Formandos em medicina de SP serão obrigados a fazer exame de avaliação para obter registro https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-07-25/formandos-em-medicina-de-sp-serao-obrigados-fazer-exame-de-avaliacao-para-obter-registro <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Fl&aacute;via Albuquerque<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil &nbsp;</em> &nbsp; &nbsp; &nbsp;</p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Uma resolu&ccedil;&atilde;o do Conselho Regional de Medicina do Estado de S&atilde;o Paulo (Cremesp) tornou obrigat&oacute;rio que os formandos em medicina submetam-se &agrave; um exame de avalia&ccedil;&atilde;o. A concess&atilde;o do registro profissional, no entanto, n&atilde;o est&aacute; condicionada &agrave; aprova&ccedil;&atilde;o na prova. Assim, o resultado n&atilde;o impedir&aacute; o exerc&iacute;cio da profiss&atilde;o mesmo que o rec&eacute;m-formado receba uma nota baixa ou seja reprovado. A obrigatoriedade &eacute; para a participa&ccedil;&atilde;o na prova. A medida passa a vigorar este ano.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> At&eacute; agora, o teste s&oacute; era aplicado a quem tinha interesse. De acordo com o conselho, a decis&atilde;o de acabar com as provas opcionais foi tomada por causa do baixo n&iacute;vel dos formandos avaliados nos &uacute;ltimos sete anos devido &agrave; qualidade dos cursos de medicina oferecidos. Pelas regras do Cremesp, as notas ser&atilde;o confidenciais e entregues apenas ao avaliado e &agrave;s escolas.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Segundo o presidente do Cremesp, Renato Azevedo J&uacute;nior, o ideal seria negar o registro aos formandos com desempenho insatisfat&oacute;rio no exame para que voltassem aos bancos da universidade, por&eacute;m a aus&ecirc;ncia de uma lei impede a ado&ccedil;&atilde;o desse tipo de medida. Atualmente, continuou o presidente, est&aacute; em tramita&ccedil;&atilde;o no Senado o projeto de lei que prev&ecirc; a cria&ccedil;&atilde;o de um exame nacional de profici&ecirc;ncia em medicina, como pr&eacute;-requisito para o exerc&iacute;cio da profiss&atilde;o.</p> <p> &ldquo;N&atilde;o podemos impedir porque n&atilde;o existe lei espec&iacute;fica como na OAB [Ordem dos Advogados do Brasil]. Temos amparo legal para que o aluno participe da prova, para que possamos ter uma avalia&ccedil;&atilde;o mais real da p&eacute;ssima forma&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica que estamos tendo no Brasil e no estado de S&atilde;o Paulo.&rdquo;</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> No per&iacute;odo de 2005 a 2011, quase a metade dos formandos que fizeram o exame foi reprovada. Dos 4.821 participantes, 2.250 (cerca de 46%) n&atilde;o conseguiram a nota m&iacute;nima, que significa acertar 60% das 120 quest&otilde;es sobre nove &aacute;reas m&eacute;dicas, equivalente a 72 respostas corretas. Em 2011, o n&iacute;vel de reprova&ccedil;&atilde;o alcan&ccedil;ou 46%. Nos exames anteriores, a m&eacute;dia de acertos em campos considerados essenciais da medicina foi 54,9% em cl&iacute;nica m&eacute;dica, 58,5% em obstetr&iacute;cia, 58,8% em sa&uacute;de p&uacute;blica e 60% em pediatria.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> Azevedo justificou a necessidade do exame sob o argumento do crescimento do ensino de medicina, tendo alcan&ccedil;ado 196 cursos em 2012. A cada ano, s&atilde;o abertas 16.876 vagas, das quais 58,7% em institui&ccedil;&otilde;es privadas e 41,3% em universidades p&uacute;blicas, segundo o presidente. De 2000 a 2011, foram abertos 77 cursos, sendo 52 por entidades particulares. &ldquo;Os estudantes est&atilde;o sendo abandonados nos hospitais de ensino, porque as escolas n&atilde;o t&ecirc;m nenhuma estrutura para ensinar.&rdquo;</p> <p> Al&eacute;m disso, salientou o aumento superior a 200% na quantidade de processos judiciais por erro m&eacute;dico, que passaram de 1.022, em 2001, para 3.089, em 2011. &ldquo;Isso &eacute; uma coisa muito preocupante e estamos fazendo isso em defesa da sociedade, dos pacientes. Nenhum cidad&atilde;o merece ser atendido por um m&eacute;dico mal formado.&rdquo;</p> <p> A Associa&ccedil;&atilde;o M&eacute;dica Brasileira (AMB) e a Associa&ccedil;&atilde;o Paulista de Medicina (APM) informaram, por meio de nota, que apoiam a resolu&ccedil;&atilde;o do Cremesp. &ldquo;A grande preocupa&ccedil;&atilde;o das entidades m&eacute;dicas &eacute; a qualidade da forma&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos nos dias de hoje, especialmente em virtude da constante abertura de novas vagas em escolas de medicina cuja infraestrutura deixa d&uacute;vidas quanto &agrave; qualidade da forma&ccedil;&atilde;o&rdquo;, diz a nota.<br /> &nbsp;<br /> Para a AMB e a APM, o exame ser&aacute; mais uma ferramenta de avalia&ccedil;&atilde;o e os resultados poder&atilde;o servir como subs&iacute;dios para a tomada de decis&otilde;es com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; qualidade da forma&ccedil;&atilde;o do m&eacute;dico no pa&iacute;s. &ldquo;&Eacute;, portanto, uma grande oportunidade de reverter a atual situa&ccedil;&atilde;o e evitar expor a popula&ccedil;&atilde;o ao eventual atendimento por m&eacute;dicos de forma&ccedil;&atilde;o duvidosa e suas terr&iacute;veis consequ&ecirc;ncias.&rdquo;<br /> &nbsp;<br /> Para o Sindicato dos M&eacute;dicos de S&atilde;o Paulo (Simesp), a nova medida servir&aacute; para avaliar a qualidade do ensino nos cursos de S&atilde;o Paulo. O presidente do sindicato, Cid Carvalhaes, classificou a medida como atraente e pol&ecirc;mica e acredita que poder&aacute; haver resist&ecirc;ncia por parte dos estudantes e das universidades, podendo chegar inclusive &agrave; Justi&ccedil;a.</p> <p> &ldquo;N&oacute;s, representantes da categoria m&eacute;dica, j&aacute; sabemos que a qualidade dos cursos est&aacute; p&eacute;ssima e com este estudo acreditamos que ser&aacute; poss&iacute;vel mensurar isto. Abrem-se vagas de maneira indiscriminada sem pensarem na qualidade dos cursos, n&atilde;o temos que ter mais m&eacute;dicos, temos que bem form&aacute;-los e estabelecer um plano de carreira espec&iacute;fico, que os motive.&rdquo;</p> <p> Procurada pela <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Escolas M&eacute;dicas n&atilde;o se manifestou at&eacute; a publica&ccedil;&atilde;o da reportagem.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></p> Cremesp desempenho ensino médico escolas de medicina exame de avaliação faculdades formandos em medicina Nacional nota provas registro profissional são paulo Saúde TESTE universidades Wed, 25 Jul 2012 16:37:05 +0000 carolinap 699703 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/