ecretaria de Estado da Saúde https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/138485/all pt-br Mulheres que fizeram redução de estômago podem ter bebês com baixo peso e problemas de saúde https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-07-21/mulheres-que-fizeram-reducao-de-estomago-podem-ter-bebes-com-baixo-peso-e-problemas-de-saude <p> Fl&aacute;via Albuquerque<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil<br /> </em><br /> S&atilde;o Paulo &ndash; O estudo feito pela Secretaria de Estado da Sa&uacute;de em parceria com a Universidade Cat&oacute;lica de Santos com 35 mulheres entre 24 anos e 39 anos, que ficaram gr&aacute;vidas depois de terem feito cirurgia bari&aacute;trica (redu&ccedil;&atilde;o de est&ocirc;mago), mostra que 88,6% delas tiveram parto por ces&aacute;rea. Em rela&ccedil;&atilde;o aos beb&ecirc;s, 50% nasceram com baixo peso e 14% tiveram problemas respirat&oacute;rios ou pulmonares, infec&ccedil;&otilde;es e at&eacute; a necessidade de reanima&ccedil;&atilde;o na sala de parto, logo ap&oacute;s o nascimento.</p> <p> A pesquisa indica que a cirurgia bari&aacute;trica pode ter sido respons&aacute;vel pela maior vulnerabilidade nutricional das gestantes e que isso pode ter provocado reflexos nos fetos, afetando at&eacute; a amamenta&ccedil;&atilde;o.</p> <p> De acordo com os dados, 74% das mulheres engravidaram ap&oacute;s um ano da cirurgia e 28,5% em menos de um ano. Do total de entrevistadas, 68,6% amamentaram os filhos por um per&iacute;odo inferior a seis meses, com 43% realizando o aleitamento materno por apenas dois meses.</p> <p> A pesquisadora e nutricionista da Divis&atilde;o de Doen&ccedil;as N&atilde;o Transmiss&iacute;veis do Centro de Vigil&acirc;ncia Epidemiol&oacute;gica da Secretaria, &Aacute;frica Isabel de la Cruz Perez, explicou que na cirurgia de redu&ccedil;&atilde;o de est&ocirc;mago, al&eacute;m de o paciente ter o tamanho do &oacute;rg&atilde;o diminu&iacute;do, o que restringe a quantidade de alimento que pode ser ingerido diariamente, geralmente &eacute; feito um desvio de algumas partes do intestino, onde os nutrientes s&atilde;o absorvidos.</p> <p> &ldquo;O cirurgi&atilde;o desvia o trajeto normal do alimento para ele n&atilde;o passar pelo duodeno. Por isso h&aacute; um preju&iacute;zo grande da absor&ccedil;&atilde;o. Ela come pouco e o pouco que come n&atilde;o &eacute; absorvido. Assim ela vai passar a usar as reservas corporais que tem e, por isso, emagrece r&aacute;pido. Isso &eacute; muito nocivo para a sa&uacute;de. Agora imagine isso para uma pessoa que est&aacute; em idade f&eacute;rtil e vai gerar uma crian&ccedil;a.&rdquo;</p> <p> Segundo ela, outras pesquisas tamb&eacute;m j&aacute; indicaram a poss&iacute;vel influ&ecirc;ncia da cirurgia bari&aacute;trica no nascimento prematuro e no baixo peso dos beb&ecirc;s. Al&eacute;m disso, existe tamb&eacute;m outra conseq&uuml;&ecirc;ncia, como a reprograma&ccedil;&atilde;o fetal. Nesse caso, o feto est&aacute; em um ambiente no qual percebe que h&aacute; poucos nutrientes e interpreta isso como um ambiente hostil. Assim, o feto se reprograma para acreditar que quando sair do meio uterino estar&aacute; tamb&eacute;m em um local com essa defici&ecirc;ncia de nutrientes.</p> <p> &ldquo;O que acontece &eacute; que esse beb&ecirc; n&atilde;o &eacute; amamentado direito. Acaba recebendo leite de vaca e por causa da reprograma&ccedil;&atilde;o fetal isso resulta em uma hiperalimenta&ccedil;&atilde;o, que pode levar &agrave; obesidade na fase adulta e a v&aacute;rios problemas cardiocirculat&oacute;rios. Isso est&aacute; sendo atribu&iacute;do &agrave; reprograma&ccedil;&atilde;o fetal&rdquo;.</p> <p> &Aacute;frica ressaltou a import&acirc;ncia de o paciente ter um bom acompanhamento m&eacute;dico tanto antes quanto depois da cirurgia, com nutricionista e psic&oacute;logo. &ldquo;Assim ela pode evitar as consequ&ecirc;ncias mal&eacute;ficas da cirurgia, porque elas tamb&eacute;m existem e &eacute; sobre isso que as pessoas precisam ser alertadas.&rdquo;</p> <p> Para a nutricionista o ideal &eacute; que a pessoa se esforce para n&atilde;o engordar a ponto de ser necess&aacute;rio fazer a redu&ccedil;&atilde;o de est&ocirc;mago. &ldquo;O ideal &eacute; ter uma alimenta&ccedil;&atilde;o adequada e fazer exerc&iacute;cios f&iacute;sicos para se manter dentro do peso indicado para a altura.&rdquo;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> amamentação cirurgia bariátrica ecretaria de Estado da Saúde estudo grávidas problemas após o nascimento redução de estômago são paulo Saúde Universidade Católica de Santos Sat, 21 Jul 2012 20:30:35 +0000 aquintiere 699492 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/