novo navio https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/137609/all pt-br Transpetro coloca em operação o Sergio Buarque de Holanda, terceiro navio construído no Brasil pelo Promef https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-07-09/transpetro-coloca-em-operacao-sergio-buarque-de-holanda-terceiro-navio-construido-no-brasil-pelo-prom <p> Guilherme Jeronymo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; A estatal Transpetro, subsidi&aacute;ria da Petrobras, recebeu na manh&atilde; de hoje (9) o navio de produtos S&eacute;rgio Buarque de Holanda, a terceira de 49 embarca&ccedil;&otilde;es encomendadas pelo Programa de Expans&atilde;o e Moderniza&ccedil;&atilde;o da Frota (Promef), no Estaleiro Mau&aacute;, regi&atilde;o portu&aacute;ria de Niter&oacute;i.</p> <p> A embarca&ccedil;&atilde;o, com 83 metros de comprimento, 43,8 metros de altura e capacidade de transportar cerca de 48 mil toneladas de porte bruto (TNP) de derivados de petr&oacute;leo, entrou imediatamente em opera&ccedil;&atilde;o, transportando nafta para o Porto de Salvador.</p> <p> A entrega da encomenda foi apresentada pelo governo como um incentivo para a reativa&ccedil;&atilde;o da economia brasileira e a cria&ccedil;&atilde;o de empregos, nos mesmos termos do <a href="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//../../noticia/2012-06-27/governo-anuncia-mais-de-r-8-bilhoes-para-pac-equipamentos" target="_blank">rec&eacute;m-lan&ccedil;ado PAC Equipamentos</a>, em momento de <a href="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//../../noticia/2012-07-02/analistas-voltam-reduzir-projecoes-para-inflacao-e-crescimento-da-economia-este-ano" target="_blank">redu&ccedil;&atilde;o das expectativas de crescimento</a> do Produto Interno Bruto (PIB).</p> <p> &ldquo;Ouvi uma advert&ecirc;ncia no sentido de que o governo tem de tomar provid&ecirc;ncias contra a descontinuidade da produ&ccedil;&atilde;o. O Brasil tem hoje, atrav&eacute;s da Petrobras, a maior encomenda do mundo, com US$ 250 bilh&otilde;es em cinco anos, em navios, plataformas, sondas, navios auxiliares e outros equipamentos. N&atilde;o h&aacute; hip&oacute;tese de desacelera&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lob&atilde;o, durante a cerim&ocirc;nia de entrega.</p> <p> Lob&atilde;o destacou que o Brasil contava, nos anos 1970, com a segunda maior ind&uacute;stria naval do mundo, mas h&aacute; 20 anos ela estava empregando pouco mais de 2 mil pessoas. Com a retomada atual, devido &agrave;s encomendas da ind&uacute;stria do petr&oacute;leo, o setor conta com 60 mil empregos diretos e 160 mil indiretos. Destes, cerca de 27 mil empregos diretos est&atilde;o localizados no estado do Rio.</p> <p> &ldquo;As pessoas nos olhavam e diziam: &eacute; imposs&iacute;vel o Brasil voltar a ter ind&uacute;stria naval. Tinha gente que tinha outros interesses e n&atilde;o queria construir navios aqui, queria emprego l&aacute; fora, sobre os mais diferentes pretextos. Fabricar um navio no Brasil significa gera&ccedil;&atilde;o de renda, gera&ccedil;&atilde;o de imposto. A gente n&atilde;o quer s&oacute; o desenvolvimento econ&ocirc;mico, quer tamb&eacute;m o desenvolvimento social&rdquo;, discursou o presidente da Transpetro, Sergio Machado.</p> <p> O presidente da Transpetro chamou a aten&ccedil;&atilde;o n&atilde;o apenas para as novas entregas de navios &agrave; companhia &ndash; quatro est&atilde;o previstos no intervalo de um ano &ndash; mas para a constru&ccedil;&atilde;o de tr&ecirc;s estaleiros, um dos quais do tipo fluvial, e para a produ&ccedil;&atilde;o de barca&ccedil;as destinadas ao transporte de etanol pelo Rio Tiet&ecirc;, em substitui&ccedil;&atilde;o ao uso intensivo de caminh&otilde;es.</p> <p> Parentes do historiador S&eacute;rgio Buarque de Holanda (1902-1982) estiveram presentes &agrave; homenagem, cabendo a S&eacute;rgio Buarque de Holanda Filho o papel cerimonial de, conjuntamente com o ministro de Minas e Energia e o presidente da Transpetro, tocar o sino que marcou o lan&ccedil;amento da embarca&ccedil;&atilde;o. Cristina e Maria do Carmo, filhas do homenageado, tamb&eacute;m estiveram presentes.</p> <p> S&eacute;rgio Buarque de Holanda &eacute; autor do livro <em>Ra&iacute;zes do Brasil</em>, um dos marcos da forma&ccedil;&atilde;o brasileira. Nesse trabalho, o historiador cria o termo homem cordial, referindo-se ao tra&ccedil;o hegem&ocirc;nico da cultura nacional que se caracteriza pela preval&ecirc;ncia das rela&ccedil;&otilde;es pessoais e da emo&ccedil;&atilde;o sobre as rela&ccedil;&otilde;es objetivas e impessoais da modernidade.</p> <p> A homenagem segue a decis&atilde;o governamental de batizar navios do setor petrol&iacute;fero com nome de personalidades da hist&oacute;ria e da cultura brasileiras. Antes de S&eacute;rgio Buarque, foram lan&ccedil;adas embarca&ccedil;&otilde;es com nomes de Celso Furtado e Jo&atilde;o Candido, e est&atilde;o em constru&ccedil;&atilde;o os navios R&ocirc;mulo Almeida, Jos&eacute; de Alencar e Zumbi dos Palmares.</p> <p> Foi destaque da cerim&ocirc;nia o embarque da primeira mulher atuando como chefe de m&aacute;quinas da Marinha Mercante brasileira, Rosane Souza Sinimbu, homenageada em todos os discursos. O protagonismo feminino tamb&eacute;m foi destacado com o pronunciamento da chefe de solda, Sandra Santos, representando os funcion&aacute;rios do estaleiro.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> Economia ministério de minas e energia navio da Transpetro novo navio Programa de Expansão e Modernização da Frota Promef Mon, 09 Jul 2012 19:06:21 +0000 davi.oliveira 698777 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/