deficiência alimentar https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/136948/all pt-br Dieta dos paulistanos é deficiente em todos os grupos alimentares, mostra pesquisa da USP https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-30/dieta-dos-paulistanos-e-deficiente-em-todos-os-grupos-alimentares-mostra-pesquisa-da-usp <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Camila Maciel<br /> <em> Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> S&atilde;o Paulo - Os paulistanos est&atilde;o se alimentando mal, indica um estudo da Faculdade de Sa&uacute;de P&uacute;blica da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP). A pesquisa mostra, por exemplo, que 95% dos entrevistados &ndash; em um total de 725 pessoas &ndash; ingerem menos frutas e sucos naturais do que o recomendado pelo <em>Guia Alimentar para a Popula&ccedil;&atilde;o Brasileira,</em> do <a href="http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/" target="_blank">Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de</a>. A situa&ccedil;&atilde;o mais preocupante ocorre no grupo leite e derivados, no qual 100% revelam comer menos do que as tr&ecirc;s por&ccedil;&otilde;es di&aacute;rias indicadas.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> &ldquo;Relacionamos o consumo dos entrevistados em cada grupo alimentar com o que &eacute; recomendado pelo guia e verificamos uma situa&ccedil;&atilde;o preocupante especialmente nos grupos das frutas, leite, legumes e verduras&rdquo;, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> o nutricionista Eliseu Verly Junior, autor da tese Ingest&atilde;o Habitual de Alimentos entre Indiv&iacute;duos do Munic&iacute;pio de S&atilde;o Paulo. O pesquisador explica que o guia do minist&eacute;rio orienta o consumo di&aacute;rio com a finalidade de prevenir a obesidade e as doen&ccedil;as dela decorrentes, especialmente as cardiovasculares.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Um dos principais alertas da pesquisa est&aacute; relacionado aos adolescentes, tendo em vista que o maior percentual de inadequa&ccedil;&otilde;es de consumo ocorre nesse grupo. &ldquo;Percebemos que o consumo deficiente vai se reduzindo &agrave; medida que aumenta a faixa et&aacute;ria&rdquo;, analisou o pesquisador. No grupo de frutas e sucos naturais, por exemplo, a ingest&atilde;o inadequada &eacute; verificada em 100% dos entrevistados com idade de 12 a 19 anos. Entre os idosos, o percentual cai para 86%.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Para Verly, uma alimenta&ccedil;&atilde;o prec&aacute;ria na adolesc&ecirc;ncia repercute por toda a vida. &ldquo;Tanto por ser fase de crescimento, que demanda maior de v&aacute;rios nutrientes que est&atilde;o presentes nas frutas, nas verduras, legumes de forma geral, quanto por ser uma fase de forma&ccedil;&atilde;o de h&aacute;bito alimentar.&rdquo;</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Na compara&ccedil;&atilde;o entre sexos, o estudo mostrou que a alimenta&ccedil;&atilde;o do homens &eacute; mais deficiente do que a das mulheres. No grupo legumes e verduras, por exemplo, 98% deles n&atilde;o atingem a recomenda&ccedil;&atilde;o m&iacute;nima di&aacute;ria. Entre as mulheres, no entanto, o percentual cai para 87%. A diferen&ccedil;a tamb&eacute;m ocorre no grupo frutas e sucos &ndash; homens (98%) e mulheres (91%).</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Em rela&ccedil;&atilde;o ao consumo de feij&atilde;o, no entanto, a situa&ccedil;&atilde;o &eacute; inversa. Entre os homens, 20% t&ecirc;m uma dieta inadequada. O percentual cresce para 40% entre as mulheres. A pesquisa mostrou ainda que o feij&atilde;o est&aacute; mais presente na dieta do estrato mais pobre dos entrevistados, com 30% de consumo deficiente. Entre os mais ricos, o percentual &eacute; 37%.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> O consumo de carnes e ovos, por sua vez, apresenta uma situa&ccedil;&atilde;o melhor. Apenas 7% dos homens e 12% das mulheres n&atilde;o ingerem o m&iacute;nimo recomendado. O pesquisador pondera, no entanto, que muitos excedem esse m&iacute;nimo, o que tamb&eacute;m &eacute; perigoso. &ldquo;O guia n&atilde;o fala em quantidade m&aacute;xima e a gente sabe que a carne em excesso tamb&eacute;m n&atilde;o &eacute; uma coisa positiva. Essa an&aacute;lise n&atilde;o mostra, mas h&aacute; estudos que comprovam que quase todo mundo consome acima do recomendado, que &eacute; de uma por&ccedil;&atilde;o por dia&rdquo;, declarou.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Verly esclarece que as por&ccedil;&otilde;es m&iacute;nimas di&aacute;rias foram calculadas a partir do consumo cal&oacute;rico de cada entrevistado. &ldquo;O termo mais apropriado n&atilde;o &eacute; falar pessoas n&atilde;o atingiram a recomenda&ccedil;&atilde;o de tr&ecirc;s por&ccedil;&otilde;es di&aacute;rias, por exemplo, porque uma pessoa pode precisar de tr&ecirc;s e, para outra, bastam duas&rdquo;, explicou o nutricionista.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Talita Cavalcante </em></p> Agência Brasil alimentação carnes deficiência alimentar EBC grupos alimentares homens leite e derivados mulheres Nacional ovos USP Sat, 30 Jun 2012 17:06:27 +0000 talita.cavalcante 698288 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/