poder de investigação criminal https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/136661/all pt-br Quatro ministros do STF adiantam voto e defendem prerrogativa de investigação do Ministério Público https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-27/quatro-ministros-do-stf-adiantam-voto-e-defendem-prerrogativa-de-investigacao-do-ministerio-publico <p> D&eacute;bora Zampier<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou hoje (27) o julgamento sobre o poder de investiga&ccedil;&atilde;o criminal do Minist&eacute;rio P&uacute;blico, suspenso na semana passada quando <a href="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//../../noticia/2012-06-21/ministros-do-stf-esvaziam-poder-de-investigacao-do-ministerio-publico" target="_blank">o placar estava em 2 votos a 0 contra o reconhecimento da prerrogativa</a>. Nesta manh&atilde;, a maioria se inverteu a favor do MP com 4 votos a 2, mas o julgamento foi interrompido novamente, desta vez por um pedido de vista do ministro Luiz Fux. &nbsp;</p> <p> O resultado do processo ainda est&aacute; indefinido porque cinco ministros ainda v&atilde;o apresentar seus votos e, al&eacute;m disso, o regimento do STF tamb&eacute;m permite que os demais alterem sua posi&ccedil;&atilde;o at&eacute; o encerramento da vota&ccedil;&atilde;o.</p> <p> O caso foi devolvido para o plen&aacute;rio nesta quarta-feira e Fux fez o pedido de vista logo no in&iacute;cio da sess&atilde;o. No entanto, os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Carlos Ayres Britto e Joaquim Barbosa preferiram adiantar formalmente seus votos. Para Ayres Britto, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico tem compet&ecirc;ncia de fazer investiga&ccedil;&atilde;o criminal por conta pr&oacute;pria &quot;pois assim serve melhor sua finalidade de defender a ordem jur&iacute;dica&quot;.</p> <p> Os quatro ministros acreditam que o Minist&eacute;rio P&uacute;blico pode fazer investiga&ccedil;&atilde;o criminal desde que siga as mesmas regras dos inqu&eacute;ritos policiais, como a necessidade de respeito a determinados prazos, a libera&ccedil;&atilde;o de provas do processo para os investigados tomarem conhecimento e a supervis&atilde;o das apura&ccedil;&otilde;es por um juiz.</p> <p> Fux n&atilde;o sinalizou quando devolver&aacute; o pedido de vista e n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o da retomada do julgamento. O caso foi classificado como de repercuss&atilde;o geral, o que significa que a decis&atilde;o dever&aacute; ser aplicada em todos os processos sobre o mesmo tema.</p> <p> Os ministros analisam recurso de um ex-prefeito de Minas Gerais que foi investigado pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico do estado porque n&atilde;o pagou uma d&iacute;vida municipal reconhecida pela Justi&ccedil;a, o que foi considerado crime de responsabilidade fiscal. Os advogados do prefeito acionaram o STF alegando que o Minist&eacute;rio P&uacute;blico extrapolou suas fun&ccedil;&otilde;es e atuou como pol&iacute;cia, o que consideram ilegal.</p> <p> Votaram na semana passada o relator Cezar Peluso e o ministro Ricardo Lewandowski. Eles acreditam que a Constitui&ccedil;&atilde;o n&atilde;o d&aacute; poder de investiga&ccedil;&atilde;o ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico, salvo em raras exce&ccedil;&otilde;es. Com esse entendimento, somente a pol&iacute;cia poderia reunir provas contra suspeitos, o que segundo o procurador-geral da Rep&uacute;blica, Roberto Gurgel, seria &ldquo;uma amputa&ccedil;&atilde;o&rdquo; do Minist&eacute;rio P&uacute;blico.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> investigação criminal do MP julgamento Justiça Ministério Público ministro Carlos Ayres Britto ministro Celso de Mello ministro Cezar Peluso ministro Gilmar Mendes ministro Joaquim Barbosa ministro Luiz Fux ministro Ricardo Lewandowski ministros do STF MP poder de investigação criminal poder de investigação do MP Procurador-Geral da República stf Wed, 27 Jun 2012 16:12:43 +0000 davi.oliveira 698035 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/