Hospital Regional de Sobradinho https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/135152/all pt-br Sindicato dos Médicos flagra falta de assistência a pacientes em visita a hospital do DF https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-06-11/sindicato-dos-medicos-flagra-falta-de-assistencia-pacientes-em-visita-hospital-do-df <p> <em>Da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/23/gallery_assist696736/prev/Ag%C3%AAncia%20Brasil11062012PZB4159.JPG" style="width: 300px; height: 225px; border-width: 3px; border-style: solid; margin: 3px; float: right;" />Bras&iacute;lia - Diretores do Sindicato dos M&eacute;dicos do Distrito Federal (SindM&eacute;dico-DF) flagraram casos de falta de assist&ecirc;ncia a pacientes na visita que fizeram na tarde dessa segunda-feira (11) ao Hospital Regional de Sobradinho (HRS) para saber qual &eacute; a situa&ccedil;&atilde;o do atendimento no local.</p> <p> O grupo percebeu que o principal problema do hospital &eacute; a falta de m&eacute;dicos. Durante todo o dia, a cl&iacute;nica m&eacute;dica do HRS atuou com apenas quatro profissionais &ndash; dois de manh&atilde; e dois &agrave; tarde &ndash; para atender aproximadamente 30 pessoas. O resultado da falta de recurso humano era visto nos corredores, cheios de macas e cadeiras de rodas nas quais os pacientes esperavam por atendimento.</p> <p> Essa situa&ccedil;&atilde;o ser&aacute; denunciada ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico, ao Conselho Regional de Medicina e a outros &oacute;rg&atilde;os, assim como &agrave; comunidade de Sobradinho, &ldquo;para tomar conhecimento de como est&aacute; sendo tratada a sa&uacute;de da cidade e de como os profissionais est&atilde;o sendo sobrecarregados e pressionados&rdquo;, afirmou o presidente do sindicato, Gutemberg Fialho.</p> <p> O SindM&eacute;dico-DF vai continuar visitando os hospitais do Distrito Federal sem aviso pr&eacute;vio. Segundo o presidente do sindicato, a realidade do HRS &eacute; semelhante &agrave; encontrada em outras cidades-sat&eacute;lites.</p> <p> Nicassio Armando, 43 anos, sofreu um acidente de moto na sexta-feira (8), quebrou a perna em tr&ecirc;s lugares e n&atilde;o tem previs&atilde;o de quando vai passar por uma cirurgia. Ele aguarda o atendimento com a perna enfaixada, deitado em uma maca.</p> <p> A necessidade de m&eacute;dicos alcan&ccedil;a outros setores do hospital. Na obstetr&iacute;cia, as pacientes usualmente passam cerca de duas horas aguardando atendimento, segundo depoimento dos profissionais de sa&uacute;de, quando o ideal &eacute; que a espera n&atilde;o ultrapasse 20 minutos.</p> <p> A pediatria estava funcionando com os tr&ecirc;s plantonistas do dia, mas essa &eacute; uma situa&ccedil;&atilde;o incomum. Uma das m&eacute;dicas, que n&atilde;o quis se identificar, disse que o setor costuma funcionar com apenas dois pediatras para atender cerca de 200 crian&ccedil;as por dia.</p> <p> Nos plant&otilde;es pedi&aacute;tricos, a necessidade de m&eacute;dicos se acentua: o hor&aacute;rio da tarde n&atilde;o &eacute; preenchido porque, mesmo que os m&eacute;dicos se ofere&ccedil;am para o servi&ccedil;o, n&atilde;o h&aacute; verba para pagar as horas extras.</p> <p> Sempre que h&aacute; concursos p&uacute;blicos, novos m&eacute;dicos s&atilde;o indicados para o HRS. O problema &eacute; que a maior parte vai embora depois de algum tempo. De acordo com o presidente do SindM&eacute;dico-DF, as condi&ccedil;&otilde;es de trabalho do local n&atilde;o atraem os profissionais, devido &agrave; sobrecarga de trabalho e &agrave; insalubridade.</p> <p> A ortopedista Cl&aacute;udia Gomes dos Reis atende os pacientes de lado, j&aacute; que se senta de frente para uma parede. Por causa da posi&ccedil;&atilde;o desconfort&aacute;vel, ainda sofre com dores nas costas. Mas esse n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico problema da &aacute;rea: dos quatro consult&oacute;rios que existem no setor, s&oacute; um tem porta.</p> <p> &ldquo;Quando a gente vai examinar um paciente que precisa se despir, tem que esperar acabar a consulta e entrar no quarto. A&iacute;, espera o outro sair, examina e volta&rdquo;, explica, a ortopedista. Ela completa que o local tamb&eacute;m precisa de &aacute;lcool em gel e de pias. &ldquo;A &uacute;nica pia &eacute; a do gesso. A mesma &aacute;gua em que voc&ecirc; lava as m&atilde;os &eacute; a &aacute;gua em que vai ser molhado o gesso usado no paciente&rdquo;.</p> <p> Al&eacute;m de necessitar de m&eacute;dicos, o HRS precisa tamb&eacute;m de espa&ccedil;o para que os pacientes n&atilde;o fiquem concentrados nos corredores. Existe um projeto que determina um terreno de 3.000 m&sup2; e uma verba de R$ 10 milh&otilde;es para construir um novo pr&eacute;dio para a emerg&ecirc;ncia. Um novo bloco, chamado de Materno-Infantil, tem data de entrega prevista para o dia 30.</p> <p> A coordenadora-geral de Sa&uacute;de de Sobradinho, Joana d&#39;Arc da Silva, lembra que, enquanto esses espa&ccedil;os n&atilde;o estiverem prontos para uso, n&atilde;o h&aacute; como contratar mais m&eacute;dicos para o hospital. &ldquo;A gente est&aacute; investindo em conseguir os terrenos para construir. Nessas condi&ccedil;&otilde;es aqui, tem dia que n&atilde;o tem nem consult&oacute;rio para todos. Como aumentar o n&uacute;mero de m&eacute;dicos nessa estrutura estrangulada?&rdquo;, questiona.</p> <p> Nem todas as &aacute;reas do hospital, entretanto, se encontram em situa&ccedil;&atilde;o ruim. A ortopedia cedeu uma de suas enfermarias para a emerg&ecirc;ncia, que agora consegue atender seis pacientes em m&eacute;dia, nos quatro leitos, a cada 24h. Al&eacute;m disso, o local recebeu equipamentos melhores e se situa numa &aacute;rea silenciosa, o que facilita a recupera&ccedil;&atilde;o dos pacientes.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> falta de médicos fiscalização do atendimento Hospital Regional de Sobradinho Saúde Sindicato dos Médicos do DF SinMédico Mon, 11 Jun 2012 22:31:42 +0000 davi.oliveira 696747 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/