International Institute for Management Development https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/134318/all pt-br Brasil cai duas posições em ranking de competitividade mundial https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-05-31/brasil-cai-duas-posicoes-em-ranking-de-competitividade-mundial <p> Bruno Bocchini<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; O Brasil caiu duas posi&ccedil;&otilde;es este ano no <em>&Iacute;ndice de Competitividade Mundial (World Competitiveness Yearbook)</em>, divulgado nesta quinta-feira (31) pelo International Institute for Management Development (IMD). O levantamento, publicado anualmente desde 1989, avalia as condi&ccedil;&otilde;es de competitividade de 59 pa&iacute;ses a partir da an&aacute;lise de dados estat&iacute;sticos nacionais e internacionais e pesquisa de opini&atilde;o feita com executivos. No Brasil, a pesquisa &eacute; coordenada pela Funda&ccedil;&atilde;o Dom Cabral.</p> <p> Entre os 59 pa&iacute;ses pesquisados, o Brasil caiu da 44&ordf;, em 2011, para 46&ordf; posi&ccedil;&atilde;o, em 2012. Em 2010, o pa&iacute;s ocupava o 38&ordm; lugar. O <em>ranking </em>geral aponta, pela ordem, Hong Kong, Estados Unidos, Su&iacute;&ccedil;a, Cingapura, Su&eacute;cia e Canad&aacute; como as economias mais competitivas do mundo.</p> <p> &ldquo;Apesar dos pontos extremamente fortes da economia brasileira, como o dinamismo econ&ocirc;mico e a for&ccedil;a do mercado consumidor, fatores como o fr&aacute;gil crescimento econ&ocirc;mico do produto interno, a baixa produtividade de suas ind&uacute;strias e as press&otilde;es inflacion&aacute;rias acabaram por combalir, nos &uacute;ltimos anos, a competitividade nacional&rdquo;, disse o professor da Funda&ccedil;&atilde;o Dom Cabral e respons&aacute;vel pela coleta e an&aacute;lise dos dados no Brasil, Carlos Arruda.</p> <p> Em rela&ccedil;&atilde;o aos pa&iacute;ses da Am&eacute;rica Latina, o Brasil aparece no <em>ranking </em>atr&aacute;s de Chile (28&ordf;), M&eacute;xico (37&ordf;) e Peru (44&ordf;). Entre os pa&iacute;ses de economia emergente, que comp&otilde;em o Brics, o Brasil est&aacute; &agrave; frente da R&uacute;ssia (48&ordf;) e &Aacute;frica do Sul (50&ordf;), mas atr&aacute;s de &Iacute;ndia (35&ordf;) e China (23&ordf;).</p> <p> &ldquo;O Brasil precisa de reduzir o protecionismo, que &eacute; muito elevado. As tarifas alfandeg&aacute;rias s&atilde;o altas e o protecionismo est&aacute; a minar a competitividade das empresas locais. As exporta&ccedil;&otilde;es de produtos com alto valor agregado n&atilde;o t&ecirc;m evolu&ccedil;&atilde;o nenhuma, as &uacute;nicas exporta&ccedil;&otilde;es que aumentam s&atilde;o exporta&ccedil;&otilde;es de bens naturais&rdquo;, disse o professor de finan&ccedil;as do IMD, Nuno Fernandes.</p> <p> Fernandes destacou que, para ganhar competitividade, o pa&iacute;s precisa elevar as exporta&ccedil;&otilde;es de produtos de grande valor agregado, aumentar os financiamentos das empresas via mercado de capitais, e n&atilde;o somente pelo setor banc&aacute;rio, e melhorar a infraestrutura tecnol&oacute;gica. A cultura empreendedora dos empres&aacute;rios brasileiros, segundo ele, tamb&eacute;m precisa ser alterada.</p> <p> &ldquo;Sobre a gest&atilde;o empresarial, &eacute; necess&aacute;rio uma cultura de risco no Brasil. Os empres&aacute;rios t&ecirc;m uma cultura empreendedora n&atilde;o muito elevada. E a maior parte das empresas preferem ficar s&oacute; no baixo risco, ligadas a empresas p&uacute;blicas e empresas do estado. &Eacute; preciso uma cultura global, o gestor n&atilde;o pode ficar apenas ref&eacute;m dos servi&ccedil;os das empresas p&uacute;blicas e do mercado local&rdquo;, disse Fernandes.</p> <p> O levantamento mostra que o Brasil apresentou significativos avan&ccedil;os nos subitens emprego (ganho de cinco posi&ccedil;&otilde;es, ocupando o sexto lugar no <em>ranking</em>) e na infraestrutura (crescimento de seis posi&ccedil;&otilde;es, no 45&ordm; lugar no <em>ranking</em>). A efici&ecirc;ncia dos neg&oacute;cios continua sendo, segundo o levantamento, o pilar de maior for&ccedil;a e estabilidade competitiva do Brasil, ocupando o 27&ordm; lugar (ganho de duas posi&ccedil;&otilde;es).</p> <p> &ldquo;A Europa vai continuar a divergir durante os pr&oacute;ximos anos e n&atilde;o crescer&aacute; como os outros mercados. Os mercados emergentes v&atilde;o representar mais de 60% do crescimento durante a d&eacute;cada atual. O Brasil tem de tentar aproveitar esse crescimento e integrar-se globalmente&rdquo;, disse o professor do IMD.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> brasil competitividade mundial consumidor cultura global dinamismo economia Economia Fundação Dom Cabral gestão empresarial IMD Índice de Competitividade Mundial International Institute for Management Development mercado produto interno ranking World Competitiveness Yearbook Thu, 31 May 2012 03:03:29 +0000 fabio.massalli 696097 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/