avulsos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/134252/all pt-br Portuários avulsos de Santos entram em greve e paralisam atividades em 20 dos 29 navios atracados https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-05-30/portuarios-avulsos-de-santos-entram-em-greve-e-paralisam-atividades-em-20-dos-29-navios-atracados <p> Camila Maciel<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Com a greve dos cerca de 7 mil trabalhadores avulsos do Porto de Santos, iniciada na tarde de ontem (29), foram suspensas as atividades em 20 dos 29 navios atracados, segundo informou a Companhia Docas do Estado de S&atilde;o Paulo (Codesp). Os trabalhadores protestam contra a decis&atilde;o do Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho (MPT) que obriga os portu&aacute;rios a cumprir 11 horas de descanso. Ainda hoje (30), representantes da categoria se reunir&atilde;o com o Sindicato dos Operadores Portu&aacute;rios de S&atilde;o Paulo (Sopesp), com o objetivo de discutir mudan&ccedil;a no acordo coletivo de trabalho para acabar com a obrigatoriedade do per&iacute;odo m&iacute;nimo de descanso.</p> <p> Segundo a Codesp, al&eacute;m dos navios que est&atilde;o na &aacute;rea interna do porto, 38 embarca&ccedil;&otilde;es aguardam para atracar na &aacute;rea de fundeio, que &eacute; uma esp&eacute;cie de estacionamento. Dos nove navios que est&atilde;o operando, cinco n&atilde;o precisam de m&atilde;o de obra avulsa. A companhia informou que, entre os meses de maio e agosto, ocorre o pico de exporta&ccedil;&otilde;es de a&ccedil;&uacute;car e soja.</p> <p> Desde ontem, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do MPT, que determinada o fim da jornada dobrada, est&aacute; sendo aplicado pelo &Oacute;rg&atilde;o Gestor de M&atilde;o de Obra (Ogmo), respons&aacute;vel por controlar a escala de trabalho no porto. O TAC foi assinado em 2006 pelo minist&eacute;rio e pelo Ogmo, mas medidas judiciais, requeridas pelos trabalhadores, impediam a aplica&ccedil;&atilde;o do termo, de acordo com o sindicato dos trabalhadores.</p> <p> &ldquo;N&oacute;s trabalhamos de forma avulsa e, quando n&atilde;o tem navio, ficamos at&eacute; cinco dias sem trabalho&rdquo;, explicou Robson Gama, diretor jur&iacute;dico do Sindicato dos Oper&aacute;rios e dos Trabalhadores Portu&aacute;rios em Santos (Sintraport). O diretor disse que, quando h&aacute; demanda, os trabalhadores chegam a cumprir 12 horas de trabalho seguidas, com intervalo para as refei&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Questionamos tamb&eacute;m o fato do TAC n&atilde;o tratar de outras quest&otilde;es que afetam nossa sa&uacute;de, como vesti&aacute;rios de qualidade e bons refeit&oacute;rios&rdquo;, declarou.</p> <p> Segundo Gama, a conven&ccedil;&atilde;o coletiva permitir&aacute;, em car&aacute;ter excepcional, que as 11 horas de descando n&atilde;o sejam cumpridas. &ldquo;Assim, voltaremos a funcionar como antes, fazendo jornadas dobradas, se houver demanda, porque isso interessa aos trabalhadores&rdquo;, explicou o sindicalista.</p> <p> Segundo o MPT, o TAC cumpre determina&ccedil;&atilde;o da Constitui&ccedil;&atilde;o, que exige um m&iacute;nimo de 11 horas de descanso entre os turnos para evitar riscos &agrave; sa&uacute;de e &agrave; seguran&ccedil;a do trabalhador. Na tarde de hoje, o MPT entrou com pedido de diss&iacute;dio coletivo para que os trabalhadores avulsos voltem &agrave;s atividades no porto.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Vinicius Doria</em></p> avulsos Codesp docas Economia Greve Ministério Público do Trabalho MPT navios Ogmo paralisação porto Porto de Santos portuários Santos Sintraport Sopesp trabalho transportes Wed, 30 May 2012 19:51:18 +0000 vinicius.doria 696048 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/