código livre https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/132240/all pt-br Softwares de código fechado são potencial ameaça ao acesso da memória pessoal digitalizada, diz sociólogo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-04-17/softwares-de-codigo-fechado-sao-potencial-ameaca-ao-acesso-da-memoria-pessoal-digitalizada-diz-sociol <p> Alex Rodrigues<br /> <em>Rep&oacute;rter Ag&ecirc;ncia Brasil </em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Defensor ferrenho do <em>software</em> livre, o soci&oacute;logo especialista em cultura digital, S&eacute;rgio Amadeu, associou a defesa dos programas de computador de c&oacute;digo aberto ao direito individual &agrave; preserva&ccedil;&atilde;o da mem&oacute;ria pessoal e coletiva. &quot;Lutar ou defender o formato aberto &eacute; um movimento vital para este mundo, j&aacute; que vivemos uma revolu&ccedil;&atilde;o informacional que mal come&ccedil;ou&quot;, declarou Amadeu ao participar, com o especialista em tecnologias da informa&ccedil;&atilde;o, Marcelo Branco, do debate A Revolu&ccedil;&atilde;o da Internet e as Transforma&ccedil;&otilde;es Sociais, na 1&ordf; Bienal Brasil do Livro e da Leitura, evento que vai at&eacute; o pr&oacute;ximo dia 23, em Bras&iacute;lia.</p> <p> Para explicar sua tese, o soci&oacute;logo citou a populariza&ccedil;&atilde;o das ferramentas de armazenamento digital, como <em>hard disks</em> (HDs) de computador, CDs-ROM e <em>pen drives</em>. Segundo ele, hoje, com apenas tr&ecirc;s HDs externos de computador de 1 terabit cada, cada qual do tamanho de um celular, seria poss&iacute;vel a qualquer pessoa reunir, em sua pr&oacute;pria casa, um conte&uacute;do equivalente ao atualmente espalhado por todas as bibliotecas existentes no Brasil.</p> <p> &quot;H&aacute; 30 anos, isso n&atilde;o existia. E, daqui a dez anos, a maioria das nossas fotos, dos nossos dados, n&atilde;o estar&atilde;o mais gravados em m&iacute;dias anal&oacute;gicas. Estar&aacute; tudo digitalizado, guardado em formato digital. Vamos conseguir acessar essas informa&ccedil;&otilde;es ap&oacute;s dez anos delas terem sido digitalizadas? Vai depender do formato [do arquivo eletr&ocirc;nico em que a informa&ccedil;&atilde;o foi salva]&quot;, observa Amadeu.</p> <p> O especialista entende esse processo como um eventual conflito entre a preserva&ccedil;&atilde;o da mem&oacute;ria digital e os interesses comerciais das empresas que se op&otilde;em aos programas de c&oacute;digo livre, que defendem os chamados <em>softwares</em> restritivos, cuja programa&ccedil;&atilde;o &eacute; criptografada e protegida por leis de direitos autorais, como, por exemplo, o sistema operacional Windows, da Microsoft.</p> <p> &quot;Estamos construindo uma sociedade dependente de formatos. E, no mundo digital, esses formatos delimitam, controlam, bloqueiam, aprisionam e criam depend&ecirc;ncias. Se um <em>software</em> desses for descontinuado [deixar de ser produzido], toda informa&ccedil;&atilde;o armazenada j&aacute; era. Por isso, &eacute; vital lutar para que os formatos em que guardamos nossos arquivos estejam acima dos interesses comerciais de uma empresa que, detendo os <em>softwares</em>, em breve ser&aacute; detentora de nossa mem&oacute;ria digitalizada&quot;, concluiu o soci&oacute;logo.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Lana Cristina</em><br /> &nbsp;</p> armazenamento arquivos código fechado código livre Cultura cultura digital informática software Tue, 17 Apr 2012 22:42:40 +0000 lana 693105 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/